Há pelo menos 17 mil espécies de animais e plantas em risco de desaparecer por causa da forma como a humanidade produz, consome e se espalha. Um grupo de ambientalistas, acadêmicos e empresários brasileiros criaram o selo Life (sigla, em inglês, para Iniciativa Duradoura pela Terra, em inglês), uma certificação que pretende atestar se uma companhia ou fábrica jogam ou não contra a diversidade de espécies.
Depois das certificações para orgânicos e produtos florestais que vêm de áreas de manejo controlado, o Life é apenas o mais novo e ambicioso dos selos verdes, voltado a empresas que desenvolvem programas para conservação da biodiversidade ligados aos seus negócios. O selo Life está em fase piloto de certificação e em 2010 já deverá ser aplicado por algumas empresas.
O sucesso ou o fracasso de qualquer selo depende de pelo menos dois fatores. O primeiro é técnico - se o selo consegue medir o que se propõe. O segundo é a relevância - um selo só pode dar certo se o cliente ou consumidor o levarem em consideração na hora de comprar ou fazer negócio.
Conforme os criadores, é cedo para saber se o selo vai dar certo ou não. Até o final do ano, será testada em quatro empresas: a Hidrelétrica Itaipu Binacional, a fabricante de cosméticos O Boticário, a MPX Energia, do empresário Eike Batista, e a Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, para estimular a conservação de florestas e da biodiversidade na estratégia de negócios, dando um passo além nas políticas ambientais já existentes, como controle da poluição e redução no desperdício de água..
Quanto às dificuldades técnicas, o Life é um dos selos mais complicados. Ele busca medir agressões à biodiversidade - e elas são de tantos tipos que fica difícil normatizá-las. A metodologia da Life consiste em avaliar o maior número possível de aspectos da companhia: investimento em áreas verdes, consumo de água e energia, emissão de gases de efeito estufa, possíveis efeitos negativos de seus produtos e serviços.
É considerado bem completo e louvável!
Fonte: R.Época
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