terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pesquisadores acham na Índia jazida mais antiga com proteção contra tsunamis

 
Resultado de imagem para fotos de jazidas na Índia protegidas por muros contra tsunamis
 
Um grupo de cientistas indianos identificou o que acredita ser a jazida com medidas de proteção contra tsunamis mais antiga achada até o momento, um assentamento de 5 mil anos rodeado por um muro de entre 14 e 18 metros de largura situado no estado noroeste indiano de Gujarat.
A comunidade científica levava anos se perguntando o porquê de um muro "tão largo" ao redor desta jazida, no qual começaram a realizar escavações arqueológicas há cerca de uma década, explicou nesta terça feira à Agência Efe Rajiv Nigam, especialista do Instituto Nacional de Oceanografia (CSIR-NIO, em inglês) a cargo da pesquisa.
Sua equipe pôs recentemente fim à incógnita ao concluir que muito possivelmente "o muro foi construído para se proteger dos tsunamis", após descartar que tivesse como alvo a defesa contra animais ou inimigos.
Segundo o cientista chefe do CSIR-NIO, a civilização harappa construiu a antiga cidade de Dholavira neste lugar do Rann do Kutch indiano por tratar-se de um ponto de grande importância estratégica e comercial, apesar de ser uma zona "propensa" a registrar ondas gigantes.
Inclusive na "época moderna", em 1945, uma destas ondas sacudiu a região, acrescentou, ao apontar que a cidade apresentaria as "medidas de proteção contra tsunamis mais antigas" já identificadas.
Os pesquisadores acreditam que, de fato, um tsunami foi a causa mais provável de seu desaparecimento, já que no lugar foram encontrados organismos marítimos microscópicos chamados "foraminífera".
O assentamento urbano de Dholavira, que compreendia um castelo, uma cidade média e uma baixa, permaneceu no auge durante cerca de 1,5 mil anos e foi o principal porto da civilização harappa ou do Vale Indus, assentada na zona durante a Idade de Bronze, segundo um artigo do CSIR-NIO.

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