Atualmente, 22% da economia mundial pode ser considerada digital. No entanto, muitos negócios e governos poderiam aumentar sua produtividade e seu crescimento global ao tornar seus investimentos em tecnologia mais efetivos. É o que aponta uma pesquisa conduzida pela Accenture a pedido da Oxford Economics, em que 11 das economias mais avançadas do mundo foram analisadas (confira quadro abaixo). O objetivo foi o de explorar como os meios digitais criam valor e identificar possibilidades de melhoria e otimização.
Para avaliar o grau de digitalização das economias, a Accenture utiliza três critérios. De acordo com Paulo Ossamu, diretor executivo da empresa, o primeiro são as skills digitais: conhecimento dessas habilidades, facilidade para trabalhar com elas e força de trabalho digital. O segundo são as tecnologias digitais. E o terceiro são os aceleradores digitais, relacionados à cultura digital – como as pessoas estão dispostas a trabalhar de forma diferente, sem ter medo de falhar.
Densidade digital x produtividade
Essas três alavancas mostram que, dependendo de como uma economia aplica seus investimentos, terá mais ou menos retorno. Ossamu explica que as alavancas são muito ligadas ao índice de densidade digital, que é uma combinação de estrutura, de comportamento corporativo e de atitudes do consumidor.
Existe uma correlação direta entre densidade digital e o fator de produtividade da economia como um todo. Quando um país cresce 10 pontos na densidade digital, isso representa um aumento de 0,4% em economias maduras. Nas emergentes a porcentagem é maior, cerca de 0,65%. “Estamos diante da quarta Revolução Industrial. A primeira foi a das máquinas a vapor mudando a força de trabalho, depois houve a entrada da tecnologia. A terceira é a internet e a quarta tem relação com a combinação dessas diferentes bandas de inovação”, afirma.
Na avaliação do executivo, os países mais maduros do ranking tiveram um investimento mais significativo em telecomunicações, pesquisa e desenvolvimento em hardware e software na última década. Isso trouxe uma vantagem competitiva. “Eles conseguem automatizar a força de trabalho, utilizando robôs e inteligência artificial para aumentar a produtividade e melhorar processos nas indústrias. São muito mais eficientes. Já os países emergentes e os demais, segundo Ossamu, conseguiram trabalhar com limitações de infraestrutura. “No Brasil, por exemplo, existe mais ênfase nas tecnologias e nos aceleradores. Mas é preciso facilitar o empreendedorismo , com incubadoras e novas ideias”, afirma.
Dependendo da indústria – informação, comunicação ou tecnologia –, habilidades para lidar com os meios digitais já se tornaram parte integrante de muitos postos de trabalho. Porém, antes de recalcular sua estratégia, os tomadores de decisão precisam compreender com clareza até que ponto a tecnologia é, de fato, parte de sua força de trabalho. Verifique a seguir qual é a proporção da força de trabalho digital em cada país.
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