O astrofísico Stephen Hawking sempre disse que se a humanidade quiser sobreviver, vai precisar aprender a colonizar o espaço. Mas, pensando em nossa frágil saúde, fica a questão: será que o corpo humano está à altura deste desafio?De acordo com cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, o verme microscópico Caenorhabditis elegans (C. elegans) poderia nos ajudar a descobrir como lidar com o longo tempo necessário em uma exploração espacial. Biologicamente muito semelhante ao ser humano, o C. elegans tem 20 mil genes que desempenham as mesmas funções em nosso corpo, entre outras características.
Em um estudo publicado nesta quarta, 30, na revista 'Interface', da Royal Society, os pesquisadores mostram que, no espaço, o C. elegans se desenvolve a partir do ovo à idade adulta e se reproduz da mesma maneira que na Terra. Ou seja, um sistema experimental de baixo custo que seria de grande importância na hora de investigar os efeitos da longa duração causados pela exploração do espaço - e começa por Marte, nosso alvo mais próximo.
Em dezembro de 2006, uma equipe de cientistas liderada pelo Dr. Nathaniel Szewczyk, da Divisão de Fisiologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham, enviou 4 mil vermes C. elegans para o espaço a bordo do ônibus espacial Discovery. O objetivo era monitorar o efeito da órbita terrestre baixa em 12 gerações de C. elegans durante os três primeiros meses da viagem de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Segundo os cientistas, esse primeiro teste foi um sucesso. "Um bom número de cientistas concorda que poderíamos colonizar outros planetas. Isso pode até soar como ficção científica, mas é um fato que se a humanidade quiser evitar a ordem natural de extinção, terá de encontrar formas de viver em outros planetas", disse o Dr. Szewczyk. "Felizmente, a maioria das agências espaciais do mundo estão comprometidas com esse objetivo comum", explica.
De acordo com o cientista, muitas das mudanças biológicas que acontecem durante os voos espaciais afetam humanos e vermes da mesma forma. "Conseguimos mostrar que os vermes podem crescer e se reproduzir no espaço durante tempo suficiente de chegar a outro planeta, e nós podemos monitorar remotamente a saúde deles", afirma o Dr. Szewczyk. Por conta disso, o C. elegans tem se mostrado uma opção rentável para descobrir e estudar os efeitos biológicos das missões no espaço profundo, sendo a primeira delas Marte. "Os vermes nos permitem detectar alterações no crescimento, desenvolvimento, reprodução e comportamento em resposta às diferentes condições ambientais", diz o pesquisador. "Nossa meta agora é entender e estudar, remotamente, como esse animal pode crescer em outro planeta. Mas ainda enfrentamos desafios complexos, como a exposição à radiação e a deterioração músculo-esquelética", explica.
A missão espacial de 2006 levando os C. elegans foi seguida de uma outra, em novembro de 2009. Juntas, as duas missões trouxeram informações importantes para a pesquisa sobre a sobrevivência dos vermes no espaço.
Em um estudo publicado nesta quarta, 30, na revista 'Interface', da Royal Society, os pesquisadores mostram que, no espaço, o C. elegans se desenvolve a partir do ovo à idade adulta e se reproduz da mesma maneira que na Terra. Ou seja, um sistema experimental de baixo custo que seria de grande importância na hora de investigar os efeitos da longa duração causados pela exploração do espaço - e começa por Marte, nosso alvo mais próximo.
Em dezembro de 2006, uma equipe de cientistas liderada pelo Dr. Nathaniel Szewczyk, da Divisão de Fisiologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham, enviou 4 mil vermes C. elegans para o espaço a bordo do ônibus espacial Discovery. O objetivo era monitorar o efeito da órbita terrestre baixa em 12 gerações de C. elegans durante os três primeiros meses da viagem de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Segundo os cientistas, esse primeiro teste foi um sucesso. "Um bom número de cientistas concorda que poderíamos colonizar outros planetas. Isso pode até soar como ficção científica, mas é um fato que se a humanidade quiser evitar a ordem natural de extinção, terá de encontrar formas de viver em outros planetas", disse o Dr. Szewczyk. "Felizmente, a maioria das agências espaciais do mundo estão comprometidas com esse objetivo comum", explica.
De acordo com o cientista, muitas das mudanças biológicas que acontecem durante os voos espaciais afetam humanos e vermes da mesma forma. "Conseguimos mostrar que os vermes podem crescer e se reproduzir no espaço durante tempo suficiente de chegar a outro planeta, e nós podemos monitorar remotamente a saúde deles", afirma o Dr. Szewczyk. Por conta disso, o C. elegans tem se mostrado uma opção rentável para descobrir e estudar os efeitos biológicos das missões no espaço profundo, sendo a primeira delas Marte. "Os vermes nos permitem detectar alterações no crescimento, desenvolvimento, reprodução e comportamento em resposta às diferentes condições ambientais", diz o pesquisador. "Nossa meta agora é entender e estudar, remotamente, como esse animal pode crescer em outro planeta. Mas ainda enfrentamos desafios complexos, como a exposição à radiação e a deterioração músculo-esquelética", explica.
A missão espacial de 2006 levando os C. elegans foi seguida de uma outra, em novembro de 2009. Juntas, as duas missões trouxeram informações importantes para a pesquisa sobre a sobrevivência dos vermes no espaço.
Fonte: Estadão.com
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