terça-feira, 28 de abril de 2015

Missão da Nasa fará espaçonave explodir na superfície de Mercúrio

Messenger

A sonda espacial Messenger, há quatro anos na órbita de Mercúrio, irá chegar ao fim nesta quinta (30) de um jeito pouco comum.
A espaçonave irá se chocar com o próprio planeta. O impacto do veículo de 500 quilos a uma velocidade de 14 mil km/h deve criar uma cratera com 15 metros de comprimento na superfície de Mercúrio.
Esse "voo suicida" será o último ato da missão, que conseguiu enviar para a Terra informações inéditas sobre o menor planeta do Sistema Solar, apenas um pouco maior do que a Lua.
A Messenger, por exemplo, descobriu que Mercúrio diminuiu nos últimos bilhões de anos, após um processo drástico de resfriamento. Além disso, a sonda mapeou antigos rios de lava, e, principalmente, confirmou a presença de gelo em crateras perto dos polos do planeta.
Segundo a Nasa, a principal descoberta científica da missão foi saber que Mercúrio é rico em " compostos voláteis", elementos como cloro, enxofre, potássio e sódio, que evaporam facilmente em temperaturas moderadas.
A presença desses elementos na atmosfera do planeta obriga os cientistas a pensarem em outro modo do planeta ter sido formado. Isso porque a hipótese até então aceita pelos pesquisadores considerava que o planeta sofreu um processo de aquecimento, que deveria ter evaporado esses voláteis.
A Messenger demorou seis anos para se aproximar da órbita de Mercúrio, na qual chegou no dia 18 de março de 2011. A parte orbital da missão, originalmente planejada para apenas um ano, foi estendida por duas vezes.
Mas o combustível dos propulsores espaçonave acabou. Os engenheiros tentaram usar hélio pressurizado, que empurraria combustível de outras partes da Messenger para os pequenos foguetes. Mas o processo de queda já era irreversível.
Quando colidir com a superfície, a Messenger estará atrás de Mercúrio, fora do campo de visão da Terra. A equipe da Nasa poderá ter certeza do destino da espaçonave apenas algumas horas depois.
Espera-se que a cratera criada pela colisão seja analisada por missões futuras ao planeta. Uma missão Nipo-europeia, a BepiColombo, deve ser lançada em 2017, para chegar a Mercúrio em 2024.
 

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