Cliente não precisará mais falar com o gerente pessoalmente para abrir uma conta ou pedir um empréstimo
Até pouco tempo atrás, ser moderno era não precisar ir à agência do banco tradicional para fazer transferências, pagar contas e checar o saldo. Agora, a modernidade passa pela experiência de ser cliente de um banco sem agência.
As instituições financeiras brasileiras estão se estruturando para ter suas próprias versões de banco digital, desses que só se materializam nas telas de computadores e celulares.
O Banco Original, por exemplo, está em operação. Entre os de grande porte, o Bradesco é o que está mais avançado para lançar uma versão digital independente de sua estrutura tradicional.
Pioneiro na tecnologia, o Original, controlado pela Holding J&F Investimentos, criou a primeira instituição 100% digital, que permite ao cliente até abrir a conta remotamente. O anúncio do banco digital foi feito em março por Henrique Meirelles.
Antes de assumir o Ministério da Fazenda, Meirelles presidia o conselho da J&F, holding do grupo do qual fazem parte ainda as marcas de alimentos Friboi, Seara e Vigor, além da Havaianas, de calçados.
"Atendemos às expectativas do cliente de maior comodidade e qualidade do serviço, e ganhamos com processos internos mais ágeis", explica Wanderley Baccala, CIO do Original.
A instituição, criada há oito anos para fomentar a cadeia produtiva da pecuária, espera que o número de clientes atinja 2 milhões em dez anos. Com investimento de R$ 600 milhões em sua plataforma digital, o Original por enquanto concentra as atividades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Dentro de pouco tempo, o Original terá concorrência. O Bradesco prepara a sua operação para os próximos meses. Uma estratégia de migração para o digital passa pela melhoria dos serviços do banco tradicional que já tem plataforma digital. Nessa fase, o Bradesco trata de implementar a ideia de multicanal. O objetivo é viabilizar que uma determinada operação comece num canal e continue em outro. Outra tática é substituir a segmentação pela personalização.
Na segmentação, a instituição foca na faixa de renda e no tipo de comportamento dos clientes, classificando-os em perfis.
Na personalização, o banco poderá, com auxílio de uma tecnologia que permite a análise de grande quantidade de dados, focar individualmente no cliente. Dessa maneira, o usuário poderá receber uma oferta do banco enquanto estiver concluindo uma transação.
Um diferencial do Bradesco, por exemplo, é que o seu banco digital deverá ter o mesmo apelo de uma rede social, como o Facebook ou o WhatsApp, canais com os quais grande parcela dos clientes já está familiarizada.
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