sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O cientista D.Pedro II na memória do mundo

Os 43 diários que o imperador escreveu durante as muitas viagens que realizou nos 49 anos de seu reinado, entre outros 2 mil documentos relativos a essas jornadas que são guardados pelo Museu Imperial, de Petrópolis, no Rio do Janeiro, foram inscritos no Programa Memória do Mundo, da Unesco.
Um tipo muito curioso de cientista diletante, D. Pedro II percorreu o Brasil inteiro e o mundo fazendo relatos minuciosos da flora, fauna, desenhos e impressões geográficas de diversos locais visitados. Esses registros pessoais hoje são valiosos documentos da segunda metade do século XIX.
O chamado conjunto documental relativo às viagens do imperador D. Pedro II pelo Brasil e pelo mundo contém raridades como diários pessoais, desenhos, cadernetas, correspondências, registros de visitas, relatórios de despesas, jornais, homenagens e convites. Do acervo, fazem parte também dez diários da imperatriz Teresa Cristina, relatos de Luísa Margarida de Barros Portugal, a condessa de Barral, e de Luís Pedreira do Couto Ferraz, o barão do Bom Retiro, que sempre faziam parte da comitiva do imperador.
Os documentos mostram algumas curiosidades, como o encontro do imperador com o cientista Alexander Graham Bell na Exposição Universal da Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1876. Convidado de honra do então presidente Ulysses Grant, D. Pedro II pôde conhecer em primeira mão uma invenção de Bell. Contam os registros que, ao experimentar o telefone, o brasileiro teria exclamado: “Céus, isto fala!”, o que teria chamado a atenção de todos os visitantes da feira. Impressionado com o invento, D. Pedro II fez questão de trazer um telefone para o Brasil, que viria a ser o segundo país a utilizar o aparelho.
História Viva

Nenhum comentário:

Postar um comentário