Depois de uma longa jornada de dez anos pelo Sistema Solar, finalmente chegou o grande dia para a missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA). Nesta quarta-feira (12/11), o módulo de pouso Philae aterrissou com sucesso no cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko por volta das 13h30 (horário de Brasília), mas só tivemos a confirmação de que tudo correu bem em torno de 14h10 - o atraso se deve ao tempo que o sinal demora para viajar pelo espaço e percorrer os cerca de 400 milhões de quilômetros até a Terra.
A sonda robótica Philae foi ejetada às 6h35 e levou cerca de sete horas para percorrer os 22,5 quilômetros que a separavam da superfície do astro. Com o pouso bem sucedido, o dia de hoje entra para a história da exploração espacial: pela primeira vez, um objeto construído pela humanidade realiza uma aterrissagem em um cometa.
Os sinais recebidos pela ESA permitiram confirmar que o pouso foi suave, e a única questão que agora preocupa os cientistas e engenheiros da agência é o indício de que os arpões que devem prender o robô ao solo parecem não ter sido disparados. Uma nova tentativa deverá ser feita em breve.
Após o evento desta quarta-feira, a sonda Rosetta continuará orbitando e estudando aspectos do corpo celeste com seus 11 instrumentos científicos, enquanto o módulo de pouso Philae conduz experimentos in loco por meio de 10 equipamentos diferentes.
O 67P/Churyumov–Gerasimenko leva em média seis anos e meio para completar uma órbita em torno do sol e, como qualquer cometa, preserva materiais intactos provenientes dos primórdios do Sistema Solar, formados há cerca de 4,6 bilhões de anos - por isso a importância da missão, que pode vir a esclarecer questões fundamentais como o surgimento da vida e a abundância de água na Terra, assim como a formação do nosso e dos outros planetas.
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