A menos de um mês do início das Olimpíadas de Londres, algumas curiosidades femininas dos primeiros Jogos Olímpicos.
Nesse tempo, só participavam dos jogos os cidadãos – homens livres nascidos em Atenas. As mulheres eram proibidas de disputar qualquer modalidade olímpica e não podiam nem assistir aos jogos. Era quase impossível driblar a norma, já que os gregos competiam nus. Até que uma mulher desafiou a lei.
Amor de mãe
Em 744 a.C.., Pherenice, mãe do boxeador Peisidouros, se vê diante da proibição de assistir à luta de seu filho só porque era mulher. Para contornar a situação, ela deu um jeitinho: se travestiu de homem e entrou no “ringue” com roupa de técnico. Valeu a pena, o filho ganhou a luta. Eufórica, Pherenice começou a pular e não percebeu que seu traje havia enroscado em um banco. O resultado foi que sua roupa rasgou e ela ficou nua diante de todos.
A pena para esse tipo de delito era rígida: ser atirada de um precipício. A sorte de Pherenice foi que sua família era composta por campeões olímpicos, o que fez com que poupassem sua vida. Alguns historiadores afirmam que foi a partir daí que os treinadores tiveram de aderir à moda dos atletas durante os jogos: todo mundo nu.
Como uma deusa
Talvez as mulheres gregas não sentissem tanta falta assim de competir entre os peladões. Até porque elas tinham suas próprias Olimpíadas: os Jogos de Heraia. Funcionava quase do mesmo jeito. O evento era realizado a cada quatro anos em homenagem à deusa Hera, mulher de Zeus. De acordo com o livro Descrição da Grécia, de Pausânias, a competição tinha apenas uma modalidade: a corrida de estádio.
Diferentemente dos homens, elas não competiam peladas. Corriam vestindo túnicas curtas e com os cabelos soltos. Divididas por faixas etárias, enfrentavam os 160m do Estádio de Olímpia. Os prêmios eram uma coroa de oliveira – mesmo reconhecimento entregue aos vencedores olímpicos – e um pedaço de vitela. Medalha de ouro que é bom, nada.
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