sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Nasa apresenta a Starliner, nova espaçonave para transporte de astronautas


 
Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em 2011, a Nasa enfrenta a incômoda situação de dependência da Rússia para o envio de astronautas para a Estação Espacial Internacional, mas o cenário deve ser revertido em breve. Nesta sexta-feira, a agência espacial americana apresentou, em parceria com a Boeing, os planos para a construção da CST-100 Starliner, sua nova espaçonave tripulada.
A CST-100 será fabricada e preparada para lançamento na Instalação de Processamento de Tripulação e Carga Comerciais, ou C3PF, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A estrutura foi utilizada por duas décadas pela Nasa para preparações e testes dos ônibus espaciais.
As obras de revitalização da C3PF estão previstas para terminarem em dezembro deste ano, mas os engenheiros já trabalham na construção da versão de testes da Starliner. Apesar de não ter previsão para ser enviada ao espaço, o modelo passará por testes contínuos que culminarão em um teste de aborto em plataforma, planejado para 2017.
 

O projeto da Starliner faz parte de um contrato assinado no ano passado pela Nasa com a Boeing e a SpaceX para o desenvolvimento de sistemas economicamente eficientes e seguros para o transporte de tripulação para a Estação Espacial Internacional. A ideia é que o serviço seja prestado para agência, mas também oferecido para passeios privados na órbita baixa do planeta.
— Há cem anos nós vimos o surgimento da era da aviação comercial, e hoje, com a ajuda da Nasa, estamos vendo o surgimento de uma nova era comercial no espaço — disse John Elbon, vice-presidente de Exploração Espacial da Boeing.
Para a Nasa, a principal missão da Starliner, da Boeing, e da Crew Dragon, da SpaceX, será restabelecer a capacidade americana de lançamento de astronautas para a Estação Espacial Internacional, onde são conduzidos experimentos essenciais para o projeto de enviar o homem para Marte na década de 2030.
— A espaçonave tripulada comercial é um componente essencial para a nossa jornada para Marte, e 350 companhias americanas, em 35 estados, estão trabalhando para que a maior potência da Terra possa novamente lançar os seus próprios astronautas para o espaço — disse o administrador da Nasa Charles Bolden.
O Globo.com

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