terça-feira, 31 de julho de 2012
A conquista do espaço
Pela primeira vez, a Nasa vai usar equipamentos privados em suas missões. Ao aposentar, em julho de 2011, o ônibus espacial Endeavour, a agência americana contratou 7 companhias — a maioria ligada a algum bilionário de tecnologia, como Paul Allen, da Microsoft, e Elon Musk, fundador do PayPal — para produzir naves e foguetes compactos.
Nos próximos meses, o módulo Dragon, da Space X, uma das empresas de pequeno porte surgidas no ramo nos últimos 10 anos, irá abastecer a Estação Espacial Internacional, a 340 km da Terra. Também está prevista para este ano a primeira da série de 3 missões do SpaceShipTwo, híbrido de nave e avião espacial da Virgin Galactic, ramo da gigante indústria musical Virgin, que fará experimentos científicos pouco abaixo de 100 km de altitude. As 3 missões da SpaceShipTwo sairão por US$ 4,5 milhões, enquanto cada voo do Endeavour custava US$ 1 bilhão. “Isso abrirá o espaço a pessoas, pesquisadores, corporações, universidades e governos mais do que em qualquer época”, diz Michael Belfiore, autor de Rocketeers (Fogueteiros, sem edição brasileira).
Na sequência, devem vir as empresas de garagem. Em 2009, a Administração Federal de Aviação americana retirou restrições como o limite da altitude para o lançamento de foguetes caseiros, hobby que reúne cerca de 10 mil americanos, que se juntam a familiares e amigos para fabricar naves de fundo de quintal. Quando esses equipamentos alçarem voo, veremos surgir os programas espaciais do tipo faça-você-mesmo. Será um marco na era pós-Nasa.
Nos próximos meses, o módulo Dragon, da Space X, uma das empresas de pequeno porte surgidas no ramo nos últimos 10 anos, irá abastecer a Estação Espacial Internacional, a 340 km da Terra. Também está prevista para este ano a primeira da série de 3 missões do SpaceShipTwo, híbrido de nave e avião espacial da Virgin Galactic, ramo da gigante indústria musical Virgin, que fará experimentos científicos pouco abaixo de 100 km de altitude. As 3 missões da SpaceShipTwo sairão por US$ 4,5 milhões, enquanto cada voo do Endeavour custava US$ 1 bilhão. “Isso abrirá o espaço a pessoas, pesquisadores, corporações, universidades e governos mais do que em qualquer época”, diz Michael Belfiore, autor de Rocketeers (Fogueteiros, sem edição brasileira).
Na sequência, devem vir as empresas de garagem. Em 2009, a Administração Federal de Aviação americana retirou restrições como o limite da altitude para o lançamento de foguetes caseiros, hobby que reúne cerca de 10 mil americanos, que se juntam a familiares e amigos para fabricar naves de fundo de quintal. Quando esses equipamentos alçarem voo, veremos surgir os programas espaciais do tipo faça-você-mesmo. Será um marco na era pós-Nasa.
Galileu.com
Artista cria "máquina de rezar"
Sinal dos tempos, todos nós sabemos: temos pouco tempo para muitos afazeres. Máquinas são rápidas, práticas, não ficam mal-humoradas e não fazem perguntas. Tudo que uma pessoa apressada quer.
Mas e uma máquina que nos conecte com o sagrado? O artista alemão Oliver Sturm criou a Pray-O-Mat, uma antiga cabine de tirar fotos 3x4 adaptada para receber devotos em trânsito. Com 50 centavos de euro, você tem direito à sua dose diária de fé. Não importa qual entidade superior você acredita, a Pray-o-Mat provavelmente vai suprir suas necessidades espirituais.
Mais do que fast-food religioso, o objetivo da máquina é servir como um espaço que abriga as mais diferentes crenças do mundo: são 300 gravações de cantos e orações em 65 idiomas diferentes. As mais populares estão estampadas na porta da cabine: judaísmo, hinduísmo, cristianismo, islamismo e budismo. Mas se você está naqueles dias que bate uma vontade de experimentar s sensação de um culto aborígene ou um ritual de candomblé, é só procurar na telinha touchscreen e apertar na opção desejada.
Os áudios disponíveis na máquina foram coletados pelo próprio artista ou resgatados do arquivo de rádios, dependendo da dificuldade de recolher o material in loco. O Brasil é conhecido por ser um dos países mais religiosos do mundo, mas será que a Pray-O-Mat faria sucesso por aqui?
Galileu.com
Bandeiras americanas continuam na Lua, dizem cientistas
Cinco das seis bandeiras americanas fincadas na superfície lunar pelas missões tripuladas Apolo há quatro décadas continuam de pé, segundo as últimas fotos feitas por uma sonda da Nasa.
A partir das imagens da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) pode-se afirmar que "é certo que as bandeiras dos Estados Unidos ainda continuam de pé e projetam sombras", escreveu o pesquisador da Nasa Mark Robinson em seu blog, segundo publicou nesta segunda-feira a publicação especializada Space.com.
A única que não está, porque foi "derrubada" durante a decolagem, é a do Apolo 11, que pousou sobre a superfície do satélite em 20 de julho de 1969 e deu ao americano Neil Armstrong a honra de ser o primeiro humano a pisar na Lua.
O mítico projeto Apolo (1968-1972) enviou várias missões tripuladas à Lua que colocaram um total de seis bandeiras americanas em sua superfície.
Robinson admitiu estar "surpreso" de que as bandeiras tenham sobrevivido aos efeitos da luz ultravioleta e às temperaturas da superfície lunar.
Falta esclarecer agora o estado em que estão as bandeiras, segundo Robinson.
A LRO foi lançada em junho de 2009 e capturou pela primeira vez imagens em primeiro plano dos lugares de alunissagem em julho desse mesmo ano.
A sonda capturou as imagens mais nítidas já tomadas do espaço das marcas que deixaram as missões Apolo 12, 14 e 17 nos lugares em que posaram, assim como as pegadas dos astronautas que exploraram a superfície lunar.
IG Ciência
O que comeremos em 20 anos?
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em artigo de luxo.
Algumas alternativas que, embora estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver lacunas na demanda por alimentos são relacionadas como:
Insetos
O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insetos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no cardápio.
Uso de som
Já é bem conhecida a influência que aparência e cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é possível ajustar o gosto der determinados alimentos através da música que se ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
Empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência" do consumo de seus produtos.
Carne de laboratórioCientistas holandeses criaram carne em laboratório usando células-tronco de vaca e esperam desenvolver o primeiro "hambúrguer de proveta" até o fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter níveis bem mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que ainda está longe de ter.
AlgasElas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva.
Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados.
Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.
BBC.com
segunda-feira, 30 de julho de 2012
China quer pousar sonda na Lua em 2013
A China pretende realizar em 2013 o pouso da sua primeira sonda na lua, disse a imprensa estatal na segunda-feira (30), em mais um passo de um ambicioso programa espacial que inclui também a construção de uma estação orbital.
Em 2007, a China lançou sua primeira sonda lunar orbital, a Chang'e 1, cujo nome alude a uma deusa da lua. Esse equipamento recolheu imagens da superfície e analisou a distribuição de elementos.
Esse lançamento marcou o primeiro de três passos no programa lunar chinês. Em seguida virão uma missão não-tripulada ao satélite, e em seguida a coleta de amostras do solo e das pedras lunares, por volta de 2017.
A agência estatal China News Service disse, sem entrar em detalhes, que a sonda Chang'e 3 irá realizar pesquisas sobre a superfície lunar no ano que vem.
Cientistas chineses também cogitam a hipótese de levar uma tripulação à lua após 2020.
O programa espacial da China ainda está muito atrás dos EUA e da Rússia, mas no mês passado o país encerrou um voo tripulado, da nave Shenzhou 9, que levou a primeira mulher chinesa ao espaço, além de testar métodos de atracação que serão importantes na futura estação espacial.
IG Ciência
causas das mudanças climáticas é humana, admite cientista cético
Um conhecido cético das causas humanas das mudanças climáticas, o americano Richard Muller mudou de postura e afirmou nesta segunda-feira que agora acredita que os gases causadores de efeito estufa são responsáveis pelo aquecimento global.
"Não esperava isto, mas como cientista, acho que é meu dever permitir que a evidência mude minha opinião", declarou Muller, professor de física na Universidade da Califórnia em Berkeley, em um comunicado.
Muller integra uma equipe de cientistas em Berkeley que estuda como as mudanças de temperatura podem estar relacionadas com a atividade humana, ou com fenômenos naturais como a atividade solar e vulcânica.
Muller integra uma equipe de cientistas em Berkeley que estuda como as mudanças de temperatura podem estar relacionadas com a atividade humana, ou com fenômenos naturais como a atividade solar e vulcânica.
A temperatura média da superfície terrestre aumentou 1,5 grau Celsius nos últimos 250 anos, e "a explicação mais simples deste aquecimento são as emissões humanas de gases de efeito estufa", disse a equipe em um relatório publicado online esta segunda-feira.
A análise remonta a cem anos mais do que a pesquisa prévia e assume uma postura ainda mais forte do que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, que em 2007 informou que "a maior parte" do aquecimento dos últimos 50 anos se pode atribuir à atividade humana e que uma maior atividade solar antes de 1956 poderia ter contribuído em parte para o aquecimento da Terra.
A análise da equipe de Berkeley disse que "a contribuição da atividade solar ao aquecimento global é insignificante".
Sua conclusão, esclareceu, não se baseia em modelos climáticos, que segundo os cientistas podem conter erros.
Ao contrário, se baseia "simplesmente na concordância entre a forma observada em que subiu a temperatura e o aumento de gases de efeito estufa conhecido".
A pesquisa futura levará em conta a temperatura dos oceanos, não incluída no informe recente, destacou este grupo de especialistas.
Em um artigo opinativo no New York Times, publicado este fim de semana, Muller se definiu como "um cético convertido" e explicou como passou de ser um cientista que questionava a "própria existência do aquecimento global" a um que apóia a maioria da comunidade científica e acredita que o aquecimento atmosférico é "real".
"Agora vou um passo além: os seres humanos são quase totalmente a causa", acrescentou.
A equipe de Berkeley inclui o prêmio Nobel Saul Perlmutter e a climatologista Judith Curry, do Instituto de Tecnologia da Geórgia (sudeste).
IG Ciência
Nasa mostra órbita de asteroides que podem ameaçar a Terra
A Nasa divulgou nesta segunda-feira (30) um diagrama que ilustra as diferenças entre as órbitas de um típico asteroide próximo da Terra (em azul) e um asteroide potencialmente perigoso (PHA, na sigla em inglês, em vermelho). PHAs são um subconjunto de asteroides próximos da Terra (NEAs) e têm órbitas próximas à do nosso planeta, chegando a cerca de 8 milhões de km. Eles também são grandes o suficiente para sobreviver à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos regionalmente - ou em maior escala.
O Sol fica no centro da "multidão", enquanto as órbitas de Mercúrio, Vênus e Marte estão em cinza na imagem divulgada. A órbita terrestre está destacada em verde entre Vênus e Marte. Como indica o diagrama, os PHAs tendem a ter órbitas mais semelhantes à órbita terrestre do que os asteroides próximos. As órbitas do asteroide são simulações de como pode ser o caminho de um objeto em torno do sol.
IstoÉ.com
domingo, 29 de julho de 2012
Em verdes mares
O maior consumidor de combustíveis nos Estados Unidos quer ser verde. As Forças Armadas americanas, que gastam quatro vezes mais energia que os demais órgãos do governo somados, fizeram o primeiro teste com um porta-aviões e 71 aeronaves abastecidos com biocarburante durante uma simulação de operação militar. O combustível convencional é misturado a algas e óleo de cozinha em partes iguais. Além do apelo ecológico das mudanças climáticas, o exercício visa minimizar a dependência de óleo importado de nações estrangeiras. A iniciativa causou polêmica pelo alto custo (até quatro vezes maior que o combustível normal), mas pode até mudar radicalmente a política externa americana.
Coube ao porta-aviões USS Nimitz ser o primeiro navio da “Grande Frota Verde”, pacote de metas americanas para cortar o uso de petróleo por equipamentos militares até 2020. Ele se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado. Os combustíveis são “drop-in”, ou seja, mesclam biomassa ao combustível e dispensam adaptações em motores e estruturas de abastecimento.
Coube ao porta-aviões USS Nimitz ser o primeiro navio da “Grande Frota Verde”, pacote de metas americanas para cortar o uso de petróleo por equipamentos militares até 2020. Ele se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado. Os combustíveis são “drop-in”, ou seja, mesclam biomassa ao combustível e dispensam adaptações em motores e estruturas de abastecimento.
Esse projeto de diversificação da matriz energética virou assunto prioritário nas Forças Armadas, afinal aeronaves, navios e veículos terrestres continuam reféns dos derivados do petróleo e as importações forneceram 45% do combustível em 2011. “Estamos empenhados em achar alternativas ao petróleo estrangeiro. Acreditamos que é fundamental para a segurança nacional e nossa capacidade de combate”, afirmou Ray Mobus, secretário da Marinha americana, ao jornal britânico “The Guardian”. Tanto é verdade que a Agência Governamental de Informações sobre Energia (EIA, em inglês) afirmou que as importações de óleo estrangeiro vem caindo desde 2005.
No Brasil existem projetos para a aviação desde o início dos anos 1980. Além de experimentos com bioquerosene, a Aeronáutica desenvolve um inédito motor flex para aviões, turbina exclusiva para etanol e ainda uma opção impulsionada por oxigênio líquido.
IstoÉ.com
Cientistas estudam semelhanças geológicas entre África e América do Sul
Após 5 anos de estudos, pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Africa do Sul, Austrália, Alemanha, França, Portugal, Uruguai e Argentina desvendaram as semelhanças geológicas entre os continentes africano e sul-americano. Eles pesquisaram a correlação dos terrenos que formam a parte oeste da África com o leste da América do Sul.
Essa abertura dos continentes teve início há 130 milhões de anos e segue gerando reflexos em toda porção leste da América do Sul. Um exemplo é a criação das bacias onde foram descobertos, recentemente, os poços de petróleo do pré-sal. Basei explica que esses fenômenos, porém, ocorreram em época mais recente do que a abordada pelos projeto. Apesar de não contemplar o período de estudo do projeto, o cientista lembra que a dissipação de energia gerada por esses processos recentes utilizam-se das feições mais antigas. “É importante conhecer a estruturação anterior para sabermos como no futuro elas poderão vir a influenciar este processo”, disse.
Portanto, a previsão de terremotos e vulcões, embora não tenha sido alvo da pesquisa, tem relação com o estudo evolutivo feito sobre os terrenos. Na Cordilheira dos Andes, explica Bassei, houve um 'mergulho' das placas oceânicas por baixo do continente sulamericano. “Esse processo gera vulcanismo e os terremotos, mas isso é porque lá o processo é distinto geologicamente do que ocorre no lado que diz respeito ao Brasil”.
sábado, 28 de julho de 2012
Cientistas descobrem falha subglacial que contribui para degelo antártico
Cientistas descobriram uma falha do tamanho do Grand Canyon escondida debaixo do manto de gelo da Antártida, que afirmam contribuir para o degelo e a consequente elevação do nível do mar.
A falha, com cerca de 1,5 km de profundidade, 10 km de largura e 100 km de extensão, foi detectada pelos pesquisadores que usaram um radar para medir a topografia subglacial, explicou o glaciologista Robert Bingham, afirmando que a descoberta surpreendeu a equipe.
Os cientistas acreditam que uma retração do manto de gelo da Antártida Ocidental seja responsável por cerca de 10% da elevação do nível do mar provocada pelas mudanças climáticas, que se não for controlada ameaça inundar muitas cidades litorâneas em algumas gerações.
O manto, uma enorme massa de gelo com até 4 km de espessura que cobre a superfície terrestre e se estende até o mar, derrete mais rapidamente do que em qualquer parte da Antártida.
Mas o conhecimento rudimentar dos cientistas sobre a topografia subsuperficial dificultou prever a proporção e a extensão exatas do degelo, destacaram os pesquisadores em um estudo publicado pelo periódico Nature.
Acredita-se que o vale recém-descoberto, formado muito antes de a região ser coberta por gelo, faça parte de um sistema de falhas muito mais amplo na Antártica Ocidental, "que sabemos que existe, mas não sabemos onde fica", afirmou Bingham."Agora temos uma ideia melhor de que partes desse sistema de falhas avançam mais a oeste do que se sabia anteriormente", acrescentou.
O tipo de falha encontrada sob a corrente de gelo Ferrigno é causada quando uma placa continental começou a se partir, como ocorreu com os grandes lagos que inundaram sistemas de falhas em regiões do leste da África atualmente.
"É a forma da falha que contribui para que a região seja vulnerável ao degelo", explicou Bingham.
"Sua localização indica que o gelo se encontra a uma profundidade maior e corre para o interior quanto mais se distancia do mar. Estas duas condições fazem desta uma topografia vulnerável a uma redução da espessura do gelo", ao permitir que águas marinhas quentes cheguem ao interior do continente.
Bingham explicou que a descoberta demonstra que a geologia, e não apenas os fatores climáticos, têm contribuído para o degelo na Antártica.
"Isto muda nossa visão da questão, que era tradicionalmente considerada um efeito moderno do aquecimento global, enquanto o que vemos é que o efeito moderno na verdade se sobrepõe a uma evolução geológica muito antiga", acrescentou.
"Nos ajuda a compreender que o processo todo é algo que ocorre ao longo de muitos ciclos de tempo", continuou.
Os cientistas só exploraram a região uma vez antes desta, em 1961. Agora, especialistas da Universidade de Aberdeen e da British Antarctic Survey realizaram três meses de trabalho de campo em 2010.
"Nós nos voltamos para a região porque vimos, a partir de medições de satélite, que estava ocorrendo uma redução da espessura do gelo", disse.
"Quando realizamos a varredura descobrimos este vale, mas foi realmente uma surpresa que fosse muito mais profundo e condicionado a esta redução da espessura do gelo do volume do que se esperava", acrescentou.
IG Ciência
Ilha na Nova Zelândia será 100% movida a energia solar
Em breve, o pequeno arquipélago de Tokelau, na Nova Zelândia, será totalmente abastecido por energia solar. No lugar dos geradores a diesel usados atualmente para atender a demanda, entrarão em cena mais de 4 mil paineis fotovoltaicos.
Para atingir esse objetivo, seus cerca de 1,4 mil moradores contam com o apoio da empresa neozelandesa PowerSmart Solar, responsável pela instalação do projeto. Quando entrar em operação, no final de 2012, o sistema de energia renovável vai evitar a queima de 200 mil litros de diesel por dia, impedindo emissões anuais de 2 mil toneladas de CO2e. Além de poupar o meio ambiente, a geração limpa ajudará também as contas públicas - anualmente, Touquelau gasta um milhão de dólares com energia.
O projeto deverá se estender pelos três atóis que compõem o pequeno teritório no Pacífico Sul - Fakaofo, Nukunonu e Atafu. Ele foi planejado para fornecer 150% da demanda de energia e o excesso será armazenado, a título de precaução, em bateriais especiais.
Ao se livrar da dependência do combustível fóssil, a região, que não dispõe de ruas e é acessível apenas por mar, também atingirá a autossuficiência em energia, já que todo o diesel é fornecido pela Nova Zelândia. Mas o combustível ainda será necessário – para abastecer os únicos três carros da ilha.
Exame.com
Gelo na Groenlândia derrete 97% em julho e espanta até a NASA
Cientistas da agência espacial americana NASA levaram um susto ao verificar imagens dos satélite que monitoram o derretimento de gelo na superfície da Groelândia. Captadas no mês de julho, em pleno verão europeu, elas mostram que 97% da cobertura de gelo desapareceu num ritmo sem precedente para o período. A perda é a maior já registrada nos últimos 30 anos.
Os mapas mostram que em 8 de julho, cerca de 40% superfície da camada de gelo havia derretido. Apenas quatro dias depois, quase todo o gelo havia sumido. O declínio radical alarmou os cientistas, aprofundando os temores sobre o ritmo e as consequências futuras das mudanças climáticas.
Em comunicado postado no site da NASA, os cientistas admitiram que os dados eram tão supreendentes que eles chegaram a pensar que houve erro técnico na medição.“Este cenário era tão extraordinário que no começo eu questionei o resultado: foi realmente isto ou houve um erro de dados?”, disse Son Nghiem, analista da Agência.
Em média, durante o verão, cerca de metade da superfície de gelo da Groenlândia derrete naturalmente. Em altitudes elevadas, a maior parte da água rapidamente recongela e volta ao lugar. Segundo o comunicado, os pesquisadores ainda não determinaram se este evento afetará o volume global de perda de gelo e se contribuirá para a elevação do nível do mar.
Exame.com
Os mapas mostram que em 8 de julho, cerca de 40% superfície da camada de gelo havia derretido. Apenas quatro dias depois, quase todo o gelo havia sumido. O declínio radical alarmou os cientistas, aprofundando os temores sobre o ritmo e as consequências futuras das mudanças climáticas.
Em comunicado postado no site da NASA, os cientistas admitiram que os dados eram tão supreendentes que eles chegaram a pensar que houve erro técnico na medição.“Este cenário era tão extraordinário que no começo eu questionei o resultado: foi realmente isto ou houve um erro de dados?”, disse Son Nghiem, analista da Agência.
Em média, durante o verão, cerca de metade da superfície de gelo da Groenlândia derrete naturalmente. Em altitudes elevadas, a maior parte da água rapidamente recongela e volta ao lugar. Segundo o comunicado, os pesquisadores ainda não determinaram se este evento afetará o volume global de perda de gelo e se contribuirá para a elevação do nível do mar.
Exame.com
Universo deve acabar em 16,7 bilhões de anos, dizem cientistas
Pesquisadores de quatro universidades chinesas estimaram que o fim do universo pode acontecer em 16,7 bilhões de anos. O estudo, publicado no periódico Sci China-Phys Mech Astron, foi baseado em uma antiga teoria científica relacionada à energia escura, que compõe 70% do universo.
Esta teoria, chamada de “Big RIP” (“Grande Ruptura”, em português) ou de “Cosmic Doomsday” (“Fim do Mundo Cósmico”, em tradução livre), acredita que a energia escura pode ser responsável pela desagregação de toda a matéria existente. A expansão do universo atingiria uma velocidade tão crítica que causaria a desintegração de todos os átomos daqui a bilhões de anos.
Os cientistas levaram em conta uma equação que usa a pressão e a densidade de energia escura para calcular em quanto tempo o universo deixaria de existir. "Na pior das hipóteses, com 95,4% de certeza, o tempo restante antes de o universo chegar ao fim em uma grande ruptura é de 16,7 bilhões de anos", disseram os autores.
Antes do fim do universo, porém, outros grandes astros serão atingidos. De acordo com a pesquisa, a Via Láctea será destruída 32,9 milhões de anos antes da “Grande Ruptura”; a Terra será arrancada da órbita do Sol dois meses antes do fim do universo; a Lua sairá da órbita da Terra cinco dias antes do grande fim; o Sol será destruído 28 minutos antes do fim do universo; e a Terra vai explodir 16 minutos antes do “Fim do Mundo Cósmico”.
Época.com
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres
Em grande produção, os Jogos Olímpicos de Londres foram abertos oficialmente nesta sexta-feira com grande participação das 80 mil pessoas presentes no Estádio Olímpico, numerosas referências à cultura britânica e shows de Paul McCartney e Arctic Monkeys, em 3h45min de duração. O evento culminou com a participação de sete jovens atletas britânicos, responsáveis por acender a pira olímpica, que marcou o início da terceira olimpíada a ser sediada na capital inglesa - as outras aconteceram em 1908 e 1948.
Como antecipado pelos organizadores, a cerimônia foi marcada pela interação com o público. Os espectadores se cobriram com panos de diferentes cores nas arquibancadas, em diversos momentos do evento, entre painéis de LED, que contribuíram para a iluminação do estádio. Na parte final do espetáculo, atores dançaram em meio ao público.
Cientistas questionam se os recordes esportivos já atingiram os limites humanos
"Mais rápido, mais alto, mais forte" é o lema dos Jogos Olímpicos, mas os recordes esportivos podem se chocar em breve com a dura realidade dos limites da fisiologia humana, a não ser que se recorra a artifícios tecnológicos ou ao doping, consideram os cientistas.
"Em todos os esportes pode-se ver que os recordes estão chegando ao seu teto", declara Steve Haake, diretor do Centro para a Pesquisa na Engenharia Esportiva da Universidade Britânica de Sheffield Hallam.
O recorde atual de salto em distância masculino se mantém desde 1991, o de salto com vara desde 1994 e os de natação frearam desde a proibição dos maiôs de poliuretano em 2010 e o retorno aos trajes de banho tradicionais.
O recorde atual de salto em distância masculino se mantém desde 1991, o de salto com vara desde 1994 e os de natação frearam desde a proibição dos maiôs de poliuretano em 2010 e o retorno aos trajes de banho tradicionais.
É verdade que existem atletas que continuam batendo recordes em diferentes modalidades, mas as margens de progressão diminuíram, ressalta Haake.
Em seu laboratório parisiense do Instituto Nacional do Esporte francês (INSEP), Geoffroy Berthelot repassou os recordes olímpicos desde 1896, ano da primeira edição dos Jogos da era moderna, realizados em Atenas.
Segundo seus cálculos, os atletas alcançaram 99% de seu potencial nos limites naturais da fisiologia humana.
Até 2027, a metade das 147 modalidades esportivas que estudou terão chegado ao limite, segundo suas estimativas. E os recordes não poderão ser melhorados em mais de 0,05% após esta data, indica, justificando suas afirmações com um modelo matemático que concebeu.
Para Reza Noubary, da Universidade Bloomsbug da Pensilvânia (Estados Unidos), os 100 metros masculinos, considerados a principal prova do atletismo e dos Jogos Olímpicos, não podem ser corridos em menos de 9,4 segundos.
"Os dados sugerem que a progressão registrada na velocidade humana está freando e terminará parando totalmente", afirma.
Assim mostra, pelo menos, seu método matemático, com uma probabilidade de 90%, segundo o pesquisador.
Mas estes modelos não levam em conta o surgimento de talentos fora do comum, como o jamaicano Usain Bolt, que possui o recorde do hectômetro, com 9,58 segundos.
Segundo ele, "Bolt é o exemplo perfeito porque combina as vantagens mecânicas do corpo dos homens de grande altura com as fibras musculares rápidas dos homens mais baixos".
O pesquisador também calculou que o recorde de salto em distância, que permanece há 21 anos em posse do americano Michael Powell (8,95 metros), deve seguir em vigor até 2040, mais ou menos.
"Sim, podemos prever os limites", afirma Haake. Para ele, não serão alcançados totalmente em cinco ou dez anos, mas "em cinquenta anos estaremos muito, muito perto".
É certo que não existe unanimidade e outros cientistas acreditam que os atletas continuarão superando limites e derrubando recordes, embora seja por muito pouco.
"Imagine o que ocorreria se decidíssemos medir as atuações com milésimos de segundo", indica Ian Ritchie, do departamento de cinética humana da Universidade Canadense de Brock.
Há exemplos no passado de previsões erradas. Até a conquista do britânico Roger Bannister, em 1954, "muitos consideravam que era teoricamente impossível correr uma milha (1,6 km) em menos de quatro minutos", lembra Ritchie.
Alguns naquele momento previam que os pulmões explodiriam se fossem submetidos a este esforço. O recorde atual é de 3 minutos, 43 segundos e 13 centésimos.
Alguns naquele momento previam que os pulmões explodiriam se fossem submetidos a este esforço. O recorde atual é de 3 minutos, 43 segundos e 13 centésimos.
Chuva de meteoros poderá ser vista neste fim de semana
Neste fim de semana será possível observar alguns riscos no céu por conta da chuva de meteoros Delta-Aquarideos. Calcula-se que vão cair aproximadamente 20 meteoros por hora no ápice do evento, às 4h da manhã do domingo (29). O fenômeno é resultado da passagem da Terra por uma nuvem de detritos deixados por um cometa.
De acordo com o diretor do Planetário de São Paulo João Paulo Delicato, esta chuva de meteoros não será muito forte, mas mesmo assim com alguma sorte poderá ser observada no Brasil. “Serão poucos meteoros caindo, acho que vai ser difícil conseguir visualizar”, disse.
De acordo com o diretor do Planetário de São Paulo João Paulo Delicato, esta chuva de meteoros não será muito forte, mas mesmo assim com alguma sorte poderá ser observada no Brasil. “Serão poucos meteoros caindo, acho que vai ser difícil conseguir visualizar”, disse.
Delicato afirma que para conseguir visualizar a chuva de meteoros a olho nu o ideal é estar em um local distante dos grandes centros urbanos, que não tenha muita luz. A partir das 21h do sábado (28) já será possível observar algum meteoros. De acordo com cálculos astronômicos, os meteoros atingirão velocidade de 41 km/h.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Arquitetos projetam fazenda vertical de bananas em Paris
A União Europeia é o maior consumidor de banana do mundo, com importações anuais girando em torno de 5,2 milhões de toneladas. Dos países tropicais da América Central e do Sul saem quase todos os carregamentos de banana que abastecem o mercado europeu. O problema é que no caminho distante entre a produção e o consumo, as frutas não só correm risco de perder seu frescor como também aumentam as emissões de CO2 na atmosfera associadas ao transporte.
Pensando em solucionar essas duas questões, a firma de arquitetura SOA projetou a Urbanana, uma fazenda vertical para o cultivo de banana em Paris, na França. Visualmente, a estrutura lembra a loja nova-iorquina da Apple na 5a Avenida, mas onde todos os produtos foram substituídos por plantas de bananeira, com enormes janelas de vidro e uma estética minimalista.
A fachada favorece a entrada de luz natural na estufa, que conta também com iluminação artificial. De quebra, o gigante cubo protege a plantação de fenômenos climáticos intensos, que vez por outra atrapalham o abastecimento na Europa.
O espaço de plantio se espalha por seis andares ligados por pontes metálicas. Além disso, ocupam o primeiro piso um laboratório de pesquisa e um auditório para exposições e convenções sobre o setor. Com cultivo local da fruta, a "Urbananas" ajudaria a reduzir as emissões associadas ao transporte e preservaria o “frescor” das banana.
Exame.com
Titanic a salvo de piratas
Pode-se dizer que os restos mortais daquele que era para ser o maior e mais luxuoso transatlântico do mundo podem agora descansar em paz. Ao se completarem 100 anos de naufrágio, os vestígios do Titanic ganharam um novo status: são agora classificados como patrimônio mundial subaquático pela Unesco, beneficiando-se de proteção especial.
O navio afundou em 1912, e seus vestígios só foram encontrados em 1985. O problema é que, por estar submerso a cerca de 4 mil metros de profundidade, em uma zona de águas internacionais – ou seja, sem jurisdição exclusiva de um país ou território –, o Titanic estava sujeito a pilhagens, destruição e ataque de caçadores de tesouros. Agora, os 41 Estados signatários do tratado da Unesco são obrigados a zelar pelos vestígios do transatlântico e por todos os objetos que ele contém.
A Unesco aproveitou a inclusão do Titanic para lembrar que ainda existem “milhares de outros naufrágios precisando de proteção”, como destacou Irina Bokova, diretora-geral da organização.
O navio afundou em 1912, e seus vestígios só foram encontrados em 1985. O problema é que, por estar submerso a cerca de 4 mil metros de profundidade, em uma zona de águas internacionais – ou seja, sem jurisdição exclusiva de um país ou território –, o Titanic estava sujeito a pilhagens, destruição e ataque de caçadores de tesouros. Agora, os 41 Estados signatários do tratado da Unesco são obrigados a zelar pelos vestígios do transatlântico e por todos os objetos que ele contém.
A Unesco aproveitou a inclusão do Titanic para lembrar que ainda existem “milhares de outros naufrágios precisando de proteção”, como destacou Irina Bokova, diretora-geral da organização.
História Viva.com
Louvre inaugurará departamento de Artes do Islã em setembro
O Museu do Louvre inaugurará no dia 22 de setembro seu novo departamento de Artes do Islã, um espaço de 4,6 mil metros construído no coração do museu, que apresentará ao público cerca de 20 mil obras relacionadas à cultura islâmica.
Os responsáveis pelo museu mais visitado do mundo, que em 2011 recebeu 8,8 milhões de pessoas, ressaltaram que o novo espaço abrigará "uma das coleções de Artes do Islã mais ricas do mundo", dedicada à evolução de 1,3 mil anos de história de três continentes.
Do ponto de vista arquitetônico, o novo departamento é fruto de uma façanha tecnológica e espacial, um projeto que levou os arquitetos Mario Bellini e Rudy Ricciotti a cobrir o Pátio Visconti, de estilo neoclássico, com uma vitrine ondulada e semitransparente de vidro e metal, além de terem escavado seu subsolo.
O conjunto do campo cultural da civilização islâmica, da Espanha à Índia e do século VII ao XIX, chegará ao Louvre graças à reunião dos fundos próprios do museu e dos fundos do vizinho Museu de Artes Decorativas.
Estadão.com
Estadão.com
Mais uma curiosidade tecnológica "verde" das Olimpíadas de Londres
Lixeira ultra-moderna:
Jogar o lixo será uma diversão à parte. As chamadas “smart bins” (lixeira esperta) têm conexão wi-fi e duas telas de LCD, que mostram informações como previsão do tempo e valor de ações. E tem mais: são à prova de bomba.
Até o início dos jogos serão 100 unidades espalhadas pelas ruas londrinas. Será que chamar a atenção das pessoas para a lixeira pode fazê-las descartar de forma correta seus resíduos?
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Cientistas descobrem nova galáxia em forma de espiral
A galáxia BX442 foi encontrada entre 300 galáxias distantes. Uma descoberta única, segundo os astrônomos, que acreditavam ser impossível achar outra galáxia datando de cerca de 3 bilhões de anos após o Big Bang.
A descoberta foi publicada na revista britânica Nature. Segundo os pesquisadores, a nova galáxia “representa um elo entre as galáxias mais antigas e mais turbulentas, e as galáxias espiraladas em rotação que vemos ao nosso redor”.
Jornal do Brasil
Astrônomos fazem observação espacial mais precisa da história
Uma equipe internacional de astrônomos observou o coração de um quasar distante com uma precisão sem precedentes, dois milhões de vezes melhor que a da visão humana. De acordo com o Observatório Europeu do Sul (ESO), as observações, obtidas ao se ligar pela primeira vez o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (Apex) com dois outros situados em continentes diferentes, são "um passo crucial em direção ao objetivo científico do projetoTelescópio de Horizonte de Eventos", que é obter imagens de buracos negros de grande massa situados no centro das galáxias.
As observações foram feitas em ondas de rádio, em um comprimento de onda de 1,3 milímetros. Esta é a primeira vez que observações em um comprimento de onda tão curto foram feitas utilizando distâncias tão grandes. As observações atingiram uma precisão, ou resolução angular, de 28 microssegundos de arco - valor 8 bilhões de vezes menor que um grau angular. Com este valor é possível distinguir detalhes dois milhões de vezes mais precisos do que o conseguido pelo olho humano. As observações foram tão precisas que se observaram escalas menores que um ano-luz ao longo do quasar - o que é um feito extraordinário tendo em conta um objeto que se encontra a vários bilhões de anos-luz de distância.
Estas observações representam um passo importante no sentido de obter imagens de buracos negros de elevada massa e das regiões que os rodeiam. No futuro, pensa-se ligar entre si ainda mais telescópios, de modo a criar o chamado Telescópio de Horizonte de Eventos, capaz de obter imagens da sombra do buraco negro de elevada massa que se situa no centro da nossa Via Láctea, assim como de outros situados em galáxias próximas. A sombra - uma região escura vista em contraste com um fundo mais brilhante - é causada pela curvatura da luz devido ao buraco negro e seria a primeira evidência observacional direta da existência do horizonte de eventos de um buraco negro, a fronteira a partir da qual nem mesmo a luz consegue escapar.
IstoÉ.com
Telescópio da Nasa detecta planeta a 33 anos-luz e distância da Terra
Usando um telescópio especial Spitzer da Nasa, astrônomos detectaram um planeta que tem apenas dois terços do tamanho da Terra e é considerado um dos menores já registrados pelos cientistas. O candidato a exoplaneta, chamado UCF-1.01, orbita uma estrela conhecida como GJ 436 localizada a 33 anos-luz de distância. Uma ilustração do exoplaneta foi divulgada nesta quarta-feira (18) pela Nasa.
"Nós encontramos fortes evidências de um planeta muito pequeno, muito quente e muito próximo, com a ajuda do Telescópio Espacial Spitzer", disse Kevin Stevenson da Universidade de Central Florida, em Orlando. Stevenson é o autor principal do artigo, que foi aceito para publicação no Astrophysical Journal.
O UCH-1.01 foi encontrado inesperadamente em observações do Spitzer. De acordo com informações do G1, atualmente são conhecidos mais de 700 exoplanetas. A contagem começou em 1995, quando o primeiro planeta a girar ao redor de uma estrela diferente do Sol foi desvendado
Algas podem retirar carbono da atmosfera e armazená-lo no fundo do mar
Experimentos para 'fertilizar' os oceanos com ferro e favorecer assim a floração de fitoplâncton capaz de "capturar" CO2 no fundo do mar mostram novos caminhos para lutar contra o aquecimento do planeta, embora existam muitas questões, segundo um estudo divulgado na revista Nature.
"A fertilização do oceano com componentes a base de ferro provocou a floração do fitoplâncton, dominado por complexos de espécies microscópicas, arrastando uma quantidade considerável de dióxido de carbono em direção ao fundo dos oceanos", ressalta a equipe de pesquisadores.
Este trabalho é um dos maiores e mais detalhados testes da chamada fertilização do oceano, uma prática que está proibida pela legislação internacional, embora sua pesquisa seja permitida.
Enquanto os cientistas do mundo inteiro buscam maneiras de armazenar e neutralizar o carbono, um dos principais gases de efeito estufa, responsável pelo aquecimento do planeta, a experiência realizada em 2004 nos mares austrais por uma equipe dirigida por Victor Smetacek, do Instituto de Pesquisa Marinha de Bremerhaven, na Alemanha, não conseguiu "avaliar com exatidão a duração deste sequestro" de carbono.
As cinco semanas de observação que passou na Antártida mostraram que a floração da diatomácea (algas unicelulares microscópicas) estava em seu apogeu quatro semanas depois da fertilização.
As cinco semanas de observação que passou na Antártida mostraram que a floração da diatomácea (algas unicelulares microscópicas) estava em seu apogeu quatro semanas depois da fertilização.
Posteriormente, ocorreu a mortalidade de um grande número de espécies de diatomáceas formando massas viscosas de elementos, que incluíam materiais fecais dos zooplânctons, que caíam rapidamente no fundo do oceano.
"Todos estes elementos e múltiplos testes - cada um com um enorme grau de incerteza - nos conduzem à conclusão de que ao menos a metade desta biomassa foi para além dos 1.000 metros de profundidade e que uma proporção substancial sem dúvida chegou ao fundo do oceano austral", asseguram os pesquisadores.
Assim, a floração de fitoplâncton fertilizado com sulfato de ferro "pode sequestrar carbono em escalas de tempo calculadas em séculos nas camadas de água até acima do fundo do mar e inclusive durante mais tempo nos sedimentos destas profundidades", acrescentaram.
Assim, a floração de fitoplâncton fertilizado com sulfato de ferro "pode sequestrar carbono em escalas de tempo calculadas em séculos nas camadas de água até acima do fundo do mar e inclusive durante mais tempo nos sedimentos destas profundidades", acrescentaram.
Resumindo os resultados deste estudo, Michael Steinke, da Universidade britânica de Essex, explica: "como as plantas em terra firme, o fitoplâncton, procedente da fotossíntese, que flutua no mar, capta CO2 na superfície do oceano e, quando o fitoplâncton morre, afunda para o fundo do oceano, onde boa parte fica presa nos sedimentos profundos durante alguns anos".
Esta transferência de CO2 contribui, segundo ele, para manter a temperatura ambiente em um nível que facilite a vida em nosso planeta.
"Isto abrirá caminho para métodos de engenharia em grande escala que utilizem a fertilização do oceano para atenuar as mudanças climáticas?", se pergunta. "Sem dúvida não, porque encontrar o local adequado para tais experimentos é difícil e caro", segundo ele.
Em 2007, os especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) advertiram para os riscos desta técnica, sobretudo para o ambiente marinho, um aspecto ausente do estudo publicado pela Nature.IG Ciência
Iceberg do tamanho de uma ilha se desprende de geleira na Groenlândia
Os satélites da Nasa detectaram a formação de um novo iceberg na Groenlândia após um pedaço da geleira de Petermann rachar nesta semana. O iceberg formado tem 119 km², uma área equivalente a duas vezes o tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York, ou quatro vezes o arquipélago de Fernando de Noronha (PE).
É a segunda vez que o fenômeno ocorre nos últimos anos: em 2010, um iceberg duas vezes maior se desprendeu da geleira de Petermann. Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, mostram preocupação com o fato de que duas “ilhas de gelo” tenham se desprendido em um período de tempo tão curto. Fenômenos dessa magnitude são geralmente observados em intervalos de 10 ou 20 anos.
Os cientistas são cuidadosos e evitam atribuir o derretimento da geleira ao aquecimento global. Apesar disso, os indícios mostram que a temperatura no Ártico está mais quente do que anteriormente. Em média, a Groenlândia fica 0,11º C mais quente por ano, o que significa que a temperatura está aquecendo cinco vezes mais rápido do que no resto do mundo.
No ano passado, o gelo no Ártico já atingiu sua menor extensão na história. O derretimento acelerado de geleiras no Polo Norte pode diminuir ainda mais as geleiras este ano, aumentando o nível do mar.
Época.com
terça-feira, 17 de julho de 2012
Olimpíadas de Londres: como grandes eventos podem mudar uma cidade?
No final deste mês, começam as Olimpíadas de Londres. A
organização do evento promete que estes serão os jogos mais “sustentáveis” da
história. Se, além de iniciativas válidas de reciclagem, transportes e projetos
sociais, o investimento for perpetuado em infraestrutura para a população, dá
pra dizer que o objetivo foi atingido.
A competição, o que não é novidade, deixa marcas em cada uma das cidades por
onde passa a cada quatro anos. A parte ruim é que muitas delas
não são boas: dívidas públicas, estádios sem uso, rede de transporte que não
serve de forma eficiente a população local, especulação imobiliária. E
muitos gastos.
O geógrafo norte-americano Christopher Gaffney fez importantes observações em
uma entrevista concedida à revista CartaCapital. O pesquisador
cita exemplos como a Copa do Mundo de 2002, no Japão e Coreia do Sul, para a
qual foram construídos 20 estádios, com utilidade quase zero nos dias de
hoje.
Barcelona, que foi sede dos Jogos Olímpicos de 1992, também sofreu
profundas transformações – que, segundo ele, podem ser
positivas ou negativas de acordo com os critérios de avaliação. O evento ajudou
a cidade a se projetar como centro turístico mundial, por ser parte de um
processo de transformação iniciado com o Plano Diretor da cidade. Com as
alterações na paisagem urbana e na economia local, porém, a cidade sofreu
mudanças irremediáveis. “Ela perdeu sua essência histórica.
Hoje é menos para ser vivida e mais para ser apreciada, fotografada”.
Para a África do Sul, a última anfitriã da Copa, a coisa não foi muito
diferente. Foi boa em termos culturais, por “quebrar um pouco barragens sociais
que ainda são muito fortes por lá”, explicou o geógrafo na entrevista. “Houve
melhorias de transporte em Joanesburgo, por exemplo. Mas a dívida sul-africana
com as obras do Mundial eram de 4 bilhões de dólares para sediar a Copa, a mesma
quantia que a Fifa anunciou como lucro. Foi uma transferência direta de dinheiro
público sul-africano para a Fifa. E nove dos dez estádios não estão
sendo utilizados”.O planejamento “verde” de LondresA anfitriã Londres diz que os jogos podem ser excelentes catalisadores para a mudança sustentável, com bilhões de pessoas assistindo e mais de 200 países envolvidos. “Vamos lutar para provar que existe um jeito diferente de anfitriar os jogos, um jeito que oferece a melhor experiência a atletas e espectadores e ao mesmo tempo provê o melhor para a comunidade local e o meio ambiente”.
As experiências sustentáveis começaram na construção do estádio olímpico,
dentro de padrões de mínimo impacto, e com o entorno revitalizado e transformado
em um dos parques mais extensos da Europa.
Transporte
No quesito mobilidade, a bandeira mais forte é
desestimular o carro. Foi criado o programa Active Travel, que
visa encorajar as pessoas a andarem mais de bicicleta e a pé – ou seja, fazerem
seus deslocamentos de forma mais ativa.
As melhorias promovidas nas rotas que podem ser feitas dessas duas formas
foram planejadas para complementarem outras modalidades de locomoção, em
especial transporte público. Como a cidade estará muito cheia na época, a ideia
é fazer com que essas opções sejam as mais atrativas possíveis.
AlimentaçãoA organização criou um manual chamado Food Vision (ou “visão da alimentação”), que tem guiado as
diretrizes de fornecimento de alimentos durante os jogos. A ideia é garantir que
o país ofereça comida acessível, diversa e saudável – e que
possa, ao mesmo tempo, atender a dietas especiais e especificidades culturais de
delegações e turistas.
Mudanças sociais
O programa Changing Places encoraja voluntários a ajudarem a transformar
comunidades locais, “melhorando o que é negativo e celebrando o que é positivo”.
As comunidades que vivem no leste de Londres, por exemplo, são “diversas e
dinâmicas”, mas sofrem com problemas sociais, econômicos e ambientais.
O programa também oferece suporte para que pessoas da comunidade se envolvam
nos jogos olímpicos e no combate a estes problemas, como forma de estender os
benefícios do evento para além das fronteiras do parque olímpico.
O Changing Places também tem como meta inspirar comunidades a melhorarem seus
espaços públicos, como parques, e criar mecanismos para que as pessoas aprendam
novas habilidades e desenvolvam novos interesses. Governo, parceiros comerciais
dos Jogos, organizações de caridade e ONGs são os parceiros do programa.
E quando for a vez do Brasil?
Gaffney critica fortemente a forma como está sendo conduzida a organização da
Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil. “O planejamento urbano
está sendo dirigido pelos grandes eventos e não usando os grandes eventos para
melhorar as cidades. É uma oportunidade única de usar um investimento federal
imenso mas que está sendo mal pensado e mal usado”.
Para ele, argumentos como o de que estádios como o Itaquerão (estádio que
está sendo construído na Zona Leste de São Paulo) trazem benefícios para a
cidade são falsos. “Não existem exemplos, muito menos no Brasil, de estádio que
traz benefícios para o entorno. A cultura de ir ao estádio, sobretudo a
brasileira, é o cara que quer ir de carro, pará-lo dentro do estádio e depois ir
embora após o jogo. Não existe essa coisa de o sujeito que passa o dia na região
fazendo compras pra só depois ver a partida”. Será que eles estão certos?
Superinteressante.com
Nasa planeja o cardápio da missão de 2030 a Marte
Maya Cooper e Michele Perchonok provam uma pizza que poderá ser parte do cardápio da missão a Marte.
Em um prédio da década de 1950 em Houston, no estado do Texas, que viu o início da era espacial, um grupo de cientistas em jalecos brancos está misturando, mexendo, fervendo e provando o resultado de seus estudos.
Sua missão: montar um cardápio para a missão da Nasa a Marte, prevista para 2030.
O menu tem que sustentar um grupo de seis a oito astronautas, mantê-los saudáveis e felizes e oferecer uma variedade grande de alimentos. Não é uma tarefa simples, considerando-se que a viagem até Marte deve levar seis meses, a tripulação ficará lá por 18 meses e depois serão mais seis meses até a volta à Terra. Imagine comprar suprimentos para três anos e planejar todas as refeições desse período com tanta antecedência.
“Marte é um desafio por ser tão longe,” diz Maya Cooper, pesquisadora sênior da Lockheed Martin, que está liderando os esforços para montar o cardápio. “Não temos a opção de mandar um veículo com mais comida a cada seis meses, como fazemos atualmente com a Estação Espacial Internacional.
A tripulação da Estação Espacial (na sigla em inglês, ISS) tem uma grande variedade de alimentos, quase uma centena de opções. Mas todos são pré-cozidos e congelados, com uma validade de pelo menos dois anos. E, embora os astronautas aprovem o que será servido ainda na Terra, a falta de gravidade significa que o aroma e sabor da comida são bastante prejudicados. No fim, tudo fica sem gosto.
Mas em Marte há um pouco de gravidade, o que dá espaço para algumas mudanças no cardápio. É nisso que a equipe de Maya está trabalhando. Existe a possibilidade de que os astronautas possam picar vegetais e cozinhar um pouco. E mesmo com a pressão atmosférica diferente da Terra, seria até mesmo possível ferver água.
Outra opção seria uma “horta marciana”, com algumas frutas e vegetais cultivados em uma solução hidropônica. Os astronautas cuidariam das plantas e usariam estes ingredientes, combinados com outros trazidos da Terra, como nozes e temperos, e preparariam suas refeições eles mesmos. “É uma boa ideia porque os ajudariam a ter comida fresca e liberdade de escolha,” diz Maya.
Outra opção seria uma “horta marciana”, com algumas frutas e vegetais cultivados em uma solução hidropônica. Os astronautas cuidariam das plantas e usariam estes ingredientes, combinados com outros trazidos da Terra, como nozes e temperos, e preparariam suas refeições eles mesmos. “É uma boa ideia porque os ajudariam a ter comida fresca e liberdade de escolha,” diz Maya.
A prioridade, no entanto, é manter a tripulação bem nutrida para manter sua saúde e desempenho durante a missão.
Mas o cardápio também tem um importante componente psicológico, afirmou Maya, mencionando estudos que alguns alimentos em determinadas ocasiões – como peru no Natal – melhoram o humor e vão ajudar na longa viagem.
Mas o cardápio também tem um importante componente psicológico, afirmou Maya, mencionando estudos que alguns alimentos em determinadas ocasiões – como peru no Natal – melhoram o humor e vão ajudar na longa viagem.
Até agora, o grupo já montou 100 receitas, todas vegetarianas porque não será possível levar carne ou laticínios a bordo – não há como conservá-los por tanto tempo e “levar uma vaca para Marte não é uma opção,” brinca Maya. Entre as opções, está uma pizza tailandesa, que não tem queijo, mas é coberta com cenoura, pimentão, cogumelos, cebolinha, amendoins e molho de tomate apimentado.
Para isso, os pesquisadores estão considerando até a possibilidade de um astronauta dedicado apenas à preparação da comida – o cozinheiro da missão.
Mas o orçamento para alimentação ainda não está claro. Existe um plano B, composto de refeições pré-preparadas, como o atual cardápio da ISS. Para isso, a validade dos alimentos terá que ser de pelo menos cinco anos. A Nasa e outras instituições estão estudando meios de viabilizar essa ideia. Mas o ideal seria combinar as duas opções.
No momento, são gastos um milhão de dólares anualmente na pesquisa e planejamento do cardápio para Marte – o orçamento anual geral da Nasa é de US$ 17 bilhões. Michele Perchonok, pesquisadora líder de tecnologias avançadas para alimentação da agência espacial americana, espera que quando a missão estiver mais próxima – a dez ou quinze anos antes do lançamento – o orçamento aumentará, permitindo pesquisas mais conclusivas.
De acordo com a Nasa, a missão a Marte é muito importante: será uma oportunidade única para se pesquisar desde formas de vida extraterrestres, a origem da vida na Terra e os efeitos de pouca gravidade no organismo humano. E também dará a chance de estudar sustentabilidade a longo prazo: “Como sustentamos uma tripulação, reciclando tudo, por dois anos e meio?”, pergunta Perchonok. Mas nada disso acontecerá sem comida".
IG Ciência
Arqueólogos encontram barragem maia de 80 metros
Pesquisadores encontraram na antiga cidade de Tikal, na atual Guatemala, uma barragem feita pelos maias de quase 80 metros de comprimento e 10 metros de altura, com capacidade de armazenar 75,7 milhões de litros de água, ou 30 piscinas olímpicas. É a maior represa maia já descoberta. Sua descrição será publicada nessa semana no periódico PNAS (da sigla em inglês para Anais da Academia Nacional de Ciências).
A represa foi construída entre os anos de 250 e 800 para abastecer uma população de quase 100.000 pessoas, número muito maior do que o ambiente poderia suportar se não fosse a intervenção do homem.
Os maias ergueram a barragem usando pedras, cascalhos e areia e a dotaram até de um sistema de purificação da água, feito de caixas de areia de quartzo. Esse minério não é abundante na região e o uso dele mostra o grande esforço na construção e a importância que os maias davam ao armazenamento da água.
As pesquisas em Tikal foram feitas por várias universidades, lideradas pela de Cincinnati, de Ohio, Estados Unidos. Vernon Scarborough, autor do artigo da PNAS, disse que o objetivo geral das escavações era descobrir como os maias conseguiram manter em Tikal, onde há secas periódicas, uma população de 60.000 a 80.000 pessoas.
“Era um número muito maior do que o ambiente poderia suportar”, disse Scarborough . “Mas eles conseguiram manter uma complexa sociedade por mais de 1.500 anos. Os recursos eram abundantes, mas as ferramentas eram rudimentares”, falou.
Os maias criaram um complexo sistema de coleta e armazenamento de água para manter a população na época de seca. As construções – grandes praças, estradas, prédios e canais – eram construídas de modo inclinado. Assim, toda a água escoava para o sistema de armazenamento de água – como a barragem.
Dupla função - A barragem foi encontrada sob uma estrada comumente usada por turistas que visitam a região. Por um longo período essa construção foi considerada apenas uma estrada. Mas as pesquisas mostraram que ela tinha uma dupla função. Tikal foi um dos maiores centros populacionais da civilização maia e é hoje considerada patrimônio mundial da Unesco.
Veja.com
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Perda da biodiversidade pode causar danos à saúde
González-Zorn, professor do Centro de Vigilância Sanitária Veterinária da Universidade Complutense de Madri (Espanha), afirma que a biodiversidade "é sábia para preservar a saúde humana e transcendental por muitos motivos. Quando diminui a biodiversidade, a esperança de vida do ser humano diminui, não apenas do ponto de vista ecológico, mas também de recursos".
"Na natureza precisamos ter muita biodiversidade para encontrar novos antibióticos, novas moléculas que nos ajudem a lutar contra as doenças, por exemplo. Definitivamente, precisamos dela também do ponto de vista de utilidade", diz González-Zorn.
O cientista se lamenta que por um uso abusivo dos antibióticos, um dos desafios que temos é a resistência a eles. "O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma campanha denominada '20 novos antibióticos para 2020', porque se deram conta de que lutar contra a resistência dos antibióticos às doenças é uma necessidade primordial", disse.
A extinção de vegetais e espécies animais é uma das consequências da mudança climática global. Os cientistas advertem que este desaparecimento está relacionado com o aumento de doenças infecciosas em humanos. Trata-se de uma das consequências menos conhecidas da deterioração do meio ambiente.
Cientistas dos Estados Unidos comprovaram que as espécies mais sensíveis, e portanto, mais expostas às mudanças de seu entorno, ajudam a frear a expansão de certas doenças infecciosas. Pelo contrário, aquelas que são mais resistentes à poluição, costumam ser as que possuem uma maior capacidade para transmitir microorganismos a outros seres vivos, incluindo os humanos.
Efeitos do desaparecimento do equilíbrioO professor explica este processo: "As bactérias, vírus e fungos, principais produtores de doenças, estão adaptados a viver e sobreviver em um nicho determinado (espaço constituído pelas variáveis biológicas e funcionais de uma comunidade onde uma espécie pode viver com sucesso), e enquanto esse nicho existir, bactérias e vírus viverão em uma simbiose perfeita".
A transformação destes microorganismos em agentes patogênicos causadores de doenças acontece porque, segundo o professor, "o microorganismo vive nesse reservatório em um equilíbrio gerado durante milhões de anos, mas quando uma espécie começa a desaparecer ou se modifica, quando, por exemplo, mudam as condições ambientais, esse delicado equilíbrio no qual se encontrava desaparece".
"Então, bactérias, vírus e fungos não se conformam a extinguir junto de seu hospedador (organismo que abriga outro organismo) e aumentam sua variabilidade genética para, dessa forma, conquistar novos hospedadores. Durante o tempo de adaptação se tornam patogênicos para esse hospedador", ressalta.
Somente quando transcorreu muito tempo da mudança de "casa" desses organismos acontece o comensalismo (interação biológica na qual um dos envolvidos obtém um benefício, enquanto o outro nem é prejudicado nem beneficiado).
A importância da biodiversidade para a vidaO cientista explica que "no intestino há centenas de bilhões de bactérias que não produzem doenças, mas se os humanos são extintos e essa bactéria passa a viver, por exemplo, em um cachorro, onde não está acostumada a permanecer, se transforma em patogênica. Assim, as novas relações estabelecidas entre hospedador e bactéria ou vírus acabam em doença".
A diversidade genética (biodiversidade) é transcendental para o desenvolvimento de todas as espécies e dela dependem os seres humanos em nossa vida cotidiana. "De maneira indireta, as mudanças nos serviços dos ecossistemas afetam os meios de ganhar o sustento, a renda e a migração local, e em algumas ocasiões podem inclusive causar conflitos sociais", afirma relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
González-Zorn afirma que a biodiversidade "é sábia para preservar a saúde humana e transcendental por muitos motivos. Quando diminui a biodiversidade, a esperança de vida do ser humano diminui não apenas do ponto de vista ecológico, mas também de recursos, inclusive para poder ter espécies que estejam adaptadas a um nicho ecológico. Por exemplo, necessitamos ter animais - como as vacas - que estejam adaptados a diferentes tipos de clima. A biodiversidade é transcendental em todos os sentidos".
A OMS afirma que, além disso, "a diversidade biofísica de microorganismos, flora e fauna oferece amplos conhecimentos que geram benefícios importantes para a biologia, para as ciências da saúde e a farmacologia".
"Na natureza precisamos ter muita biodiversidade para encontrar novos antibióticos, novas moléculas que nos ajudem a lutar contra as doenças, por exemplo. Definitivamente, necessitamos da biosiversidade também do ponto de vista da utilidade", diz González-Zorn.
Duas são as formas de desenvolver novos remédios, segundo o professor "uma é a sintética, independente do meio ambiente, e a outra mediante a utilização ou combinação de elementos naturais para que a biodiversidade se torne transcendental".
A perda de biodiversidade se transforma para a medicina em um desafio constante. O cientista se lamenta que por um uso abusivo dos antibióticos, um dos desafios que temos é a resistência a eles. "O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma campanha denominada '20 novos antibióticos para 2020', porque se deram conta de que lutar contra a resistência dos antibióticos às doenças é uma necessidade primordial", disse.
O ser humano é um dos maiores responsáveis pela destruição do meio ambiente, mas segundo explica González-Zorn, apesar de esta ação agressiva ser a causa do aumento das doenças infecciosas, "não é responsabilidade do homem a existência das doenças, porque os microorganismos patogênicos tendem a se desenvolver e conquistar novos espaços ecológicos em novas espécies e novos ecossistemas".
"Quando falamos em biodiversidade, não devemos excluir os microorganismos que produzem doenças. Bactérias, vírus e fungos tentarão sobreviver em qualquer meio ambiente, embora não estejam no homem. Ou seja, os humanos não são criadores de doenças, a doença é inerente à vida", conclui Bruno González-Zorn.
Líderes maias vão aos EUA explicar mudanças no ciclo do calendário
Líderes maias da América Latina foram a Los Angeles explicar a "confusão" na próxima mudança de ciclo no calendário pré-colombiano, além de abençoar a comunidade imigrante que vive neste país.
"De acordo com o calendário maia, este ano será marcado por uma mudança de ciclo que foi iniciada há 5.125 anos, o chamado baktunes", disse Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano.
"Apesar dos 13 baktunes serem completados neste ano, isso não significa que o mundo vai acabar como muitas pessoas estão comentando", completou Trejo.
"Não devemos nos preocupar pensando que haverá uma destruição total do planeta. O que acontecerá é simplesmente uma mudança de ciclo, que terminará em dezembro para começar um novo período ou novo baktun", afirmou.
Com intenção de esclarecer as interpretações apocalípticas do calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote Maia, e outros representantes desta tribo radicados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras se reuniram neste fim de semana na Placita Olvera e no Centro Cultural EEK'Mayab, ambos em Los Angeles.
Com intenção de esclarecer as interpretações apocalípticas do calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote Maia, e outros representantes desta tribo radicados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras se reuniram neste fim de semana na Placita Olvera e no Centro Cultural EEK'Mayab, ambos em Los Angeles.
Além de esclarecer as dúvidas presentes no calendário maia, Xicum e os outros líderes da etnia zapoteca realizaram um ritual de oração em língua maia para a comunidade imigrante em pleno centro histórico de Los Angeles.
"Essa confusão foi provocada por alguns meios de comunicação e por algumas pessoas que não souberam explicar ao certo sobre o que é realmente a visão de mundo dos maias", disse Xicum.
"A visão de mundo maia é a união entre a natureza e Deus, é a união entre os corpos celestes com a mãe terra", completou o sacerdote.
O calendário maia é uma pedra de cálculo circular, disseminada na região da Mesoamérica, que, segundo o anuário gregoriano do sistema ocidental atual, foi iniciado no dia 13 de agosto de 3.114 a.C.
"O sistema de contagem de tempo dos maias não era linear, mas era circular e, por isso, o calendário também é circular, já que os ciclos começam em um ponto e terminam em si mesmos. Assim, nasce um novo período", indicou Trejo, que colabora com a Secretaria de Turismo do México para falar sobre o Mundo Maia.
Trejo explicou que um baktun maia corresponde a um período de aproximadamente 394 anos, que, ao multiplicá-lo por 13 baktunes, resulta em 5.125 anos, ou seja, um ciclo completo. No calendário mesoamericano, este ciclo será completado no dia 21 de dezembro de 2012.
María Eugenia Loria, uma matriarca maia originária do estado mexicano de Iucatã, disse à agência Efe que o calendário maia foi criado com base na observação do movimento dos astros em períodos de um ano e em ciclos de mais de 5 mil anos.
"Na mudança de ciclo que ocorrerá em dezembro haverá uma nova escalação de astros que pode gerar mudanças no clima, mas não sabemos a que extremo", indicou María Eugenia.
Já José Loria, outro líder maia no Iucatã, disse que a conclusão do ciclo do tempo calculado pelos maias provavelmente poderá influenciar o funcionamento do planeta.
"Algo no planeta está mudando porque há lugares em que nunca chovia e, hoje, chove demais, enquanto há outros lugares em que antes chovia e hoje é marcado pela seca", destacou Loria.
"Essas são as mudanças de ciclos que teremos que aprender, mas isso não significa que o mundo vai neste ano", finalizou.
IG Ciência
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