A África ganhará mesmo um 54º país. O "sim" à independência do Sul do Sudão recebeu 99,57% dos votos da região no plebiscito realizado entre os dias 9 e 15 de janeiro, conforme os primeiros resultados oficiais, divulgados no domingo (30).
O juiz Chan Reec Madut, chefe do escritório sulista da comissão que organizou o plebiscito, informou que apenas 16 mil dos 3,7 milhões de votantes no Sul preferiram se manter unidos no Norte. A convocação do plebiscito havia sido estabelecida no acordo de paz de 2005, que encerrou uma guerra civil de aproximadamente duas décadas. As duas regiões do Sudão são bastante diferentes: o Norte tem população majoritariamente de origem árabe e muçulmana, enquanto no Sul os habitantes são negros cristãos ou animistas.
A proclamação formal da independência deve ocorrer em 9 de julho. O novo país, que ainda não tem nome - Equatória é uma das possibilidades cogitadas -, já nasce como um dos mais pobres do mundo. Mesmo assim, a população comemorou o resultado.
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, não se manifestou ontem, mas havia prometido respeitar a voz das urnas.
"A luta continua. Vamos hastear a bandeira do Sudão até 9 de julho", disse por sua vez, o presidente do Sudão do Sul.
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