“Hoje sabemos que o Titanic não afundou porque o seu capitão estava bêbado, porque ele estava tentando quebrar um recorde de velocidade ou porque o casco do navio era fraco. Foi tudo obra da natureza” declara Tim Maltin, especialista no naufrágio mais famoso da história.
Maltin, que é autor de livros sobre o assunto como “101 coisas que você achava que sabia sobre o Titanic”, acredita que o acidente aconteceu por causa de uma ilusão de ótica. As condições atmosféricas no momento e no local do acidente eram propícias para um fenômeno chamado “super-refração”, que ocorre quando a luz se dobra de forma a causar uma espécie de miragem, escondendo o famoso iceberg e provocando a colisão.
Basicamente, quando uma corrente de ar fria e uma corrente de ar quente se encontram sobre um lugar do oceano onde também acontece o choque de águas frias com águas mais quentes, causando uma inversão termal. Isso faz com que objetos pareçam mais próximos e mais altos, em um horizonte falso.
Super-refração Como a noite do acidente era escura, sem lua, havia pouco contraste entre o iceberg, o mar e o céu. O falso horizonte, que parecia mais alto, conseguiu camuflar completamente o gelo. O iceberg só pode ser avistado quando o Titanic estava a quase 2km de distância – quando os alarmes soaram já era tarde demais.
Mas como ter certeza disso, sendo que o naufrágio aconteceu 100 anos atrás? Maltin descobriu que outros navios na mesma área registraram o fenômeno. Tanto que foram incapazes, também, de perceber que o Titanic estava avançando sobre um iceberg, por causa da super-refração.
Foi o caso do Californian, que viajava próximo ao Titanic, mas que foi incapaz de notar que o cruzeiro se aproximava da massa de gelo. Quando a colisão ocorreu e sinais de luz foram enviados, as embarcações próximas também não conseguiram recebê-los, devido à condição do ar. Até mesmo fogos de artifício disparados pareciam muito baixos para caracterizar um pedido de socorro.
A tragédia O RMS Titanic afundou no dia 15 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, matando cerca de 1500 pessoas. Desde então, pesquisadores buscam saber o motivo pelo qual o navio, que era considerado o mais avançado e seguro de sua época, colidiu com o iceberg que causou o naufrágio.
“Hoje podemos refutar algumas das hipóteses levantadas. Sabemos que os melhores engenheiros navais garantiram que o casco do Titanic estivesse perfeito”, explica Maltin. De acordo com o pesquisador, a velocidade do navio também era segura. A noite era clara. Em teoria, as condições eram seguras.
“Hoje podemos refutar algumas das hipóteses levantadas. Sabemos que os melhores engenheiros navais garantiram que o casco do Titanic estivesse perfeito”, explica Maltin. De acordo com o pesquisador, a velocidade do navio também era segura. A noite era clara. Em teoria, as condições eram seguras.
“Mas é justamente esse o fascínio do Titanic, o motivo pelo qual a tragédia é estudada até hoje: mostra o quanto o homem e sua tecnologia ainda são pequenos perto do universo. O que causou tudo foi um fenômeno natural”, declara Maltin. “Basta ver o caso recente do Costa Concórdia. A lição é clara: acidentes sempre podem acontecer”.
Galileu.com
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