Três estudos publicados nesta quinta-feira na revista Nature podem ter resolvido o mistério da formação da Lua. Para cientistas franceses e israelenses, o satélite se formou a partir da colisão de dois objetos: a Terra e um corpo celeste de composição muito parecida.
Ate hoje, a explicação mais aceita para a formação da Lua, formulada na década de 1970, é a da "hipótese do grande impacto", segundo a qual o choque da Terra com um corpo celeste planetário com tamanho semelhante ao de Marte, chamado Theia, teria desprendido rochas e poeira que se uniram para formar o satélite.
O ponto nebuloso dessa teoria é o fato de que a composição química da Terra e de nosso satélite parecem ser idênticas. Para que a teoria se comprovasse, seria preciso que o objeto que colidiu com a Terra fosse um "planeta irmão", muito mais parecido com o nosso planeta do que com qualquer outro do Sistema Solar. A probabilidade de algo assim acontecer, acreditavam os cientistas, era de apenas 1%.
Com novos cálculos e simulações, os autores das pesquisas publicadas na Nature investigaram a semelhança entre os planetas do Sistema Solar e os últimos objetos contra os quais se chocaram. Resultado: em 20% a 30% das colisões analisadas, o planeta e o objeto de colisão tinham composição química semelhante. Dessa forma, o estudo conclui que a probabilidade da "hipótese do grande impacto" ter ocorrido é bem mais elevada.
Para os cientistas, a Terra e a Lua são parecidas por terem se formado a uma distância parecida em relação ao Sol. "A Terra e a Lua não são gêmeas nascidas do mesmo planeta, mas irmãs, porque cresceram no mesmo ambiente", afirma Hagai Perets, astrofísico do Instituto de Tecnologia de Israel e um dos autores do estudo.
Veja.com
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