O Museu Metropolitan de Nova York inaugura nesta terça-feira a exposição "O Paraíso Privado do Imperador: Tesouros da Cidade Proibida", com obras retiradas da área mais secreta do palácio imperial de Pequim. Ela fica em cartaz até o dia 1º de maio.
São 90 peças oriundas dos 27 prédios do jardim-santuário construído por odens do imperador Qianlong no canto nordeste da Cidade Proibida, no centro de Pequim.
Ele pretendia usar o local quando se aposentasse, o que nunca aconteceu. O jardim então permaneceu intocado e desocupado desde que ficou pronto, em 1776. Nunca foi aberto ao público, e uma restauração iniciada em 2001 deve ser concluída em 2019.
O jardim é composto por diversos edifícios, projetados para diferentes atividades - como a "Câmara Suprema do Cultivo harmonioso" ou o "Prédio das nuvens luminosas".
Curadores da exposição disseram antes da abertura que o evento será uma oportunidade única para ver todos os objetos de lá, já que eles provavelmente nunca deixarão a China.
"O jardim se destinava a ser um testemunho duradouro da eficácia do regime" (do imperador). A exposição reúne ícones budistas, murais, móveis, objetos decorativos e pergaminhos pintados que foram restaurados. A coleção representa o épice da arte chinesa do século 18. Mas, técnicas ocidentais de proporções e representação também foram incorporadas em vários pergaminhos.
Qianlong foi o imperador feudal que mais tempo reinou, que teve a maior influência e maior polêmica. Seu reinado foi o período chave da Dinastia Qing, altura em que o feudalismo atingiu o seu auge na China. Com 63 anos de administração efetiva, a era do imperador é referida como a do apogeu. Sendo assim, a vida deste monarca constitui a página mais explêndida do sistema cultural palaciano chinês.
Fonte: Folha.com
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