sexta-feira, 24 de maio de 2013

Depois de um mês no espaço, cápsula com dezenas de animais retorna

No último dia 19 de abril saiu do Cazaquistão uma espécie de Arca de Noé moderna: a cápsula russa Bion-M levava mais de 70 animais em seu interior, com a missão de viajar a centenas de quilômetros de altura e de ficar em órbita, por conta própria, pelo maior período da História. A cápsula acaba de retornar à Terra sã e salva: agora os cientistas já começam a quebrar cabeça para descobrir como seu cachorro de estimação irá para a Marte quando a Humanidade começar a passar o réveillon por lá.
Na última vez que os animais tinham sido mandados para o espaço, no já longínquo ano de 2007, a jornada durou apenas 12 dias, bem mais curta que essa última, que teve duração de um mês. Além do tempo que passaram em órbita, a altura atingida pela missão também chama atenção: eles chegaram a 575 quilômetros de altura, (bem) mais alto até que a Estação Espacial Internacional, que fica não costuma passar de 400 km de distância da Terra.
A tripulação da espaçonave era composta por 53 camundongos, 15 lagartos e 8 pequenos roedores de uma espécie chamada ratos-do-deserto. Isso na ida, porque na volta tinha mais cadáver que qualquer outra coisa: apenas os lagartos passaram incólumes, sem nenhum baixa; mais da metade dos camundongos morreram e nenhum rato do deserto voltou com vida.
Os 76 animais passaram por mais de 70 testes antes, durante e depois da viagem, tudo para investigar como a ausência de gravidade interfere nos esqueletos, corações, sistemas nervosos e músculos dos bichos, o grande objetivo por trás da missão.

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