A aproximação do 2005 YU55, um corpo escuro e de estrutura porosa, é uma espécie de sinal amarelo envolvendo a aproximação desses bólidos celestes (asteróides e cometas) que um dia poderão chocar-se com o planeta.
Se isso realmente vir a acontecer eles produzirão uma destruição equivalente a de todo o estoque nuclear, dependendo da massa que tiverem.
Cometas e asteróides já impactaram a Terra e a Lua muitas vezes durante a longa história do Sistema Solar. Na Lua a marca desses choques (crateras) são claramente visíveis mesmo com um pequeno telescópio.
Ao contrário da Terra, que registra intensa erosão por processo naturais (vento, chuva e atividade tectônica) a Lua é uma espécie de memória gravada dessas ocorrências violentas.
Astrônomos profissionais e amadores vasculharam o céu incessantemente na busca por corpos que ameacem a Terra.
Mas essa vigilância, até certo ponto é impotente para permitir o desvio de um corpo em rota de colisão, já que não dispomos de nenhum sistema eficiente para um desvio orbital desse tipo.
Diversos sistemas, no entanto, estão sendo considerados neste momento, pois, na avaliação de cientistas planetários, o problema não é se um desses corpos poderão vir a colidir com a Terra, mas quando isso ocorrerá.
Uma das estratégias de defesa mais razoáveis em consideração, neste momento, prevê o uso de uma nave que, no futuro não muito distante, possa aproximar-se desses corpos e ligeiramente empurrá-los de forma a alterar sua órbita e evitar que continue se deslocando na direção da Terra.
Até meados dos anos 50 a idéia de que bólidos como cometas e asteróides pudessem chocar-se com a Terra era algo mais próximo da ficção científica que da realidade.
Quando o físico Luiz Alvarez, da University of California, convenceu a comunidade científica de que um desses bólidos, que impactou talvez a Península de Yucatán, no México, pos fim ao longo reinado dos dinossauros, no entanto, essa história começou a mudar e hoje preocupa os cientistas de várias áreas.
A distância que o asteróide da terça-feira passou da Terra pode parecer grande para muita gente.
Em termos astronômicos, no entanto, começa a ser preocupante ainda que sua passagem, dessa vez, não devia ser motivo de alarme.
Ao que tudo indica, em algumas décadas sistemas de desvio de bólidos espaciais irão mesmo compor num escudo de defesa da Terra como parte de preocupações absolutamente consistentes.
A vida deve ter desaparecido e retornado à Terra mais de uma vez, em função especialmente desses choques violentos com corpos originários do espaço profundo.
Mas, nunca a Terra esteve tão ocupada como agora.
Agora, somos 7 bilhões de terrestres e o impacto, mesmo de um corpo menor que o 2005 YU55 seria uma ameaça inédita na história da civilização.
Fonte: Scientific American.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário