A Nasa divulgou uma versão nova e mais detalhada de uma imagem da superfície da lua Europa, de Júpiter, na sexta-feira. Um pouco menor do que a Lua da Terra, o satélite é considerado por muitos pesquisadores como a principal aposta para abrigar vida fora da Terra, devido ao extenso oceano que se encontra abaixo da superfície congelada deste corpo celeste.
A imagem original era composta por fotografias obtidas no fim da década de 1990, pela missão Galileo, e publicada em 2001, em baixa resolução. Ela foi reprocessada utilizando tecnologia moderna e, além de alta resolução, tem agora cores mais próximas ao que o olho humano seria capaz de ver.
A existência do oceano na lua Europa é sustentada pelos pesquisadores com base em observações realizadas por telescópios da Terra e por sondas que já passaram pelo satélite. Ela teria de duas a três vezes a quantidade de água do nosso planeta, e poderia reunir as condições necessárias para o surgimento da vida — que, no caso da Terra, teria vindo dos oceanos.
“Nós costumávamos pensar que para um mundo ser habitável ele teria que estar a determinada distância de sua estrela, de modo que fosse possível existir um oceano liquido na superfície”, afirma Kevin Hand, estudioso da astrobiologia, área que busca por formas de vida fora da Terra, em vídeo divulgado pela Nasa.
Apesar de estar longe do Sol, os cientistas acreditam que a Europa tenha água liquida devido à "força da maré", isto é, a atração gravitacional entre ela e Júpiter, que gera calor para manter a água nesse estado. O contato desse oceano salgado, em constante movimentação, com as rochas do corpo celeste pode, segundo os pesquisadores, criar as condições favoráveis ao desenvolvimento da vida.
Missões futuras — A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) tem planejada uma missão para explorar o planeta Júpiter e três de suas maiores luas, Ganímedes, Calisto e Europa. Denominada Juice (JUpiter ICy moons Explorer ou Exploração das luas congeladas de Júpiter, em tradução livre), a missão tem previsão de lançamento em 2022 e chegaria ao planeta apenas em 2030, onde ficaria três anos fazendo observações detalhadas do gigante gasoso e de seus satélites.
A Nasa tem em seus planos a missão Europa Clipper, com o objetivo de analisar as condições de esse satélite dar suporte à vida, mas ainda sem data definida.
Veja.com
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