segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PIB japonês confirma: China é a segunda maior economia do mundo

O governo japonês anunciou oficialmente nesta segunda-feira que perdeu para a China o posto de segunda maior economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 3,9% no ano passado, segundo dados divulgados hoje. Já a economia chinesa acelerou 10,3% no mesmo período.
Entre janeiro e setembro do ano passado, o Japão conseguiu manter o título de segunda potência mundial, mas por pouca margem. Nesses nove meses, o PIB japonês foi de 3,967 trilhões de dólares, contra 3,947 trilhões de dólares dos chineses.
No último trimestre de 2010, porém o governo japonês informou que houve uma desaceleração no crescimento em consequência da queda das exportações e do consumo. A economia encolheu 0,3% no período. Resultado: um PIB nominal de 5,74 trilhões de dólares em 12 meses, ante a marca de 6 trilhões de dólares obtida pela China.
Apesar dos maus dados registrados entre outubro e dezembro de 2010, eles esperam que entre janeiro e março deste ano a economia japonesa volte a se recuperar, sobretudo por causa do aumento das exportações.
Trinta anos depois de iniciada a abertura econômica, a China superou sucessivamente a França, Grã-Bretanha e Alemanha e virou uma das maiores potências econômicas do planeta, conquistando os títulos de maior exportador, principal mercado automobilístico e líder na produção de aço. Mas, enquanto no Japão e nos EUA o crescimento econômico se traduz em qualidade de vida para a população, na China a situação é muito diferente.
A desigualdade social no país é flagrante com o crescimento vertiginoso. Na China, há dezenas de bilionários que se beneficiaram da abertura econômica das últimas décadas, mas há também 1,3 bilhão de pessoas cuja renda está entre as mais baixas do mundo. Dos 1,3 bilhão de habitantes da China, 150 milhões vivem abaixo da linha de pobreza da ONU.
É claro que o crescimento chinês tirou trilhões de pessoas da pobreza no país. Mas ainda há muito para fazer. Nem de longe, a distribuição de renda na China se assemelha à do Japão.
Fonte: Veja.com 

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