Arqueólogos encontraram no norte da Grécia um esqueleto dentro de uma tumba ricamente ornamentada, datada da época de Alexandre, o Grande.
Segundo o Ministério da Cultura, o esqueleto está praticamente intacto e pertenceria "a uma figura pública distinta", devido às dimensões e à suntuosidade da sepultura.
Os cientistas não acreditam se tratar do esqueleto de Alexandre - que morreu no século 4 antes de Cristo, aos 32 anos de idade, após conquistar a Pérsia e grande parte do mundo que se conhecia até então.
A arqueóloga-chefe da escavação, Katerina Peristeri, afirmou que "todas as probabilidades indicam que a tumba abriga um general".
Especula-se também que o esqueleto seja de um membro da família de Alexandre ou um de seus mais altos oficiais.
O complexo funerário de Anfípolis é o maior já descoberto na Grécia. O local está situado cem quilômetros a leste de Tessalônica, a segunda maior cidade da Grécia.
No século 4 antes de Cristo, Anfípolis era uma grande cidade do reino da Macedônia.
A escavação está fascinando os gregos desde uma visita do premiê grego, Antonis Samaras, ao sítio arqueológico em agosto.
Na ocasião, ele disse que se tratava de uma descoberta de importância "excepcional" para o país.
Relíquias
Antes da descoberta do esqueleto, alguns especialistas haviam sugerido que a estrutura era um cenotáfio, um túmulo honorário construído para homenagear uma grande figura cujos restos mortais teriam sido depositados em outro local.
O túmulo calcário foi descoberto 1,60 m abaixo do pavimento da terceira câmara do complexo funerário. Ele tem pouco mais de 3m de comprimento, 1,50 m de largura e 1,80 m de altura.
"É uma construção extremamente cara, que não poderia ter sido financiada em caráter privado por um cidadão", afirmou o Ministério da Cultura em nota.
"Provavelmente o local é um monumento a uma pessoa adorada por sua sociedade em seu tempo."
Dentro da tumba, os arqueólogos encontraram um caixão de madeira. As escavações também encontraram pregos de ferro e bronze, assim como fragmentos de ossos e vidro – possivelmente da decoração do ataúde.
Segundo o Ministério da Cultura da Grécia, o material genético encontrado na ossada será analisado. A pasta classificou o monumento como representante de uma síntese "única e original" daquela civilização.
Estágios anteriores da escavação revelaram um magnífico leão esculpido em pedra, duas esfinges, duas cariátides (estátuas de forma feminina que funcionam como colunas) e um piso de mosaico representando o rapto de Perséfone por Hádes.
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