Autoridades ambientais da Argentina assinaram nesta terça-feira o Compromisso Federal sobre a Mudança Climática, uma posição "consolidada" da política do país sobre o cuidado ambiental que o governo apresentará na 22ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 22), que está sendo realizada em Marrakesh, no Marrocos.
Durante a 51ª Assembleia Extraordinária de Mudança Climática, realizada na Casa Rosada, sede do Executivo nacional em Buenos Aires, representantes políticos das províncias argentinas se reuniram com o ministro de Ambiente do país, Sergio Bergman, e o chefe do Gabinete de Ministros, Marcos Peña, e pactuaram um documento para definir a estratégia.
"As Autoridades Ambientais das Províncias Argentinas expressamos nosso apoio à definição de uma política nacional de Mudança Climática no marco do Gabinete Nacional de Mudança Climática criado pelo Decreto 891/16 e em articulação com o Conselho Federal do Meio Ambiente (COFEMA)", destaca o documento.
Além disso, o documento ressalta a soma de esforços à postura nacional que será anunciada na COP22 do Marrocos.
Além disso, o documento ressalta a soma de esforços à postura nacional que será anunciada na COP22 do Marrocos.
Em seu discurso no ato, Peña ressaltou que "foi muito valorizado e destacado no mundo" que a Argentina tenha sido o primeiro país a ratificar em nível Executivo e Legislativo o Acordo de Paris que quase 200 nações alcançaram em dezembro de 2015.
Para o chefe de Gabinete, embora na Argentina o tema da poluição "não esteja tão presente na discussão pública", é "crucial" seguir trabalhando com os principais aliados, que, segundo sua opinião, são "as crianças das escolas de todo o país".
Peña ressaltou que "a revolução que está em andamento de energias alternativas, que é uma política essencialmente territorial e federal, vai ajudar muitíssimo a entender o que se pode fazer hoje, combinando inovação, necessidades econômicas e também políticas de preservação e cuidado do meio ambiente".
Para "estimular essa agenda com o compromisso", o político apostou na colaboração não só das instituições, mas também da sociedade civil e do setor acadêmico e privado.
Por sua parte, Bergman, que será o encarregado de levar a posição argentina à cúpula, destacou que o acordo "foi sendo elaborado de maneira interministerial e intersetorial com a participação ativa das províncias".
"Não poderíamos viajar como delegação oficial argentina ao Marrocos se não tínhamos o poder de representação das províncias", salientou.
Em declarações à Agência Efe, o ministro afirmou no último dia 28 de outubro que o país melhorará sua contribuição até o ano 2030 diminuindo suas emissões de 570 milhões a 488 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
A contribuição argentina também prevê medidas condicionantes ao apoio externo como meio para continuar fomentando o esforço coletivo global.
"Não podemos confundir o sintoma com a doença. A mudança climática e o aquecimento não é o problema, é o indicador. Aqui a discussão de fundo é como vamos mudar os hábitos e como uma visão de uma ecologia humanista integral e inclusiva põe como centro da discussão a sustentabilidade humana", destacou então Bergman.
"O que nos preocupa é justamente as populações mais vulneráveis que são as vítimas de quando se degrada o ambiente", concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário