quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Do "Sputinik" ao "Philae", os grandes êxitos da exploração espacial

 
"Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade". É provavelmente a frase que melhor resume a conquista do espaço e foi dita por Neil Armstrong na Lua, no dia 20 de julho de 1969. Esses pequenos passos começaram, no entanto, no lado rival. A União Soviética marcou o primeiro tento da corrida espacial (o lado mais amável da Guerra Fria). Seu 'Sputnik 1' tornou-se o primeiro objeto a ser lançado ao espaço e entrar na órbita da Terra. Aconteceu no dia 4 de outubro de 1957. O primeiro grande êxito de uma longa cadeia de achados cujo último grande marco é a aterrissagem da sonda 'Philae' no cometa 67P/Churyamov-Gerasimenko.
 
 
 
Mestiça de samoiedo com terrier, a cadela russa Laika foi o primeiro grande herói do espaço. Também o primeiro mártir. Foi lançada ao espaço no 'Sputnik 2' (um cone de 4 metros de altura e 2 metros de diâmetro), em 3 de novembro de 1957. Não havia nenhum plano para sua sobrevivência. Tinha oxigênio para dez dias, mas é provável que tenha morrido em um ou dois devido às baixas temperaturas. O espaço da cabine permitia que ela se deitasse ou se levantasse sobre as quatro patas. Seu sacrifício proporcionou à pesquisa científica os primeiros dados sobre como se comportava um ser vivo no espaço.
 
 
O terceiro 'strike' da URSS foi conseguir colocar em órbita o primeiro homem. Sua viagem a bordo da nave 'Vostok 1' durou 108 minutos. Uma das frases que chegaram à história: "Povoadores do mundo, preservemos essa beleza, não a destruamos".
 
 
Apesar de que a liderança da corrida espacial ter sido soviética, o século XX cortou a respiração por uma missão norte-americana. Foi JFK que havia fixado como objetivo nacional que a primeira pegada sobre a Lua fosse norte-americana. Em 20 de julho de 1969, Armstrong pronunciava uma das frases da história: "Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade". Na imagem, um de seus companheiros, Buzz Aldrin.
 
 
Impulsionada pelo êxito selenita, a NASA conseguiu outro marco com a nave Mariner 9, vencendo a rival soviética, a Soviet Mars 2. Em 14 de novembro de 1971, tornou-se a primeira sonda a orbitar outro planeta. Sua contribuição: mapear 85% da superfície marciana com uma resolução entre 1 e 2 quilômetros. Transmitiu mais de 7.000 imagens que permitiram contemplar o Monte Olimpo, o Vale Marineris e as duas luas do planeta vermelho: Deimos e Phobos.
 
 
As pradarias douradas. É o nome evocativo que tinha a região de Marte na qual aterrissou o 'Viking 1' em 19 de junho de 1976, o primeiro artefato a visitar a superfície de outro planeta. Junto de seu companheiro, o Viking 2, lançado apenas 14 dias depois, assinalou outro marco para a NASA ao oferecer in situ fotografias de Marte.
 
 
Agora mesmo está navegando em nuvens de gás ionizado. O plasma, o quarto e mais abundante estado da matéria. Mas a viagem do 'Voyager I' começou há 37 anos, em 5 de setembro de 1977, tornando-se a primeira nave com a missão de abandonar o Sistema Solar.
 
 
Esforço conjunto da NASA ('Cassini') e da ESA ('Huygens'), a missão 'Cassini-Huygens' começou em 1997 com o objetivo de estudar os dois gigantes gasosos do Sistema Solar: Júpiter e Saturno. A missão prossegue e continua oferecendo imagens espetaculares, como esses mares de hidrocarbonetos que refletem a luz solar e que foram reveladas pela NASA no dia 30 de outubro.
 
 
 
Mede o mesmo que um campo de futebol. Mas está a cerca de 400 quilômetros da superfície terrestre. A Estação Espacial Internacional (ISS), a maior estação permanente no espaço com tripulação humana é também o maior êxito da colaboração internacional entre Estados Unidos, Rússia, Europa, Canadá, Japão, Itália e Brasil. É habitada desde 2 de novembro de 2000 e mais de 200 astronautas a visitaram desde então.
 
 
 
A imagem é um entardecer marciano, visto pelo robô mais avançado até a data a aterrissar no planeta vermelho, o 'Curiosity' da NASA, que está em Marte desde 6 de agosto de 2012. Esse robô é um laboratório ambulante de uns três metros dotado de múltiplos instrumentos para fazer fotografias, recolher amostras e percorrer longas distâncias sobre a superfície marciana. Entre todos os instrumentos há uma contribuição espanhola, assinada pelo pesquisador Javier Gómez de Elvira, do Centro de Astrobiologia de Madri: a estação de monitoramento que permite ao robô medir temperatura, pressão atmosférica, umidade, ventos e o nível das radiações ultravioleta.
 
 
O último passo na conquista do espaço que entra nos anais da história foi dado pela 'Philae', nave que conseguiu pousar pela primeira vez em um cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A ESA publicou na quinta-feira, 13 de novembro, a primeira imagem da 'Philae' sobre o cometa. A foto faz parte de um mosaico composto por dois instantâneos que mostram uma das três pernas da sonda colada ao solo. "Agora que estou segura sobre o solo, esse é o aspecto que tem meu novo lar 67P da minha posição", afirmou o módulo em um tuíte.
 
 
 Um 'selfie' da Rosetta a 16 quilômetros do cometa. A foto foi feita em 7 de outubro e nela se vê, além do 67P, um dos painéis solares de 14 metros da nave que transportou a sonda.
ELPAÍS.com 

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