terça-feira, 13 de setembro de 2016

Praias de areia branca são excrementos de um peixe essencial para a humanidade

Peixes Papagaio
 
Os peixes-papagaio são exóticos e bonitos à vista, mas são também essenciais para a Humanidade. É que esta espécie ameaçada limpa as algas dos recifes de corais, ajudando a mantê-los vivos, e ainda cria as areias brancas de praias paradisíacas.
Muitas das pessoas que se deitam nas areias brancas de praias tropicais não sabem que estão, na verdade, em cima de excrementos de peixe-papagaio, uma espécie ameaçada que tem um papel vital para a Humanidade.
Este tipo de peixe limpa as algas dos recifes de corais e é, assim, essencial para a sua manutenção.
O seu papel ajuda a amenizar a catástrofe da “morte” dos corais, fruto do aquecimento global e do consequente aumento da temperatura do nível da água, que contribui para a proliferação de algas.
Ainda recentemente, foi notícia o facto de um terço dos corais da Grande Barreira na Austrália estarem mortos ou prestes a morrer devido ao branqueamento ou descoloração dos recifes.
A par desse problema, os próprios peixes-pagagaio estão ameaçados por causa do excesso de pesca, já que são muito populares na gastronomia de países como a Jamaica e o Hawai.
Estes animais de cores vivas têm uma boca que se assemelha a um bico de papagaio, com dentes especialmente desenhados para rasparem as algas e pequenos invertebrados dos corais que, posteriormente, excretam como areia branca.


 
Assim, o possível desaparecimento destes peixes também ameaça a indústria do turismo, o grande sustento de muitas populações de zonas tropicais.
No Hawai, o governo local já anunciou que vai tomar medidas para proteger os peixes-papagaio, nomeadamente definindo limites de captura quanto à pesca e estabelecendo zonas marinhas protegidas onde não seja permitido pescar, reporta a Associated Press, citada pelo Business Insider.
O zoólogo Eric Conklin, da organização ecológica The Nature Conservancy, considera nesta publicação que se trata de um plano “ambicioso” e prevê que até à aprovação pública será preciso percorrer “um longo caminho”. Mas Conklin salienta que já é uma boa notícia que as autoridades estejam a abordar o problema.
El País.com

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