Lua: a NASA passou mais de quatro décadas, desde a missão Apolo 17, sem pôr os pés na Lua
A Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos autorizou uma empresa privada com sede na Flórida a realizar voos para a Lua com sondas robóticas, abrindo uma nova era de exploração do satélite terrestre.
A companhia Moon Express, com base em Cabo Canaveral, recebeu a aprovação para enviar uma sonda com capacidade de alunissar e se reposicionar com pequenos "saltos", informou nesta quarta-feira a organização.
"A FAA determinou que o lançamento da sonda não traz riscos para a saúde pública, para a segurança de pessoas e suas propriedades, para os interesses nacionais e de política externa, e para as obrigações internacionais", disse a FAA em comunicado.
A missão da Moon Express, batizada como MX-1E, tem a intenção de abrir um novo setor industrial, o de mineração lunar, com a extração de platina e hélio-3, o combustível para as usinas de fusão que ainda não existem e cuja viabilidade até agora só foi abordada pela ficção científica.
No entanto, com a autorização da FAA, a Moon Express se posiciona como favorita para ganhar o Google X Lunar Prize, o concurso no qual concorrem mais de uma dúzia de pequenas empresas com o objetivo de obter um prêmio de US$ 20 milhões.
Este feito, mais administrativo do que tecnológico, representa a primeira vez que as autoridades americanas interpretam e aplicam o marco legal estipulado pelo Tratado do Espaço Exterior.
O acordo internacional determina que "as atividades de entidades não-governamentais no espaço exterior, incluída a Lua e outros corpos celestes, devem requerer autorização e contínua supervisão dos Estados-parte deste tratado".
A agência aeroespacial americana (Nasa), passou mais de quatro décadas, desde a missão Apolo 17, sem pôr os pés na Lua.
A Nasa e o governo americano querem agora abrir a possibilidade para a participação da iniciativa privada na exploração espacial, como já ocorre com as missões de carga para a Estação Espacial Internacional.
Exame.com
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