quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Novo gosto é identificado, o que distingue o sabor do carboidrato

Batata frita
 
Você sabe quantos gostos conseguimos identificar quando comemos? A maioria das pessoas conhece apenas quatro: salgado, doce, azedo e amargo. Mas, comprovadamente, já existem cinco. O quinto é o umami, nome de origem japonesa relacionado ao sabor do glutamato monossódico, presente em alimentos como leite materno, peixes, crustáceos, legumes, cogumelos e outros. Pois agora, estudo publicado na revista científica Chemical Senses, sugere a existência do sexto gosto capaz de distinguir o sabor de carboidratos. O sexto gosto foi chamado de starchy, palavra de origem inglesa, que significa algo como “gosto de amido.”
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O estudo, conduzido por Juyun Lim, pesquisadora da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, sugere que nosso paladar consegue detectar o gosto de carboidratos encontrados em alimentos como massa, batata e pão. “Acredito que seja por isso que as pessoas gostam mais de carboidratos complexos. Toda cultura é repleta de fontes destes carboidratos”, disse Juyun ao site especializado New Science.
Diante disso, a autora decidiu conduzir um experimento para verificar se as pessoas conseguem ou não sentir o sabor dos carboidratos. Até então, os cientistas afirmavam que identificávamos o gosto desses alimentos apenas como “doce”, já que nossa saliva quebra o amido em pequenas cadeias de moléculas de açúcar.
Na pesquisa, os autores deram diferentes soluções de carboidratos longos e curtos a 22 voluntários que deviam dizer qual gosto sentiam. Os resultados mostraram que os participantes identificaram nas amostras o gosto de amido e não o doce. Os asiáticos, por exemplo, disseram que a solução era parecida com arroz, enquanto caucasianos afirmaram ser similar a pão ou macarrão. A descrição permaneceu a mesma inclusive após eles receberem um composto que bloqueava os receptores da boca que detectam substâncias adocicadas.
Apesar dos resultados, para um novo gosto ser oficializado tem de passar por rigorosos critérios da comunidade científica. Além de ser reconhecível, é necessário identificar receptores gustativos específicos relacionados à esse sabor – o que os cientistas ainda estão tentando provar no caso do “starchy” – e ativar algum tipo de resposta psicológica.
Em relação a resposta psicológica, Juyun acredita que o fato de conseguirmos identificar esse sabor seja útil aos humanos na medida em que os carboidratos complexos são uma importante fonte de liberação lenta de energia. 
Veja.com

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