Nesta sexta-feira, descendentes de Ricardo III venceram uma batalha na Justiça relacionada ao local do enterro do monarca medieval, cujos ossos foram encontrados debaixo de um estacionamento no ano passado — mas foram solicitados a não entrar em uma versão judicial da Guerra das Rosas, na qual o rei morreu.
Em uma das descobertas arqueológicas mais notáveis na história inglesa, um esqueleto com o crânio partido e a espinha curvada foi oficialmente identificado, por meio de exames de DNA, em fevereiro deste ano, como sendo os restos mortais de Ricardo.
Descrito por William Shakespeare como um tirano deformado que assassinou os dois jovens sobrinhos para reforçar seu poder, Ricardo foi morto em 1485, na Batalha de Bosworth, sendo o último rei da Inglaterra a morrer em campo de batalha.
Disputa — A Universidade de Leicester, que liderou a busca para encontrar, exumar e identificar os restos de Ricardo, obteve permissão do Ministério da Justiça para enterrar novamente o rei na catedral de Leicester, que fica perto de Bosworth, no centro da Inglaterra.
Mas descendentes do monarca (que foi o último rei da dinastia Plantageneta) foram à Justiça argumentando que Ricardo deveria ser sepultado na catedral de York, a cidade no norte da Inglaterra com a qual ele manteve laços estreitos durante a vida.
Em um decreto emitido nesta sexta-feira, o juiz da Suprema Corte Charles Haddon-Cave disse que o Ministério errou em dar o sinal verde para o enterro em Leicester sem se engajar em consultas mais amplas, em uma questão de grande interesse público.
"A descoberta arqueológica dos restos mortais de um antigo rei da Inglaterra depois de 500 anos é sem precedentes", escreveu o juiz, concedendo permissão à Aliança Plantageneta pró-York, um grupo de descendentes e entusiastas, a iniciar um exame judicial da questão.
"No entanto, eu recomendaria às partes que evitassem embarcar na Guerra das Rosas Parte 2", escreveu. "Em minha opinião, seria impróprio, indigno e desagradável ter uma disputa judicial pelos restos reais."
Defensores de Ricardo há muito argumentam que ele foi injustamente criticado depois de sua morte pelos vitoriosos Tudor, e que sua reputação foi ainda mais prejudicada por uma peça de Shakespeare, escrita durante o reinado da rainha Elizabeth I, uma Tudor.
A imagem duradoura de Ricardo na imaginação popular é a de um corcunda enlouquecido pelo poder, conforme descrito por Shakespeare, gritando "um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!", após ser derrubado de seu corcel durante a Batalha de Bosworth.
Em um decreto emitido nesta sexta-feira, o juiz da Suprema Corte Charles Haddon-Cave disse que o Ministério errou em dar o sinal verde para o enterro em Leicester sem se engajar em consultas mais amplas, em uma questão de grande interesse público.
"A descoberta arqueológica dos restos mortais de um antigo rei da Inglaterra depois de 500 anos é sem precedentes", escreveu o juiz, concedendo permissão à Aliança Plantageneta pró-York, um grupo de descendentes e entusiastas, a iniciar um exame judicial da questão.
"No entanto, eu recomendaria às partes que evitassem embarcar na Guerra das Rosas Parte 2", escreveu. "Em minha opinião, seria impróprio, indigno e desagradável ter uma disputa judicial pelos restos reais."
Defensores de Ricardo há muito argumentam que ele foi injustamente criticado depois de sua morte pelos vitoriosos Tudor, e que sua reputação foi ainda mais prejudicada por uma peça de Shakespeare, escrita durante o reinado da rainha Elizabeth I, uma Tudor.
A imagem duradoura de Ricardo na imaginação popular é a de um corcunda enlouquecido pelo poder, conforme descrito por Shakespeare, gritando "um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!", após ser derrubado de seu corcel durante a Batalha de Bosworth.
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