sexta-feira, 31 de maio de 2013
Estudo na Mata Atlântica comprova que ação humana resulta em árvores menores
A análise de 22 áreas da Mata Atlântica no Sudeste do País mostrou pela primeira vez que a ação do homem está afetando a evolução de árvores. É o que aconteceu com a palmeira do palmito juçara, que tem tanto frutos com sementes grandes quanto pequenas, mas que futuramente deverá ter apenas as sementes pequenas.
De acordo com o estudo coordenado por Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em fragmentos de floresta onde espécies de tucano como o de bico preto ( Ramphastos vitelinus ), araçari-poca ( Selenidera maculirostris ) e também as arapongas foram extintos, as palmeiras juçaras (Euterpe edulis ) produziam frutos pequenos. Já em áreas com estes pássaros existiam palmeiras com frutos de diversos tamanhos. Com este cenário, a tendência é que futuramente existam apenas palmeiras menores com palmitos menores nestas áreas onde os tucanos foram extintos.
Galetti explica que as palmeiras produzem frutos com sementes grandes e pequenas, porém apenas os tucanos conseguem engolir os frutos maiores e regurgitar as sementes, disseminando novas palmeiras na Mata Atlântica. As sementes menores são disseminadas por outros pássaros, como os sabiás, por exemplo.
As principais causas da extinção dos tucanos e, consequentemente, a alteração da evolução da palmeira estão na fragmentação da Mata Atlântica e na caça aos pássaros. Apenas sete caçadores ouvidos pelos pesquisadores afirmaram ter abatido 500 tucanos em um ano. A ave é apreciada na culinária, e também por causa de suas penas, usadas em adornos como brincos.
Péssimas previsões
“Sem os tucanos, as sementes grandes cai no pé da fruta mãe, a polpa da fruta não é retirada e a semente não germina. Com o tempo só haverá sementes pequenas, que perdem água mais facilmente, pois a superfície de contato ser maior. Com as mudanças climáticas e a previsão de períodos mais secos e severos a tendência é que as sementes pequenas não terminem a germinação e as palmeiras menores desapareçam também”, disse ao iG Mauro Galetti autor principal do estudo publicado esta semana no periódico científico Science.
“Sem os tucanos, as sementes grandes cai no pé da fruta mãe, a polpa da fruta não é retirada e a semente não germina. Com o tempo só haverá sementes pequenas, que perdem água mais facilmente, pois a superfície de contato ser maior. Com as mudanças climáticas e a previsão de períodos mais secos e severos a tendência é que as sementes pequenas não terminem a germinação e as palmeiras menores desapareçam também”, disse ao iG Mauro Galetti autor principal do estudo publicado esta semana no periódico científico Science.
Atualmente restam apenas 12% da cobertura original da Mata Atlântica, e mais de 80% dos remanescentes florestais são pequenos demais para manterem grandes aves frugívoras. Estes fragmentos também são insuficientes para garantir a sobrevivência de grandes animais que se alimentam de frutas, como antas, macacos, tucanos, pavós e arapongas.
Por isto o avanço na perda das espécies de grandes vertebrados na Mata Atlântida está causando mudanças sem precedentes nas trajetórias evolutivas das árvores remanescentes e na composição de muitas áreas tropicais. “As pessoas acreditavam que a seleção natural demonstrada por Charles Darwin há mais de 100 anos levava muito tempo para ocorrer, mas nossos dados mostram que o impacto humano, causando a extinção de aves grandes, seja por caça ou desmatamento, seleciona rapidamente as plantas com sementes pequenas” disse Galetti.
Galetti acredita que o estudo pode ser replicado para outras florestas tropicais do mundo, onde 60% a 90% das espécies de árvores são disseminadas por animais frugívoros. Um exemplo seria as florestas do Congo, que são disseminadas pelos gorilas. “Pela primeira vez conseguimos dados empíricos de que a perda de animais dispersores afeta a evolução de plantas. Isto é um alerta de que o impacto humano sobre as florestas é ainda pior do que pensávamos”, disse.
Para o cientista além da necessidade do reflorestamento é necessário haver o também o refaunamento destas áreas. ”É preciso que se pare com a caça. Em áreas como a Cantareira (SP), Ilha do Cardoso (SP) e também em Ilhabela (SP), onde é realizada a Tucanada [festa onde é servido churrasco de tucano], está cheio de caçadores”, disse.
Asteroide que passa perto da Terra hoje tem lua própria
Uma sequência de imagens de radar obtida por cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa) revelam que o asteroide 1998 QE2, que passará pela Terra hoje (31), às 17h59 de Brasília, tem sua própria lua.
O asteroide é cinco vezes maior do que um navio transatlântico e vai passar a 5,8 milhões de quilômetros da Terra, uma distância curta em termos astronômicos. Segundo a Nasa, é o equivalente a 15 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Esse será o ponto em que ele chegará mais perto do planeta pelos próximos 200 anos.
O asteroide, que mede cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro, não poderá ser observado a olho nu ou com binóculos: sua baixa luminosidade só o torna visível aos telescópios mais potentes.
Em fevereiro, outro asteroide passou próximo da Terra. Denominado 2012 DA14, o asteroide passou a uma distância de 27 mil quilômetros. Informações da Nasa apontaram que o asteroide se aproximou do anel de satélites de comunicações, mas não houve risco de colisão pois esses ficam sobre a Linha do Equador e o asteroide passou mais próximo do Polo Sul.
Plantas não crescem perto de roteadores Wi-Fi
Cinco estudantes da escola Hjallerup, na Dinamarca, descobriram que plantas não crescem perto de roteadores Wi-Fi.
A ideia de fazer o experimento surgiu quando as garotas perceberam que, ao dormir com o celular próximo de suas cabeças, não conseguiam se concentrar nas aulas no dia seguinte.
O grupo decidiu, então, testar o efeito da radiação de celulares no cérebro humano. Mas como as garotas não tinham acesso à estrutura necessária para fazer um estudo dessa magnitude testaram o efeito da radiação em uma planta.
As estudantes prepararam bandejas com sementes de um tipo de agrião. Seis recipientes foram colocados em uma sala sem radiação. O restante ficou próximo a dois roteadores. De acordo com os cálculos das alunas, o roteador emitia o mesmo tipo de radiação de um celular comum.
As plantas foram analisadas durante 12 dias. No fim do período, a equipe observou que boa parte das plantas estavam mortas ou não haviam crescido. Enquanto na sala sem radiação as sementes de agrião germinaram.
Mas para que o efeito do roteador sobre as plantas seja comprovado, o experimento precisa ser replicado por algum cientista. Um professor de neurociência do Instituto Karolinska, na Suécia, tentará refazer o teste para comprovar os resultados.
Imagem exibe a diferença entre as plantas que cresceram na sala sem radiação para as que ficaram próximas aos roteadores.
E o cometa Ison se aproxima!!!
A Nuvem de Oort é um verdadeiro reservatório de cometas de órbita parabólica, daqueles que vêm e passam uma única vez pelo Sistema Solar e voltam para as profundezas do espaço. Isso se não fazem um mergulho suicida no Sol. Essa nuvem é composta por bilhões de asteroides com grandes quantidades de gelo. São literalmente bolas de gelo sujo, o que os tornam fortes candidatos a cometas com grandes e brilhantes caudas.
Depois de sua descoberta, uma procura no banco de imagens do projeto de monitoramento de objetos potencialmente perigosos do Mount Lemon, nos EUA, apontou que o Ison já havia sido observado em dezembro de 2011. Essa imagens iniciais mostravam que o cometa tem um brilho maior que o esperado, especialmente para a distância em que se encontrava. Desde então, ele passou a ser monitorado da Terra e do espaço, e a surpresas não demoraram a aparecer.
Mesmo a distâncias maiores que a órbita de Júpiter, o Ison é muito brilhante. Com pouca radiação solar, o brilho desse cometa surpreendeu os astrônomos e rapidamente se tornou um candidato a “cometa do século”. Algumas estimativas dizem que ele poderá ficar tão brilhante que seria observado em plena luz do dia. Mas isso é uma grande hipótese.
O Ison deverá ter seu periélio (menor distância até o Sol) no dia 28 de novembro. Essa distância deve ser de 110 mil quilômetros de sua “superfície”. Só que isso significa que o cometa deve passar por dentro de uma região ao redor do Sol chamada coroa, uma atmosfera de plasma que, apesar da baixa densidade, tem temperatura de milhões de graus.
O grande “se” vem desse mergulho na coroa. Não tanto pela temperatura, mas, por causa da pequena distância, o cometa pode se desintegrar nessa passagem pelo periélio. Para estar tão brilhante assim, ele deve ter enormes quantidades de materiais voláteis, portanto, seu núcleo deve apresentar muito gelo. A uma distância tão pequena, as forças gravitacionais do Sol são intensas demais e, agindo num núcleo pouco coeso, podem desintegrar facilmente o Ison.
A sequência de fotos que abre o post foi obtida pelo telescópio Gemini, de 8 metros de diâmetro, localizado no Havaí, entre os meses de fevereiro e maio, quando o cometa já tinha cruzado a órbita de Júpiter, a uma distância entre 730-580 milhões de quilômetros. As estimativas dão conta de que seu núcleo deve ter algo entre 5 e 6 quilômetros de diâmetro, mas sua coma (cápsula de gás e poeira que envolve o núcleo) tem uns 5 mil quilômetros de diâmetro. Observações ultravioleta do satélite Swift indicam também que o Ison lança ao espaço cerca de 850 toneladas de poeira por segundo, o que indica que esse é realmente um cometa muito ativo. Geralmente, esses objetos atingem uma atividade assim apenas depois de cruzarem o cinturão de asteroides, mas o Ison já demonstra seu poder antes mesmo de cruzar a órbita de Júpiter!
Apesar dessa atividade frenética, as imagens mostram que ela está diminuindo um pouco, conforme o cometa se aproxima do Sol. Talvez isso esteja ligado com a exaustão do monóxido e do dióxido de carbono, materiais que são muito mais voláteis e devem estar depositados em camadas mais superficiais do núcleo. Em breve, a água do cometa deve começar a ser evaporada, e, com a vinda de camadas mais profundas, em breve devem começar as explosões e sua atividade voltará a aumentar.
O Ison deve se tornar brilhante nos céus ainda em fins de outubro, logo depois do pôr do Sol. Se sobreviver ao mergulho na coroa solar, esse cometa deve se retornar aos céus na madrugada, pouco antes do amanhecer. Se isso ocorrer, ele deve ser o cometa mais brilhante em mais de 50 anos! Mas, como ninguém pode prever com certeza, o jeito é aguardar.
G1
Radiação recebida em viagem a Marte seria de risco
Astronautas que viajassem para Marte poderiam ser bombardeados com muito mais radiação do que seu corpo receberia durante um ano inteiro de tomografias semanais, disseram especialistas nesta quinta-feira (30). De acordo com estudo, a quantidade seria suficiente para aumentar o risco de desenvolvimento de um câncer em cerca de 3%, mas a pesquisa alerta que ainda há muitas incertezas acerca dos efeitos da exposição humana a ambiente espacial.
A Agência Espacial Americana (Nasa) tem o objetivo de enviar, em meados de 2030, um voo tripulado para orbitar o planeta vermelho. Grifes de vestuário, como Inspiration Mars, criada pelo engenheiro da Nasa que se tornou turista espacial, Dennis Tito, já está recrutando voluntários.
Existem esforços prévios para aferir os riscos de radiação para os futuros viajantes de Marte, mas a melhor estimativa vem da missão espacial Curiosity, promovida pela Nasa. Em 2011, um sensor de radiação foi inserido no interior de uma nave com o objetivo de fazer leituras da radiação durante os oito meses e meio da cruzada ao planeta.
Por meio dos dados colhidos pelo sensor, cientistas calcularam o quanto viajantes espaciais se expõem à radiação durante uma rápida viagem de seis meses em uma nave em condições similares. Ida e volta: cerca de 662 milisieverts (unidade que mede doses de radiação). Esse é um montante considerável, tendo em vista que muitas agências espaciais internacionais limitam a dosagem de radiação acumulada no espaço a 1.000 milisieverts. A estimativa não inclui o tempo gasto na superfície de Marte.
O número é similar àquele conseguido por meio de uma tomografia de corpo inteiro realizada a cada cinco ou seis dias, informa o líder da pesquisa, Cary Zeitlin, do Southwest Research Institute, do Colorado.
A análise integra a edição de sexta-feira da revista Science. A quantidade de radiação não parece mudar a não ser que seja possível acelerar a viagem interplanetária, explicam os especialistas.
As doses de radiação em uma viagem a Marte seriam mais altas do que as enfrentadas normalmente pelos membros da tripulação da Estação Especial Internacional, algo em torno de 200 milisieverts por ano. Em contrapartida, as pessoas na Terra são comumente expostas a cerca de 3 milisieverts por ano.
A missão Curiosity voou por Marte durante o período de baixa a moderada atividade solar. Desde que pousou no planeta vermelho, no ano passado, a missão rastreou a radiação ao longo da superfície. A nave mostrou as mais claras evidências de que já existiu água em Marte.
Época.com
domingo, 26 de maio de 2013
Autoridades defendem cooperação científica entre países na Antártica
A cooperação científica internacional deve ser reforçada na Antártica a fim de preservar o continente, defenderam nesta quarta-feira (22), em Bruxelas, o príncipe Albert II de Mônaco, o ex-primeiro-ministro francês Michel Rocard e seu colega australiano Robert Hawke.
O apelo foi feito durante a abertura da 36ª reunião consultiva sobre o Tratado da Antártica, criado há 50 anos para proteger o continente e que tem o Brasil como signatário.
"A pesquisa na Antártica sofre uma divisão lamentável. Este continente dedicado à ciência (...) não beneficia suficientemente os programas científicos coordenados internacionalmente", disse o príncipe Albert II.
Nas 80 principais estações de pesquisa instaladas na Antártica, "apenas duas podem ser qualificadas de internacionais e ainda assim não abrigam mais que dois países por vez", acrescentou o príncipe, insistindo nas vantagens "econômicas, ecológicas e diplomáticas" de um unificar as pesquisas.
Cinquenta países integram o Tratado sobre a Antártica, que entrou em vigor em 1961 para garantir a utilização deste continente para fins pacíficos. Em vigor desde 1998, um protocolo, relativo à proteção ambiental na Antártica, considera o continente "uma reserva natural dedicada à ciência e à paz".
Internacionalização de infraestruturas
A cooperação científica internacional na Antártica deve permitir a implantação comum de infraestruturas e da logística, declarou Michel Rocard, embaixador francês para os polos Ártico e Antártico ao fazer a leitura do apelo comum. "É ao menos surpreendente constatar que não existe quase iniciativa alguma de internacionalização das infraestruturas e da logística na zona do tratado", constatou.
A cooperação científica internacional na Antártica deve permitir a implantação comum de infraestruturas e da logística, declarou Michel Rocard, embaixador francês para os polos Ártico e Antártico ao fazer a leitura do apelo comum. "É ao menos surpreendente constatar que não existe quase iniciativa alguma de internacionalização das infraestruturas e da logística na zona do tratado", constatou.
"Se contemplarmos as vantagens potenciais que representa a mutualização dos meios e dos custos logísticos, sem esquecer a redução do impacto ecológico, esta situação é ainda mais surpreendente", destacou.
Rocard pediu que as partes do tratado "decidam abrir um espaço de discussão e reflexão" sobre o tema, já que é mais necessário em uma época de "crise mundial e de dificuldades orçamentárias dos Estados".
O benefício seria "duplo", segundo os signatários do apelo: "um desenvolvimento melhor da ciência e o reforço da harmonia internacional" na Antártica.
príncipe Albert insistiu ainda na necessidade de uma mobilização "mais ampla possível" pela Antártica, um "continente essencial para a sobrevivência", onde "os obstáculos e perigos são cada vez mais ameaçadores". "O perigo da pesca predatória começa a se impor de forma muito séria', constatou, fazendo um apelo pela 'criação de áreas marítimas protegidas" e de uma extensão dos princípios do tratado para as zonas marítimas adjacentes à Antártica.
Rotas de aviões recriam o mapa-múndi
Um consultor canadense desenvolveu um sistema de visualização das rotas de tráfego aéreo ao redor do globo que recria o mapa-múndi.
Michael Markieta achou desnecessário usar recursos para ajudar o público a identificar diferentes partes do mundo. Seus mapas iluminados mostram que as rotas aéreas traçam a silhueta dos maiores continentes, revelando que os seres humanos preferem morar perto da costa.
O consultor deu início ao projeto durante seu tempo livre e utilizou a tecnologia do Sistema de Informações Geográficas (GIS, na sigla em inglês) para criar mapas a partir dos dados obtidos.
Atualmente há 58 mil rotas aéreas cruzando os céus nos cinco continentes. Nos mapas revelados por Markieta não causa surpresa o fato de que os pontos mais brilhantes aparecem em áreas onde muitas rotas seguem o mesmo trajeto e têm como destino as maiores cidades do mundo.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Alinhamento planetário promete show celestial no fim de semana
Vênus e Júpiter, os dois planetas mais brilhantes do céu neste
mês, receberão a companhia do pequeno Mercúrio para um espetáculo celestial raro
neste fim de semana. Normalmente, Vênus, o segundo planeta mais próximo do Sol,
e Júpiter, que orbita após Marte, estão a dezenas de milhões de quilômetros de
distância. Mas, para quem vê da Terra, eles têm orbitado juntos, enquanto se
movem cada vez mais perto um do outro neste mês, junto a Mercúrio.
O auge do show celestial será no domingo, quando o trio irá
aparecer como um triângulo de luz brilhante no céu do Ocidente cerca de 30
minutos depois do pôr do sol.
Conjunções triplas são relativamente raras, segundo a Nasa. A
última foi em maio de 2011 e a próxima não ocorrerá antes de outubro de
2015. "Essa (conjunção) tripla é especialmente boa porque envolve os três
planetas mais brilhantes do céu escuro em maio", afirmou a agência espacial dos
Estados Unidos em sua página na Internet.
A formação deve ser visível mesmo em locais com cidades bastante
iluminadas. Astrônomos sugerem aos observadores do céu que deixem Vênus e
Júpiter serem o seu guia. Quando o céu escurecer, os planetas serão visíveis a
olho nu.
"Eles realmente brilham tão intensamente que você pode
confundi-los com um ou dois aviões se aproximando com as suas luzes de pouso
ligadas", escreveu a revista StarDate, da Universidade do Texas, em seu
site.
A tropa de artistas que enganou Hitler na Segunda Guerra Mundial
Mais uma daquelas histórias impressionantes da Segunda Guerra Mundial que virou documentário: era junho de 1944 quando dois franceses desavisados entraram no perímetro de segurança da Vigésima Terceira Tropa de Forças Especiais dos EUA e viram, incrédulos, quatro soldados norte-americanos carregando um grande tanque de guerra. Um dos soldados, diante da cara dos franceses, apenas respondeu: “Os americanos são muito fortes.”
No entanto, não se tratava da força dos soldados, mas da leveza do tanque que era, na verdade, feito de borracha inflável. Este episódio foi documentado numa pintura (logo abaixo) por um dos soldados da tropa, que era mais conhecida como The Ghost Army (o Exército Fantasma). O grupo, que desembarcou na França no verão de 1944, foi recrutado em faculdades de arte e em agências de publicidade e tinha como principal arma a criatividade. Sua missão? Enganar as tropas de Hitler.
Além dos retratos da guerra que faziam esporadicamente nos tempos livres, o exército fake tinha vários recursos para espantar os soldados alemães: artilharia de borracha, efeitos sonoros e falsas transmissões de rádio faziam a tropa de artistas parecer um grande exército pronto para o ataque. Foram mais de 20 missões — algumas bastante perigosas — na França, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha em que a capacidade de atuação dos soldados era o que lhes garantia a vida. Dentre os cerca de 1.100 jovens do grupo estavam o designer de moda Bill Blass, o fotógrafo Art Kane e os pintores Ellsworth Kelly e Arthur Singer.
A “arte da guerra” feita pelos soldados fantasmas exigia muito mais do que apenas carregar os aparatos de borracha e incluía um verdadeiro trabalho cênico para despachar homens em caminhões e ficar dando voltas, aparentando a chegada de uma grande tropa; frequentar cafés franceses para espalhar fofoca entre os espiões que poderiam estar no lugar e visitar cidades vestidos de generais. Estima-se que o Exército Fantasma tenha salvado muitas vidas e sua atuação foi importante para a vitória dos Aliados no ano seguinte.
O diretor de cinema Rick Beyer contou que soube da história acidentalmente, em um café, ficou maravilhado e tratou de procurar e entrevistar os dezenove veteranos da tropa que ainda estavam vivos. O resultado está no documentário The Ghost Army, que foi lançado nessa semana na rede de televisão estadunidense PBS. Dá pra ver o trailer abaixo:
Depois de um mês no espaço, cápsula com dezenas de animais retorna
No último dia 19 de abril saiu do Cazaquistão uma espécie de Arca de Noé moderna: a cápsula russa Bion-M levava mais de 70 animais em seu interior, com a missão de viajar a centenas de quilômetros de altura e de ficar em órbita, por conta própria, pelo maior período da História. A cápsula acaba de retornar à Terra sã e salva: agora os cientistas já começam a quebrar cabeça para descobrir como seu cachorro de estimação irá para a Marte quando a Humanidade começar a passar o réveillon por lá.
Na última vez que os animais tinham sido mandados para o espaço, no já longínquo ano de 2007, a jornada durou apenas 12 dias, bem mais curta que essa última, que teve duração de um mês. Além do tempo que passaram em órbita, a altura atingida pela missão também chama atenção: eles chegaram a 575 quilômetros de altura, (bem) mais alto até que a Estação Espacial Internacional, que fica não costuma passar de 400 km de distância da Terra.
A tripulação da espaçonave era composta por 53 camundongos, 15 lagartos e 8 pequenos roedores de uma espécie chamada ratos-do-deserto. Isso na ida, porque na volta tinha mais cadáver que qualquer outra coisa: apenas os lagartos passaram incólumes, sem nenhum baixa; mais da metade dos camundongos morreram e nenhum rato do deserto voltou com vida.
Os 76 animais passaram por mais de 70 testes antes, durante e depois da viagem, tudo para investigar como a ausência de gravidade interfere nos esqueletos, corações, sistemas nervosos e músculos dos bichos, o grande objetivo por trás da missão.
Estudo prevê empreendimentos comerciais na Lua em 2020
Pesquisadores de várias empresas podem estar vivendo na Lua quando astronautas da agência espacial americana (Nasa) partirem para visitar um asteroide na década de 2020, aponta um novo estudo sobre futuras missões espaciais tripuladas.
A pesquisa feita pela empresa de tecnologia espacial Bigelow Aerospace foi encomendada pela Nasa e mostra "bastante empolgação e interesse de várias empresas" nesses empreendimentos, disse Robert Bigelow, fundador e presidente da companhia, que tem sede em Las Vegas.
Para fazer o estudo da Nasa, a Bigelow Aerospace analisou cerca de 20 empresas, agências espaciais estrangeiras e organizações de pesquisa.
A gama de projetos vai desde pesquisas farmacêuticas na órbita da Terra até missões na superfície da Lua, informou Bigelow em teleconferência na quinta-feira (23), citando um esboço do estudo, que será lançado dentro de algumas semanas.
A Nasa também pretende continuar o programa da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com visitas de astronautas a um asteroide em 2025, e a Marte cerca de uma década mais tarde.
O orçamento proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para o ano fiscal que começa em 1º de outubro é de US$ 105 milhões (R$ 215 milhões) para a Nasa começar a trabalhar na missão de encontrar um pequeno asteroide e reposicioná-lo ao redor da Lua, na intenção de uma futura visita de astronautas.
Mas empresas privadas, como a Bigelow Aerospace, têm mais interesse na própria Lua, disse Bigelow a repórteres durante a teleconferência. O fundador da empresa também não fez segredo sobre sua ambição de adquirir, alugar e operar habitats espaciais infláveis na órbita da Terra e na Lua.
O chefe de operações espaciais da Nasa, William Gerstenmaier, revelou na mesma conferência que "é importante saber que há algum interesse em atividades na Lua e na superfície lunar".
"Podemos tirar proveito do que o setor privado está fazendo" em áreas como transporte espacial, sistemas de suporte à vida e outras tecnologias necessárias para uma viagem além da órbita da ISS, a 400 km, acrescentou.
G1
Estudantes desenvolvem drones para analisar tornados
Apesar de cada vez melhores, os estudos de meteorologia ainda não são capazes de prevenir 100% das tragédias naturais. O curso dos eventos pode mudar e só uma observação mais próxima de cada fenômeno pode diminuir as chances de desastres. Pensando nisso, três grupos de estudante da Oklahoma State University desenvolveram modelos diferentes de drones – aviões não-tripulados comandados remotamente – para analisar diretamente o olho de furacões e tornados.
Com esse estudo tão minucioso, espera-se que os conceitos dos grupos Stormtroopers, The Barnstormers e The Flying Honeybadgers sejam responsáveis por determinar fatores cruciais para entender melhor o fenômeno, como umidade, temperatura, velocidade e direção dos ventos.
Além de garantir a segurança dos “caçadores de tornados”, de quebra devem assegurar uma prevenção mais acertada das pessoas atingidas, minimizando os danos. Os drones inovadores só devem entrar em operação a partir de 2015.
Galileu.com
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Com menos de 1 mês, primeiro satélite equatoriano bate em foguete soviético
O primeiro satélite equatoriano, que entrou em órbita em 25 de
abril, se chocou contra restos de um foguete Tsyklon-3, lançado em julho de 1985
e que orbitava em meio a uma nuvem de partículas, anunciou nesta quinta-feira a
Agência Espacial Civil Equatoriana (EXA). O satélite "sobreviveu" ao choque, mas
está desgovernado e sem comunicação.
Em nota, a agência afirma que o NEE-01 Pegaso se chocou com um
objeto conhecido como SCC-15890, última etapa do foguete soviético lançado nos
anos 80. A colisão ocorreu à 0h38. A blindagem antirradiação do satélite e os
painéis solares, que contêm titânio em sua composição, contribuíram para a
"sobrevivência" do equipamento.
O satélite perdeu a orientação e gira violentamente, o que o
impede de receber ou transmitir dados. O satélite argentino CubeBug-1, lançado
junto com o equatoriano, teve sorte maior: também foi atingido (por pelo menos
uma partícula), mas sem maiores problemas. A agência estuda agora se é possível
recuperar a funcionalidade do satélite
Os anéis de Saturno estão vibrando
Os aneis de Saturno são tão espetaculares que é possível vê-los até mesmo com um telescópio modesto. Compostos principalmente de gelo, os aneis contêm inúmeras partículas, grandes e pequenas, que orbitam o planeta em um plano horizontal. Há décadas cientistas sabem que o arrasto gravitacional das muitas luas de Saturno deixa padrões nos aneis. Agora eles descobriram um novo escultor de aneis: oscilações do próprio planeta, que prometem pistas sobre o interior do segundo maior planeta do sistema solar.
A descoberta ocorreu durante uma inspeção detalhada dos aneis de Saturno. Do mais externo para o mais interno, os três aneis principais são chamados de A, B e C. Em 1980, quando a sonda Voyager 1 passou pelo planeta, ela encontrou sulcos parecidos com os de discos de vinil em cada um dos aneis. O arrasto gravitacional das luas de Saturno produzem ondas, principalmente no anel A, porque ele é o mais próximo das luas.
Em 1991, Paul Rosen, então na Stanford University, e seus colegas usaram dados da Voyager para descobrir ondas no anel C, o mais próximo do planeta. Apesar de as luas serem responsáveis por algumas dessas ondas, ninguém sabia o que provocava as outras.
A descoberta ocorreu durante uma inspeção detalhada dos aneis de Saturno. Do mais externo para o mais interno, os três aneis principais são chamados de A, B e C. Em 1980, quando a sonda Voyager 1 passou pelo planeta, ela encontrou sulcos parecidos com os de discos de vinil em cada um dos aneis. O arrasto gravitacional das luas de Saturno produzem ondas, principalmente no anel A, porque ele é o mais próximo das luas.
Em 1991, Paul Rosen, então na Stanford University, e seus colegas usaram dados da Voyager para descobrir ondas no anel C, o mais próximo do planeta. Apesar de as luas serem responsáveis por algumas dessas ondas, ninguém sabia o que provocava as outras.
Então, em 2004, a sonda Cassini começou a orbitar Saturno, e Matthew Hedman e Philip Nicholson da Cornell University usaram a Cassini para observar estrelas de fundo através do anel C. Ao medir quanta luz estelar diferentes regiões do anel absorvem, os cientistas mapearam seis das misteriosas ondas em detalhes. “Descobrimos que Saturno provavelmente está afetando os aneis da mesma maneira que as luas”, conta Hedman. Como ele e Nicholson relatarão em uma edição futura do The Astronomical Journal, as velocidades padrão das seis ondas ao redor de Saturno se adequam às que deveriam surgir conforme o interior do planeta se movimenta para frente e para trás e altera seu campo gravitacional.
A descoberta agitou outros cientistas planetários. “Isso é incrivelmente importante”, declara Jonathan Fortney da University of California, Santa Cruz. “Abre a possibilidade de usar dados sísmicos para entender a estrutura de um planeta gigante, o que já foi fenomenalmente bem-sucedido para o Sol e a Terra”.
“Os aneis são um sismógrafo”, explica Mark Marley do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, que em 1990 recebeu seu doutorado por prever que as oscilações de Saturno afetariam seu anel C. Em seguida, após a descoberta das ondas misteriosas, ele e a cientista planetária Carolyn Porco, então na University of Arizona, propuseram que as oscilações do planeta estavam produzindo essas ondas, com características adequadas às propriedades das seis ondas que a Cassini examinou. De acordo com Marley, a recente descoberta é “uma nova janela para a estrutura interior do planeta”.
“Durante muito tempo não acreditei que esse tipo de sismologia era possível”, confessa David Stevenson do Caltech, que mesmo assim acredita que a descoberta é genuína e aponta que astrônomos franceses recentemente detectaram oscilações em Júpiter. “Talvez estejamos prestes a encontrar uma nova maneira de compreender a estrutura de planetas gigantes”.
As propriedades das ondas indicam que modelos atuais do interior de Saturno devem estar corretos. Mas as ondas também apresentam um desafio. Os cálculos de Marley e Porco sugeriram que cada ondulação nos aneis deveria surgir de um tipo diferente de oscilação dentro de Saturno – mas em vez disso, Hedman e Nicholson encontraram várias ondas resultando do mesmo tipo de oscilação. “Isso não tinha sido previsto”, observa Hedman. “E isso implica que há algo faltando nos modelos”.
A descoberta agitou outros cientistas planetários. “Isso é incrivelmente importante”, declara Jonathan Fortney da University of California, Santa Cruz. “Abre a possibilidade de usar dados sísmicos para entender a estrutura de um planeta gigante, o que já foi fenomenalmente bem-sucedido para o Sol e a Terra”.
“Os aneis são um sismógrafo”, explica Mark Marley do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, que em 1990 recebeu seu doutorado por prever que as oscilações de Saturno afetariam seu anel C. Em seguida, após a descoberta das ondas misteriosas, ele e a cientista planetária Carolyn Porco, então na University of Arizona, propuseram que as oscilações do planeta estavam produzindo essas ondas, com características adequadas às propriedades das seis ondas que a Cassini examinou. De acordo com Marley, a recente descoberta é “uma nova janela para a estrutura interior do planeta”.
“Durante muito tempo não acreditei que esse tipo de sismologia era possível”, confessa David Stevenson do Caltech, que mesmo assim acredita que a descoberta é genuína e aponta que astrônomos franceses recentemente detectaram oscilações em Júpiter. “Talvez estejamos prestes a encontrar uma nova maneira de compreender a estrutura de planetas gigantes”.
As propriedades das ondas indicam que modelos atuais do interior de Saturno devem estar corretos. Mas as ondas também apresentam um desafio. Os cálculos de Marley e Porco sugeriram que cada ondulação nos aneis deveria surgir de um tipo diferente de oscilação dentro de Saturno – mas em vez disso, Hedman e Nicholson encontraram várias ondas resultando do mesmo tipo de oscilação. “Isso não tinha sido previsto”, observa Hedman. “E isso implica que há algo faltando nos modelos”.
Agora que Hedman e Nicholson tiveram sucesso em mapear seis ondas anelares induzidas por Saturno, outros cientistas planetários refinarão seus modelos do interior do planeta. Eles já sabem que Saturno consiste principalmente de hidrogênio e hélio, que envolvem um núcleo de gelo, rocha e ferro, mas o peso exato do núcleo – que se acredita ter entre 10 e 20 massas terrestres – é desconhecido.
Modelos de Saturno carregam implicações para além do sistema solar. “Muitos dos planetas extrassolares que vemos são gigantes gasosos”, lembra Hedman. “Júpiter e Saturno fornecem versões próximas de como são esses gigantes gasosos, então se pudermos compreender bem a estrutura interior deles, devemos ser capazes de melhor compreender outros planetas gigantes também”.
Ninguém sabe se planetas gigantes em outros locais apresentam belos aneis. Astrônomos ainda não conseguem discernir aneis ao redor de planetas extrassolares, e os outros mundos gigantes do sistema solar – Júpiter, Urano e Netuno – possuem apenas aneis tênues. Essa observação levanta a intrigante possibilidade de que aneis tão espetaculares quanto os de Saturno possam ser raros na Via Láctea, o que faria nosso sistema solar ser um dos poucos a se gabar de uma visão tão espetacular.
Modelos de Saturno carregam implicações para além do sistema solar. “Muitos dos planetas extrassolares que vemos são gigantes gasosos”, lembra Hedman. “Júpiter e Saturno fornecem versões próximas de como são esses gigantes gasosos, então se pudermos compreender bem a estrutura interior deles, devemos ser capazes de melhor compreender outros planetas gigantes também”.
Ninguém sabe se planetas gigantes em outros locais apresentam belos aneis. Astrônomos ainda não conseguem discernir aneis ao redor de planetas extrassolares, e os outros mundos gigantes do sistema solar – Júpiter, Urano e Netuno – possuem apenas aneis tênues. Essa observação levanta a intrigante possibilidade de que aneis tão espetaculares quanto os de Saturno possam ser raros na Via Láctea, o que faria nosso sistema solar ser um dos poucos a se gabar de uma visão tão espetacular.
Scientific American
Governo escocês aprova a maior usina de ondas do mundo
Um projeto para criar a maior usina de ondas do mundo, que aproveita as ondas do mar para a produção de energia, foi aprovado pelo governo escocês.
A empresa pretende instalar na costa noroeste da Escócia até 50 destas estruturas, chamadas de "ostras".
A instalação completa terá a capacidade de produzir 40 megawatts, o suficiente para alimentar cerca de 30 mil casas durante um ano.
Mudanças climáticas podem prejudicar o surfe
Um dos (muitos) efeitos das mudanças climáticas será prejudicar o surfe. De acordo com uma pesquisa apresentada na revista Nature Climate Change as ondas podem ter uma diminuição de até 25% em sua altura. Sua frequência também será 10% menor no Atlântico e 5% menor no Pacífico.
O estudo mostra que as praias mais afetadas serão as que possuem costa arenosa (como boa parte das praias brasileiras) - afinal, o material seria mais fácil de ser organizado de forma diferente pela alteração nos níveis dos oceanos, causando erosão.
Não são todos os lugares que terão ondas menores, no entanto. As formações deverão ser maiores em 7% dos oceanos, mas em regiões próximas a Antártica em que surfar não seria uma atividade tão simples.
Superlua aparecerá no dia 23 de junho
A superlua, um fenômeno em que o satélite natural da Terra fica maior e mais brilhante do que o comum em uma Lua cheia, acontecerá no dia 23 de junho. Este também será o encontro mais próximo da Terra com a Lua do que todo o ano de 2013.
A superlua acontece quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. O fenômeno é também chamado de “perigeu lunar”, já que a órbita lunar tem o formato de elipse, e não de círculo.
As Luas cheias variam de tamanho por causa de sua órbita oval. O trajeto elíptico tem um lado (perigeu) cerca de 50 mil km mais perto da Terra do que o outro (apogeu). Para um observador no planeta, as Luas perigeu ficam 14% maiores e 30% mais brilhantes do que no apogeu.
No perigeu, a Lua estará a apenas 356.991 quilômetros de distância às 07h32, segundo o horário de Brasília. Já em 9 de julho, a Lua vai oscilar para apogeu, a 406.490 quilômetros de distância da Terra.
A proximidade da Lua pode aumentar um pouco as marés, mas não há com o que se preocupar: as variações serão de apenas alguns centímetros a mais do que o normal. A Nasa, agência espacial americana, alerta também que as Luas perigeu não disparam desastres naturais.
Para quem quer tirar belas fotos, outra dica da Nasa: o melhor momento para observar a Lua é quando ela ainda está perto do horizonte. Em contraste com árvores e prédios, ela parecerá ainda maior.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Cientistas brasileiros descobrem estrela gêmea do Sol
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta da estrela gêmea solar CoRot Sol 1, conhecida como a mais distante da Via Láctea. De acordo com os cientstas, a estrela possui massa e composição química equivalentes às do Sol.
A descoberta, segundo o grupo, poderia ajudar a prever o futuro próximo da estrela central do nosso sistema solar, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais teorias da evolução estelar e solar.
A CoRoT Sol 1 tem cerca de 2 bilhões de anos a mais que o Sol e um período de rotação praticamente igual ao astro. Mas ao contrário das outras gêmeas solares, que são relativamente brilhantes, a CoRoT Sol 1 tem um brilho 200 vezes mais fraco do que o do Sol.
Os dados foram registrados pelo satélite CoRoT, lançado em 2006 e operado desde Havaí.
Cometa pode se chocar com Marte em 2014
Um cometa recém-descoberto paarece estar a caminho de passar muito perto do planeta Marte em outubro de 2014, e existe uma chance – ainda que pequena – de colidir com o planeta.
O novo cometa C/2013 A1 (Siding Spring) foi descoberto em 3 de janeiro de 2013 pelo astrônomo escocês-australiano Robert H. McNaught, um prolífico observador de cometas e asteroides que tem 74 descobertas de cometas no currículo.
McNaught é um dos participantes do Siding Spring Survey, um programa que caça asteroides que podem se aproximar muito da Terra. Descobriu o novo cometa usando o Telescópio Uppsala Schmidt, de50 metros, no Observatório Siding Spring,em New South Wales, na Austrália.
Imagens anteriores à descoberta do cometa, feitas em 8 de dezembro de 2012 pelo Catalina Sky Survey, no Arizona, foram encontradas rapidamente. Como o cometa foi descoberto como parte de sua busca por asteroides, ele tem o nome do observatório, Siding Spring. Oficialmente ele está catalogado como C/2013 A1.
Quando foi descoberto, o Cometa Siding Spring estava a 1,07 bilhão de quilômetros do sol. Com base na excentricidade de sua órbita, ele parece ser um cometa novo, ou “virgem”, viajando em uma órbita parabólica e fazendo sua primeira visita à vizinhança do sol. Espera-se que seu periélio (o ponto em que ele passa mais perto do Sol) seja em 25 de outubro de 2014, auma distância de 209 milhões de quilômetros.
O novo cometa C/2013 A1 (Siding Spring) foi descoberto em 3 de janeiro de 2013 pelo astrônomo escocês-australiano Robert H. McNaught, um prolífico observador de cometas e asteroides que tem 74 descobertas de cometas no currículo.
McNaught é um dos participantes do Siding Spring Survey, um programa que caça asteroides que podem se aproximar muito da Terra. Descobriu o novo cometa usando o Telescópio Uppsala Schmidt, de50 metros, no Observatório Siding Spring,em New South Wales, na Austrália.
Imagens anteriores à descoberta do cometa, feitas em 8 de dezembro de 2012 pelo Catalina Sky Survey, no Arizona, foram encontradas rapidamente. Como o cometa foi descoberto como parte de sua busca por asteroides, ele tem o nome do observatório, Siding Spring. Oficialmente ele está catalogado como C/2013 A1.
Quando foi descoberto, o Cometa Siding Spring estava a 1,07 bilhão de quilômetros do sol. Com base na excentricidade de sua órbita, ele parece ser um cometa novo, ou “virgem”, viajando em uma órbita parabólica e fazendo sua primeira visita à vizinhança do sol. Espera-se que seu periélio (o ponto em que ele passa mais perto do Sol) seja em 25 de outubro de 2014, auma distância de 209 milhões de quilômetros.
Menos de uma semana antes disso, porém, em 19 de outubro de 2014, o cometa – com um núcleo estimado entre 8 e 50 km de diâmetro – deve cruzar a órbita de Marte e passar muito perto do planeta. Cálculos preliminares sugerem que nominalmente, em sua maior aproximação, o Cometa Siding Spring chegará a 101 mil km de Marte.
No entanto, como o cometa está a uma distância muito grande e está sendo estudado há menos de três meses, as circunstâncias de sua órbita provavelmente precisarão ser refinadas nas semanas e meses futuros. Dessa forma, a aproximação marciana do cometa pode acabar sendo maior ou menor do que sugerem nossas previsões atuais. De fato, na quarta-feira passada (27 de fevereiro), observações feitas por Leonid Elenin, um respeitável astrônomo russo que trabalha no Instituto de Matemática Aplicada Keldysh, sugeriu que o cometa poderia passar ainda mais perto – a apenas41.300 kmdo centro de Marte.
De acordo com Elenin: “Em 19 de outubro de 2014, o cometa pode atingir uma magnitude aparente de -8 ou -8,5 se visto de Marte!” (Isso deixaria o cometa de15 a25 vezes mais brilhante que Vênus. “Talvez seja possível conseguir imagens de alta resolução da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO)”, adicionou ele.
E também existe a pequena possibilidade de o cometa colidir com Marte.
Movendo-se a 56 km por segundo, uma colisão dessas criaria uma cratera de impacto em Marte com até 10 vezes o diâmetro do núcleo do cometa, e até 2 km de profundidade, com uma energia equivalente a 2x1010 megatons!
A maioria dos leitores se lembrará do mergulho do Cometa Shoemaker-Levy em Júpiter, em 1994, que deixou escuras cicatrizes na cobertura de nuvens do planeta durante muitos meses após a colisão.
Colidindo ou não, o Cometa Siding Spring definitivamente chegará extremamente perto de Marte em menos de 20 meses. Incrivelmente, essa será a segunda passagem de um cometa perto de Marte em pouco mais de um ano.
Em 1º de outubro desse ano, o muito aguardado Cometa ISON deve passar a 10,5 milhões de quilômetros de Marte até passar raspando o Sol em novembro. Esse encontro é próximo o suficiente para ser categorizado como excepcional e, mesmo assim, o Siding Spring passará 100 vezes mais perto.
No entanto, como o cometa está a uma distância muito grande e está sendo estudado há menos de três meses, as circunstâncias de sua órbita provavelmente precisarão ser refinadas nas semanas e meses futuros. Dessa forma, a aproximação marciana do cometa pode acabar sendo maior ou menor do que sugerem nossas previsões atuais. De fato, na quarta-feira passada (27 de fevereiro), observações feitas por Leonid Elenin, um respeitável astrônomo russo que trabalha no Instituto de Matemática Aplicada Keldysh, sugeriu que o cometa poderia passar ainda mais perto – a apenas41.300 kmdo centro de Marte.
De acordo com Elenin: “Em 19 de outubro de 2014, o cometa pode atingir uma magnitude aparente de -8 ou -8,5 se visto de Marte!” (Isso deixaria o cometa de15 a25 vezes mais brilhante que Vênus. “Talvez seja possível conseguir imagens de alta resolução da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO)”, adicionou ele.
E também existe a pequena possibilidade de o cometa colidir com Marte.
Movendo-se a 56 km por segundo, uma colisão dessas criaria uma cratera de impacto em Marte com até 10 vezes o diâmetro do núcleo do cometa, e até 2 km de profundidade, com uma energia equivalente a 2x1010 megatons!
A maioria dos leitores se lembrará do mergulho do Cometa Shoemaker-Levy em Júpiter, em 1994, que deixou escuras cicatrizes na cobertura de nuvens do planeta durante muitos meses após a colisão.
Colidindo ou não, o Cometa Siding Spring definitivamente chegará extremamente perto de Marte em menos de 20 meses. Incrivelmente, essa será a segunda passagem de um cometa perto de Marte em pouco mais de um ano.
Em 1º de outubro desse ano, o muito aguardado Cometa ISON deve passar a 10,5 milhões de quilômetros de Marte até passar raspando o Sol em novembro. Esse encontro é próximo o suficiente para ser categorizado como excepcional e, mesmo assim, o Siding Spring passará 100 vezes mais perto.
Scientific American
terça-feira, 21 de maio de 2013
Mudanças climáticas impulsionaram desenvolvimento humano
Uma pesquisa publicada nesta terça-feira na revista Nature Communications mostra que rápidas mudanças climáticas ocorridas entre 80.000 e 40.000 anos atrás provocaram surtos de inovação cultural. O estudo se baseia em dados da África do Sul e mostra que períodos de aumento da umidade coincidem com grandes avanços tecnológicos, como a fabricação de ferramentas de pedras e ossos e ornamentos pessoais.
Os humanos modernos surgiram há cerca de 200.000 anos durante a Média Idade da Pedra — período que durou de 280.000 a 30.000 anos atrás. Alguns dos exemplos mais remotos de artefatos culturais foram encontrados na África do Sul, com evidências fósseis que mostram picos do desenvolvimento das populações locais.
Nesse estudo, os cientistas analisaram sedimentos marinhos da costa da África do Sul e reconstruíram a evolução climática da região ao longo dos últimos 100.000 anos. "Nós descobrimos que a África do Sul passou por rápidas transições para climas mais úmidos na mesma época em que o Hemisfério Norte experimentava condições extremamente frias", afirma Martin Ziegler, professor da Universidade de Cardiff, no País de Gales.
Os pesquisadores já haviam ligado esses períodos de resfriamento do Hemisfério Norte a mudanças nas correntes marinhas atlânticas, que reduziram o transporte de água quente até o Norte do planeta. Pela mesma razão, eles também haviam notado que a África subsaariana passou a sofrer com grandes períodos de seca. "Nossos novos dados, no entanto, contrastam com o resto da África subsaariana e mostram que o clima na África do Sul respondeu na direção oposta — com um aumento na quantidade de chuvas. Isso pode estar associado a uma movimentação global do cinturão de monções tropicais em direção ao sul", diz Ziegler.
Fábrica ancestral – Quando os dados climáticos foram comparados aos períodos de grande desenvolvimento cultural dos povos locais, os pesquisadores encontraram grandes coincidências:
os vestígios de fabricação acelerada de objetos durante a Média Idade da Pedra coincidem com os períodos de maiores chuvas. "De modo similar, o desaparecimento dessas indústrias parece coincidir com a transição para períodos mais secos", diz Ian Hall, pesquisador da Universidade de Cardiff. Os pesquisadores teorizam que isso poderia ter acontecido porque os períodos de maior umidade provocariam um crescimento da população local, aumentando a troca de informações culturais.
Os dados arqueológicos da África do Sul são importantes porque mostram algumas das evidências mais antigas do comportamento humano moderno. A pesquisa, no entanto, ainda não pode ser extrapolada para outras regiões do planeta. "A qualidade dos dados da África do Sul nos permitiu fazer correlações entre mudanças climáticas e comportamentais, mas precisaremos de dados de outras áreas antes de dizer que essa região teve importância primordial para o desenvolvimento da cultura humana moderna", diz Chris Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres.
Veja.com
Veja.com
Nasa anuncia perfuração de segunda rocha de Marte
A agência espacial americana anunciou nesta segunda (20) que o jipe-robô Curiosity perfurou a segunda rocha do solo de Marte. O jipe-robô vai analisar esta semana o pó retirado da rocha em seus laboratórios.
A perfuração realizada no domingo foi a primeira grande atividade do Curiosity em um hiato de um mês. A perfuração foi realizada em um local distante apenas 2,7 metros da primeira rocha perfurada pelo Curiosity, há três meses. Análises preliminares da primeira rocha mostraram provas de um antigo ambiente favorável à vida primitiva. Cientistas esperam que a segunda análise de rochas confirme a descoberta.
A pausa nas atividades científicas aconteceu por causa da checagem dos equipamentos, ocasionada por uma falha recente no computador do robô , e o período de conjunção solar, no qual o Sol fica entre Marte e Terra, prejudicando a comunicação entre os dois planetas.
Entenda o que os cientistas já sabem sobre a formação de tornados
O estado de Oklahoma, atingido por um tornado nesta segunda-feira (20), faz parte de uma região conhecida como “corredor dos tornados”, que tem uma das maiores incidências globais do fenômeno. Os Estados Unidos são o país onde esses ventos são mais comuns – são cerca de 1,2 mil por ano.
Um tornado é uma coluna de ar que gira em redemoinho em uma velocidade que pode ultrapassar os 400 km/h – o que faz dele o fenômeno natural com maior capacidade de destruição local.
Embora os tornados possam ocorrer em qualquer época do ano, os meses de maio e junho – primavera no hemisfério Norte – são os que têm mais ocorrências na região. É quando a massa de ar frio que vem do Canadá se encontra com a massa de ar quente que vem do Caribe sobre as planícies do centro do país, onde está Oklahoma.
Os cientistas ainda não conseguiram desvendar todos os mistérios por trás dos tornados, mas conhecem algumas das condições necessárias para que eles se formem. A principal delas é a presença de nuvens muito carregadas, o que ocorre quando essas massas de ar se encontram.
Essas nuvens – chamadas de cumulonimbus – puxam ar de áreas mais baixas, como as planícies. Dentro delas, o ar circula muito, adquire grande velocidade e forma colunas de ar. Quando essa coluna desce até o solo, forma um tornado.
As informações do infográfico abaixo foram obtidas junto à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Impacto de meteorito gera flash de luz na Lua
Um telescópio que monitora a lua capturou imagens de uma rocha de 40 quilos chocando-se contra a superfície lunar e criando um flash de luz, disseram cientistas da Nasa nesta sexta-feira.
A explosão, que ocorreu em 17 de março, foi a maior registrada desde que a Nasa começou a controlar os impactos de meteoritos na lua, há oito anos. Até agora, houve mais de 300 choques.
"Ele explodiu em um clarão quase 10 vezes mais brilhante do que qualquer coisa que tenhamos visto antes", disse em comunicado Bill Cooke, do escritório de estudos de meteoritos da Nasa no Centro Espacial Marshall de Huntsville, no Alabama.
Um satélite da Nasa a orbitar a lua busca agora a cratera recém-formada que os cientistas acreditam que teria um tamanho de até 20 metros.
O clarão era tão brilhante que qualquer pessoa que estivesse olhando para a lua no momento do impacto poderia tê-lo visto sem telescópio, afirmou a Nasa.
Depois de analisar as gravações digitais, os cientistas determinaram que a rocha espacial tinha 30 centímetros de diâmetro e viajava a cerca de 90.123 quilômetros por hora quando bateu na lua.
Exame.com
Estudo diz que geleiras da região do Everest diminuíram 13% em 50 anos
Cientistas divulgaram nesta semana que o Monte Everest, a maior montanha do mundo, já sofre impactos do aumento da temperatura global.
De acordo com o estudo, anunciado em uma conferência realizada em Cancún, no México, em 50 anos o gelo encontrado na região do Everest reduziu-se em 13% e pontos da montanha que antes ficavam totalmente cobertos já são visíveis.
De acordo com o estudo, anunciado em uma conferência realizada em Cancún, no México, em 50 anos o gelo encontrado na região do Everest reduziu-se em 13% e pontos da montanha que antes ficavam totalmente cobertos já são visíveis.
Geleiras com tamanho médio de 1 km² estão desaparecendo mais rapidamente e foi detectada uma redução de 43% da presença delas na superfície da montanha desde 1960. A exposição de rochas e escombros que antes ficavam nas profundezas do gelo aumentou 17% desde 1960. Já as extremidades das geleiras recuaram, em média, 400 metros nos últimos 50 anos.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Milão, na Itália, há suspeita de que a grande quantidade de emissões de gases de efeito estufa seja a principal causa da redução do gelo e neve na região do Everest. No entanto, eles ainda não estabeleceram uma ligação entre as mudanças na montanha e as mudanças climáticas.
Ritmo crescente de degelo Segundo o pesquisador Sudeep Thakuri, que liderou a equipe de cientistas durante o trabalho, patrocinado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), as informações foram obtidas com a ajuda de imagens de satélite do Parque Nacional Sagarmartha, além de mapas topográficos e reconstrução da história glacial da região. A análise estatística mostra ainda que a maioria das geleiras do parque recuam a ritmo crescente.
Dados hidrometeorológicos avaliados pelos cientistas apontaram também que, desde 1992, a temperatura da região do Monte Everest aumentou 0,6 ºC e as chuvas diminuíram em 100 milímetros nos períodos que antecipam as monções (mudança de ventos que proporcionam chuvas intensas durante os períodos de junho a agosto) e nos meses de inverno.
A próxima etapa da pesquisa é integrar os dados sobre as geleiras, a hidrologia e o clima na região, para entender melhor o ciclo das chuvas e a futura disponibilidade de água no Himalaia. “As calotas polares e o gelo himalaio são considerados uma fonte de água para a Ásia, para o consumo, agricultura e produção de energia”, explicou Thakuri.
G1
Mudanças em geleira do Tibete ameaçam rios na Ásia, diz estudo
As alterações nas geleiras do Tibete, entre a Índia e a China, representam uma ameaça para os rios dos dois países mais populosos do mundo. Uma pesquisa publicada online neste domingo (15) pela revista “Nature Climate Change” indica redução na área de mais de 7 mil geleiras localizadas na região.
A região do Tibete abriga o maior número de geleiras fora das regiões polares em todo o mundo. Lá nascem alguns dos principais rios da Ásia. Portanto, a redução dessas geleiras põe em risco o abastecimento de água e a produção de alimentos de toda a região.
A equipe de Tandong Yao, da Academia de Ciências da China, analisou a evolução das geleiras da região ao longo dos últimos 30 anos. Em cada região, as alterações aconteceram de uma forma própria. A cordilheira do Himalaia foi a parte mais afetada pela redução na área das geleiras.
O estudo concluiu que as alterações foram causadas não só pela mudança nas temperaturas da região, mas também pelas alterações na localizações das chuvas.
Países da região Ásia-Pacífico alertam para risco de guerra por água
Os esforços regionais para garantir o acesso à água, tanto no Centro quanto no Sudeste Asiático, provocam tensões entre vizinhos que dependem dos rios para alimentar uma população em pleno crescimento.
A urbanização vertiginosa, a mudança climática e a crescente demanda da agricultura aumentam a pressão sobre este bem cada dia mais escasso, enquanto a maioria das pessoas da região não têm acesso à água potável, apesar do forte crescimento econômico registrado nos últimos anos.
"Pode acontecer uma guerra pelos recursos", disse a primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, na reunião da Água Ásia-Pacífico, que ocorre na cidade tailandesa de Chiang Mai.
Projeto polêmico e mitigação
Uma empresa do país está por trás da construção de uma polêmica represa no Rio Mekong, um projeto criticado por dois países afetados, Vietnã e Camboja, que temem os efeitos sobre suas indústria agrícola e pesqueira.
Uma empresa do país está por trás da construção de uma polêmica represa no Rio Mekong, um projeto criticado por dois países afetados, Vietnã e Camboja, que temem os efeitos sobre suas indústria agrícola e pesqueira.
Os delegados aprovaram a "Declaração de Chiang Mai", na qual defendem a construção de uma resistência regional para prevenir os desastres naturais, compartilhar os conhecimentos técnicos na gestão dos recursos e colocar a segurança hídrica como destaque na agenda.
G1
Ação humana coloca planeta em nova época geológica, dizem cientistas
É o que defendem cientistas e geólogos que discutirão nesta semana o impacto da
ação humana e da natureza sobre os sistemas hídricos globais, na conferência
Water in the Anthropocene (Água no Antropoceno, em tradução livre), organizada
pelo Global Water System Project (GWSP), em Bonn, na Alemanha.
De acordo com os pesquisadores, o crescimento populacional, a construção de
metrópoles, o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis provocaram um efeito
no planeta comparável ao derretimento de geleiras ocorrido há 11.500 anos ─
evento que marca o início da época Holocena na escala de tempo geológico.
A escala de tempo geológico estabelece eones, eras, períodos, épocas e idades
que permitem categorizar as diferentes fases que vão da formação da Terra ao
presente.
O termo "Antropoceno", cunhado pelo Prêmio Nobel de Química Paul Crutzen em
2000 e adotado por parte da comunidade acadêmica na última década, ainda não é
reconhecido oficialmente.
Segundo a Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS, em inglês),
responsável pela definição da escala de tempo da Terra, estamos, ainda, na época
Holocena (iniciada há 11.500 anos).
A Holocena, por sua vez, faz parte de espaços de tempo geológicos mais
extensos: o período Quaternário (há 1,8 milhões de anos), a era Cenozoica (há 65
milhões de anos) e o éon Fanerozoico (há 543 milhões de anos).
Para uma ciência que trabalha com escalas relativas à história de 4,5 bilhões
de anos da Terra, o surgimento do homem (cerca de 200 mil anos atrás) é um
fenômeno recente e por isso costumava ocupar uma posição periférica nos estudos
geológicos.
Pela primeira vez, no entanto, o assunto está sendo analisado formalmente ─ a
ICS convocou especialistas que tem até 2016 para analisar os estratos geológicos
e definir o que seria o fim da época Holocena e o início da Antropocena.
Indícios do Antropoceno
"Reconhecer a ideia do Antropoceno é reconhecer o impacto irreversível das
atividades do homem, que afetam não somente os sistemas de água e recursos
naturais do planeta, mas também o que essas ações significam no futuro das
espécies", disse Brasil Janos Bogardi, vice-reitor da Universidade da ONU
e um dos moderadores da conferência em Bonn.
Para demarcar mudanças na escala de tempo geológica como a proposta do
Antropoceno, geólogos analisam marcas deixadas em rochas sedimentares e
organismos fossilizados.
Segundo os especialistas da GWSP, o homem move mais rochas e sedimentos do
que as forças do gelo, do vento e da água, acelera processos de erosão e libera
mais nitrogênio no ar do que plantas e outros organismos seriam capazes,
principalmente desde a segunda metade do século 21.
Mais do que ocupar a superfície da Terra de forma extensa, ─ como já
aconteceu em épocas anteriores ─ a urbanização, a globalização e o estilo de
vida do homem contemporâneo estão transformando a forma como o planeta
funciona.
Dados da GWSP comprovam que a ação humana é responsável pelo desmatamento de
uma área do tamanho da América do Sul para agricultura e outra do tamanho da
África para pecuária, o que teria impactado o clima, o solo e a vida de espécies
no planeta.
Exportações Indiretas
Para Bogardi, classificar o atual capítulo da história da Terra de
Antropoceno funcionaria não somente como uma mera nomenclatura, mas como um
alerta. "As consequências das ações do homem não afetam o planeta apenas de
forma local, mas provocam coletivamente um impacto na constituição da Terra e
discutir isso serve para minimizar as consequências e danos irreversíveis que
afetariam o globo da pior forma no futuro", diz.
"O Brasil, que é o segundo país mais rico em água do mundo, somente atrás da
Rússia, exporta não somente produtos agrícolas para países europeus, mas também
exporta virtualmente seus recursos naturais para balancear a ausência de água ou
nutrientes do solo em outros países."
De acordo com Bogardi, o Brasil exporta de forma indireta ─ durante os
processos de produção agrícola e pecuária para exportação ─ 5,7 quilômetros
cúbicos de água por ano somente para a Alemanha.
Por isso, ele defende, debater o uso dos recursos como a água não seria
apenas papel do Brasil, mas de um esforço conjunto de países. Mas a discussão
sobre a nova época Antropocena seria tanto sobre as "más notícias" e desafios,
como sobre oportunidades e qualidades.
"Parte do crescimento econômico e desenvolvimento social que o Brasil vive
hoje vem dessa enorme potencialidade do uso de recursos, por exemplo, então a
proposta não é acabar com a ação humana no planeta, mas debater como fazer isso
de forma sustentável para o futuro", explica.
BBC
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Água com 1,5 bilhão de anos descoberta no Canadá pode ter vida
Cientistas do Canadá e do Reino Unido encontraram em uma mina a 2,4 quilômetros
de profundidade em Ontário bolsões de água que estavam isolados havia pelo menos
1,5 bilhão de anos. Segundo os pesquisadores, o local pode abrigar vida e tem
rochas similares àquelas descobertas em Marte, o que pode nos ajudar a entender
como seriam as formas de vida caso elas tenham existido - ou ainda existam - no
planeta vermelho.
O estudo, divulgado nesta quarta-feira na revista especializada
Nature, descobriu que essa água é abundante em substâncias químicas
necessárias à vida e pode ser uma das mais antigas do nosso planeta. Além disso,
a descoberta pode levar a entendermos melhor como micro-organismos isolados
evoluem.
Os cientistas afirmam que a água é rica em gases dissolvidos, como
hidrogênio, metano e gases nobres - como hélio, neônio, argônio e xenônio. A
grande quantidade de hidrogênio é similar à encontrada em chaminés hidrotermais
- regiões profundas do oceano com grande quantidade de vida, principalmente
microscópica, que tira sua energia do calor das profundezas da Terra. Segundo os
cientistas, mesmo sem receber a energia do Sol, os seres vivos da mina canadense
conseguiriam energia dos gases.
As rochas do local têm cerca de 2,7 bilhões de anos, mas ninguém
imaginava que a água também era tão velha. Agora, os pesquisadores usaram novas
técnicas para mostrar que o líquido tem pelo menos 1,5 bilhão de anos, mas pode
ser muito mais velho.
"Encontramos um sistema fluido interconectado na profundeza do
embasamento cristalino canadense que tem bilhões de anos e é capaz de suportar vida. Nossas
descobertas são de grande interesse para pesquisadores que tentam entender como
micróbios evoluem em isolamento, e é central para a questão da origem da vida, a
manutenção da vida, e a vida em ambientes extremos e outros planetas", diz Chris
Ballentine, professor da Universidade de Manchester (Reino Unido).
Antes da descoberta na mina, a única água tão antiga conhecida
estava presa em pequenas bolhas em rochas e era incapaz de manter vida. O
líquido encontrado nas profundezas canadenses verte da pedra a uma taxa de dois
litros por minutos, parecido com outra mina da África do Sul, a 2,8 quilômetros
de profundidade, e na qual se descobriu vida. Contudo, nesta, a água é bem mais
nova.
"Nossos colegas canadenses estão tentando descobrir agora se a
água contém vida. O que nós temos certeza é que identificamos uma maneira pela
qual planetas podem criar e preservar um ambiente amigável à vida microbiana por
bilhões de anos. E isso é independente de quão inóspita a superfície possa ser,
abrindo a possibilidade de ambientes similares no subsolo de Marte", diz Greg
Holland, da Universidade de Lancaster, também do Reino Unido.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Insetos podem ajudar a combater a fome, diz FAO
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou nesta segunda-feira (13) um relatório que destaca a importância dos insetos comestíveis no combate à fome no mundo. Dados coletados por um estudo científico foram apresentados pelo brasileiro José Graziano da Silva, diretor geral da FAO, durante a Conferência Internacional sobre Florestas para Segurança Alimentar e Nutricional, em Roma, na Itália.
“Animais selvagens e insetos são muitas vezes a principal fonte de proteína para pessoas em áreas florestais, enquanto as folhas, sementes e frutas fornecem vitaminas e minerais, garantindo uma dieta nutritiva”, disse ele. Estima-se que os insetos façam parte de dietas tradicionais de pelo menos 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Além de servir de alimento, a coleta desse animais podem gerar emprego e renda à população.
Os insetos compõem uma lista de cerca de 1 milhão de espécies conhecidas, o equivalente a mais da metade de todos os organismos vivos classificados até o momento no planeta. Segundo a pesquisa da FAO, realizada em parceria com a Universidade de Wageningen, na Holanda, mais de 1,9 mil espécies de insetos servem de alimento a seres humanos.
As que mais são consumidas são os besouros (31%), as lagartas (18%), as abelhas, vespas e formigas (14%) e os gafanhotos e grilos (13%). Muitos deles são ricos em proteína e gorduras boas, além de cálcio, ferro e zinco.
“Nós não estamos dizendo que as pessoas devem sair comendo insetos”, disse Eva Muller, diretora de uma das divisões da FAO e co-autora da pesquisa, intitulada ‘Insetos comestíveis: perspectivas futuras para a comida e para a segurança alimentar’. “Estamos dizendo que os insetos são apenas um dos recursos fornecidos pelas florestas, e que eles são praticamente inexplorados pelo seu potencial para a alimentação.”
O relatório defende que o cultivo sustentável de insetos poderia ajudar as espécies que já são sobre-exploradas. Por serem animais de sangue frio, eles não precisam usar a energia da alimentação para manter a temperatura corporal. Com isso, os insetos consomem em média apenas 2 kg de ração para produzir 1 kg de carne. Os gados, por outro lado, precisam consumir 8 kg de comida para produzir o mesmo 1 kg.
“O setor privado está pronto para investir na criação de insetos. Temos grandes oportunidades diante de nós”, afirmou Paul Vantomme, um dos autores do relatório. “Mas enquanto não há clareza na esfera judicial, nenhuma grande empresa vai querer assumir o risco de investir fundos. As leis enquanto permanecem obscuras atrapalham o desenvolvimento desse novo setor.”
Época
“Animais selvagens e insetos são muitas vezes a principal fonte de proteína para pessoas em áreas florestais, enquanto as folhas, sementes e frutas fornecem vitaminas e minerais, garantindo uma dieta nutritiva”, disse ele. Estima-se que os insetos façam parte de dietas tradicionais de pelo menos 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Além de servir de alimento, a coleta desse animais podem gerar emprego e renda à população.
Os insetos compõem uma lista de cerca de 1 milhão de espécies conhecidas, o equivalente a mais da metade de todos os organismos vivos classificados até o momento no planeta. Segundo a pesquisa da FAO, realizada em parceria com a Universidade de Wageningen, na Holanda, mais de 1,9 mil espécies de insetos servem de alimento a seres humanos.
As que mais são consumidas são os besouros (31%), as lagartas (18%), as abelhas, vespas e formigas (14%) e os gafanhotos e grilos (13%). Muitos deles são ricos em proteína e gorduras boas, além de cálcio, ferro e zinco.
Sem confusões
O relatório defende que o cultivo sustentável de insetos poderia ajudar as espécies que já são sobre-exploradas. Por serem animais de sangue frio, eles não precisam usar a energia da alimentação para manter a temperatura corporal. Com isso, os insetos consomem em média apenas 2 kg de ração para produzir 1 kg de carne. Os gados, por outro lado, precisam consumir 8 kg de comida para produzir o mesmo 1 kg.
“O setor privado está pronto para investir na criação de insetos. Temos grandes oportunidades diante de nós”, afirmou Paul Vantomme, um dos autores do relatório. “Mas enquanto não há clareza na esfera judicial, nenhuma grande empresa vai querer assumir o risco de investir fundos. As leis enquanto permanecem obscuras atrapalham o desenvolvimento desse novo setor.”
Época
Núcleo da Terra gira em velocidade diferente e sem sincronia com o planeta
O núcleo da Terra gira a diferentes velocidades, acelerando e desacelerando com frequência, e este movimento não é sincronizado com a da massa restante do planeta, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (13) na Austrália.
A pesquisa liderada por Hrvoje Tkalcic, da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), revelou que não só a taxa de rotação do núcleo é diferente da do manto - a camada que fica abaixo da crosta terrestre -, mas, além disso, sua velocidade é variável.
"É a primeira evidência experimental que o núcleo roda a diferentes velocidades", disse Tkalcic em comunicado da ANU.
Os pesquisadores descobriram que em comparação com o manto, o núcleo girou mais velozmente na década de 1970 e 1990, mas desacelerou na de 1980.
"A aceleração mais dramática provavelmente ocorreu nos últimos anos, embora precisamos fazer mais testes para confirmar esta observação", comentou Tkalcic, ao lembrar que Edmund Halley tenha especulado que as camadas internas da Terra rodavam em uma velocidade diferente, em 1692.
Para efeitos do estudo, o especialista em física e matemática analisou, através de um método inovador, os registros dos terremotos duplos dos últimos 50 anos para medir a velocidade da rotação do núcleo terrestre.
Os terremotos duplos são dois tremores de magnitude quase idêntica que podem ser registrados em um período que varia entre duas semanas a 40 anos, e que se diferenciam das réplicas.
Tkalcic comentou que lhe pareceu emocionante ver que "inclusive com uma diferença de 10, 20 ou 30 anos, estes terremotos se assemelham. Cada par tem uma leve diferença, e esta [diferença] corresponde ao núcleo. Pudemos usar essa diferença para reconstruir a história de como o núcleo girou nos últimos 50 anos".
Tkalcic diz acreditar que seu novo método ajudará no entendimento do papel do núcleo terrestre na criação do campo magnético que permitiu a evolução da vida no planeta, ao agir como um escudo contra a radiação cósmica, segundo comunicado da ANU.
Tempestades solares mais fortes do ano são registradas
Em menos de 24 horas, o Sol registrou suas duas maiores tempestades do ano. Ambos os eventos foram do tipo X, o mais forte na classificação desses eventos solares.
A Nasa anunciou que a primeira tempestade aconteceu na noite de domingo e foi classificada como X1,7. Pouco depois, ao meio-dia desta segunda, aconteceu uma ainda mais forte, do tipo X-2,8.
As erupções solares são classificadas pelos cientistas conforme seu brilho em raios X um um determinado intervalo de comprimento de onda. As de classe X são grandes erupções, que podem desencadear a suspensão de diversas atividades eletromagnéticas e afetar a comunicação da Terra.
As de classe M são erupções de média intensidade e afetam sobretudo os polos, podendo haver rápidos bloqueios nas emissões de rádio. Já as de classe C são pequenas erupções e não afetam a Terra.
Os dois eventos emitiram uma grande quantidade de radiação ultravioleta, além de terem ejetado massa coronal (plasma solar) a altas temperaturas.
Nenhum planeta estava na "linha de fogo" da fúria solar, mas é possível que o material ejetado atinja sondas da Nasa.
Os cientistas esperam que, nas próximas 24 a 48 horas, seja possível saber mais informações sobre a mancha solar das explosões, como o tamanho, a intensidade magnética e a possibilidade de novas explosões.
A tendência é que as explosões solares continuem. O Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, em que se alternam períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o fim deste ano.
domingo, 12 de maio de 2013
Depósitos de lixo tóxico afetam milhões em nações pobres
Viver perto de um depósito de lixo tóxico induz saúde precária. E cientistas sabem que o problema é bem disseminado em países em desenvolvimento, onde existem poucos programas de limpeza. Um par de novos estudos adiciona detalhes muito necessários a respeito do quanto, exatamente, esse problema pode ser generalizado e nocivo.
Um estudo conduzido pela Icahn School of Medicine at Mount Sinai na cidade de Nova York observou 373 depósitos na Índia, Filipinas e Indonésia, e calculou os danos causados à vida humana pelos elevados níveis de chumbo, crômio e outros elementos tóxicos.
O trabalho, publicado online em Environmental Health Perspectives em 4 de maio, descobriu que morar perto de locais tóxicos levava a impactos de saúde comparáveis a todos os problemas de malária combinadas nesses três países, ou até todos os impactos negativos de poluição do ar.
Os pesquisadores usaram “anos de vida perdidos ajustados por incapacidade” , [ou DALYs, na sigla em inglês] como forma de quantificar a influência de toxinas ambientais nas mortes ou doenças prematuras. Um DALY é igual a um ano perdido de vida saudável.
“Estimamos que mais de oito milhões de pessoas nesses países sofreram com doença, incapacidade ou morte resultantes da exposição a contaminantes industriais em 2010, totalizando 828.722 DALYs”, escreveram os autores.
Isso significa que entre as 8,6 milhões de pessoas vivendo perto desses locais, estima-se que 828.722 anos de vida saudável tenham sido perdidos. Quase dois terços dos indivíduos vivendo perto desses locais eram mulheres em idade fértil ou crianças.
Um estudo conduzido pela Icahn School of Medicine at Mount Sinai na cidade de Nova York observou 373 depósitos na Índia, Filipinas e Indonésia, e calculou os danos causados à vida humana pelos elevados níveis de chumbo, crômio e outros elementos tóxicos.
O trabalho, publicado online em Environmental Health Perspectives em 4 de maio, descobriu que morar perto de locais tóxicos levava a impactos de saúde comparáveis a todos os problemas de malária combinadas nesses três países, ou até todos os impactos negativos de poluição do ar.
Os pesquisadores usaram “anos de vida perdidos ajustados por incapacidade” , [ou DALYs, na sigla em inglês] como forma de quantificar a influência de toxinas ambientais nas mortes ou doenças prematuras. Um DALY é igual a um ano perdido de vida saudável.
“Estimamos que mais de oito milhões de pessoas nesses países sofreram com doença, incapacidade ou morte resultantes da exposição a contaminantes industriais em 2010, totalizando 828.722 DALYs”, escreveram os autores.
Isso significa que entre as 8,6 milhões de pessoas vivendo perto desses locais, estima-se que 828.722 anos de vida saudável tenham sido perdidos. Quase dois terços dos indivíduos vivendo perto desses locais eram mulheres em idade fértil ou crianças.
Os autores não tiveram dados diretos de níveis sanguíneos ou informações de biomarcadores para fazer seus cálculos. Em vez disso, eles usaram dados ambientais para as áreas ao redor dos locais. Para a exposição ao chumbo, por exemplo, eles usaram níveis de chumbo na água potável ou no solo, e um modelo da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos que traduz os dados em níveis projetados de chumbo no sangue.
Eles também usaram planilhas da Organização Mundial da Saúde “que nos informavam quantas pessoas desenvolveriam doença cardiovascular ou leve retardo mental com esses níveis”, explica Kevin Chatham-Setephens, autor do estudo e pediatra do Mount Sinai Hospital que se concentra em saúde ambiental. Mais de 99% dos impactos negativos na saúde a partir de exposição a tóxicos foram de chumbo ou crômio, apesar de os autores também estudarem cádmio e pesticidas como o DDT.
As descobertas ainda envolvem alguns agentes desconhecidos e algumas suposições, reconhecem os autores.
A análise não leva em conta o impacto sinérgico ou antagônico da exposição simultânea a vários elementos, por exemplo. Como os pesquisadores fizeram o monitoramento de apenas um grande contaminante químico por local, e normalmente só consideraram seu impacto cancerígeno e um não-cancerígeno, suas estimativas podem não refletir o panorâma completo.
Os locais pesquisados, como antigos curtumes e áreas de reciclagem de baterias de chumbo, foram selecionados de uma base de dados de áreas contaminadas identificados pelo Instituto Blacksmith, uma organização internacional sem fins lucrativos com sede na cidade de Nova York.
Como dados de censo frequentemente não são robustos em países de baixa e média renda, os pesquisadores também usaram uma análise de elaborada por funcionários do Blacksmith para estimar números populacionais com imagens de satélite, entrevistas governamentais e confirmação visual.
Chatham-Stephens também comandou o segundo estudo, que foi apresentado em 6 de maio na reunião anual da Pediatric Academic Societies em Washington, capital. Ele e outros pesquisadores analisaram o que a exposição de chumbo do solo e água em locais tóxicos em 31 países de baixa e média renda poderia significar para a saúde de longo prazo de crianças e recém-nascidos vivendo nas comunidades circundantes.
Eles também usaram planilhas da Organização Mundial da Saúde “que nos informavam quantas pessoas desenvolveriam doença cardiovascular ou leve retardo mental com esses níveis”, explica Kevin Chatham-Setephens, autor do estudo e pediatra do Mount Sinai Hospital que se concentra em saúde ambiental. Mais de 99% dos impactos negativos na saúde a partir de exposição a tóxicos foram de chumbo ou crômio, apesar de os autores também estudarem cádmio e pesticidas como o DDT.
As descobertas ainda envolvem alguns agentes desconhecidos e algumas suposições, reconhecem os autores.
A análise não leva em conta o impacto sinérgico ou antagônico da exposição simultânea a vários elementos, por exemplo. Como os pesquisadores fizeram o monitoramento de apenas um grande contaminante químico por local, e normalmente só consideraram seu impacto cancerígeno e um não-cancerígeno, suas estimativas podem não refletir o panorâma completo.
Os locais pesquisados, como antigos curtumes e áreas de reciclagem de baterias de chumbo, foram selecionados de uma base de dados de áreas contaminadas identificados pelo Instituto Blacksmith, uma organização internacional sem fins lucrativos com sede na cidade de Nova York.
Como dados de censo frequentemente não são robustos em países de baixa e média renda, os pesquisadores também usaram uma análise de elaborada por funcionários do Blacksmith para estimar números populacionais com imagens de satélite, entrevistas governamentais e confirmação visual.
Chatham-Stephens também comandou o segundo estudo, que foi apresentado em 6 de maio na reunião anual da Pediatric Academic Societies em Washington, capital. Ele e outros pesquisadores analisaram o que a exposição de chumbo do solo e água em locais tóxicos em 31 países de baixa e média renda poderia significar para a saúde de longo prazo de crianças e recém-nascidos vivendo nas comunidades circundantes.
Usando estimativas populacionais e cálculos sobre chumbo pelo sangue, a equipe estima que em 2010 quase 800 mil crianças com menos de quatro anos foram expostas a chumbo em 200 locais de risco. Na maioria dos locais, que incluíam usinas de reciclagem de baterias e comunidades onde mineiros vivem e inconscientemente levam toxinas para casa em suas roupas ou corpos, estimou-se que os níveis de chumbo eram altos o suficiente para provocar níveis elevados de chumbo no sangue além daqueles considerados seguros pelos Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Em comparação, estimativas recentes do CDC sugerem que quase 500 mil crianças entre as idades de um e cinco anos vivendo nos Estados Unidos tem níveis elevados de chumbo que requerem intervenção.
Os autores estimam que os níveis perigosos de chumbo nesses países de baixa e média renda provocam uma perda de cinco a oito pontos de QI na população, além de mais de 51 mil DALYs. Eles estimam que a exposição nesses ambientes provoque leve retardo mental em aproximadamente seis de cada mil pessoas. Esses números soam razoáveis com base na escala do trabalho, comenta Bruce Lanphear, professor de saúde ambiental infantil da Simon Fraser University em Vancouver, que não se envolveu no estudo.
O impacto desse tipo de exposição tóxica é claramente preocupante, aponta Chatham-Stephens. “Se você perder um ponto de QI, é importante pensar em quanto isso reduz o aprendizado de uma vida, e pensar sobre seu impacto econômico. Com esses dados, nós podemos começar a pensar sobre perdas econômicas nesses locais e em quanto custa limpá-los – e então no quanto será economizado por limpar esses locais e eliminar essas exposições”. A maioria desses lugares não tem programas de limpeza de lixo, apontam os autores.
Apesar de a comunidade científica geralmente ficar ciente dos problemas, “ninguém tentou documentar essas exposições em termos do que acontece, e esse primeiro passo é uma abordagem razoável”, explica Kyle Steenland, professor de saúde ambiental da Escolha Rollins de Saúde Pública da Emory University e estudioso da exposição ocupacional ao chumbo. Ele alertou que como estudos se baseiam muito em estimativas, os dados podem ser considerados apenas uma primeira tentativa de quantificar o problema. “Existe uma grande quantidade de incerteza em cada passo dado aqui.
Em comparação, estimativas recentes do CDC sugerem que quase 500 mil crianças entre as idades de um e cinco anos vivendo nos Estados Unidos tem níveis elevados de chumbo que requerem intervenção.
Os autores estimam que os níveis perigosos de chumbo nesses países de baixa e média renda provocam uma perda de cinco a oito pontos de QI na população, além de mais de 51 mil DALYs. Eles estimam que a exposição nesses ambientes provoque leve retardo mental em aproximadamente seis de cada mil pessoas. Esses números soam razoáveis com base na escala do trabalho, comenta Bruce Lanphear, professor de saúde ambiental infantil da Simon Fraser University em Vancouver, que não se envolveu no estudo.
O impacto desse tipo de exposição tóxica é claramente preocupante, aponta Chatham-Stephens. “Se você perder um ponto de QI, é importante pensar em quanto isso reduz o aprendizado de uma vida, e pensar sobre seu impacto econômico. Com esses dados, nós podemos começar a pensar sobre perdas econômicas nesses locais e em quanto custa limpá-los – e então no quanto será economizado por limpar esses locais e eliminar essas exposições”. A maioria desses lugares não tem programas de limpeza de lixo, apontam os autores.
Apesar de a comunidade científica geralmente ficar ciente dos problemas, “ninguém tentou documentar essas exposições em termos do que acontece, e esse primeiro passo é uma abordagem razoável”, explica Kyle Steenland, professor de saúde ambiental da Escolha Rollins de Saúde Pública da Emory University e estudioso da exposição ocupacional ao chumbo. Ele alertou que como estudos se baseiam muito em estimativas, os dados podem ser considerados apenas uma primeira tentativa de quantificar o problema. “Existe uma grande quantidade de incerteza em cada passo dado aqui.
Scientific American
Mudança climática deve reduzir variedade de plantas e animais, diz estudo
Segundo a pesquisa, a biodiversidade ao redor do mundo sofrerá duramente se
as temperaturas subirem acima de 2ºC. E os principais efeitos devem ser sentidos
na Amazônia, na África Subsaariana, na América Central e na Austrália.
"Nossa pesquisa prevê que as mudanças climáticas vão reduzir drasticamente a
diversidade até mesmo de espécies comuns encontradas na maior parte do mundo",
afirma a principal autora do estudo, Rachel Warren, da Universidade de East
Anglia (Reino Unido).
"A perda de biodiversidade em escala global vai empobrecer a biosfera e os
ecossistemas de forma significativa."
Para os humanos, o efeito colateral é de que "essas espécies são importantes
para purificação do ar e da água, controle de enchentes, cliclo de nutrientes e
ecoturismo".
Sobrevivência
O estudo, realizado por pesquisadores do Reino Unido, da Colômbia e da
Austrália, acompanhou quase 50 mil espécies em todo o mundo, analisando
temperaturas e índices pluviométricos em seus habitats.
Eles mapearam as áreas que continuariam sendo aptas para a sobrevivência
dessas espécies em diferentes cenários climáticos.
Se não houver esforços significativos para limitar a emissões de gases do
efeito estufa, dois terços das plantas e quase a metade dos animais perderão
habitat até o ano 2080.
A boa notícia, porém, é que essas perdas podem ser contidas se houver ações
para mitigar as mudanças climáticas.
"Ações rápidas podem reduzir essas perdas em 60% e dar mais 40 anos para que
as espécies se adaptem (às mudanças)", diz o estudo. "Ao reduzir o aquecimento
global de 4ºC para 2ºC, ganhamos tempo de adaptação aos 2 graus restantes."
Biodiversidade ameaçada
Mas, se o cenário negativo se confirmar, a biodiversidade de plantas e
animais comuns vai encolher praticamente no mundo inteiro.
"É preocupante, porque mesmo pequenos declínios dessas espécies podem afetar
significativamente os ecossistemas", afirma Warren.
O estudo analisou o aumento das temperaturas, mas é preciso levar em
consideração outros problemas, diz Warren.
"(A ocorrência de) eventos climáticos extremos, pestes e doenças significa
que nossas estimativas são provavelmente conservadoras. Os animais em especial
devem sofrer, porque perderão parte de seus alimentos vindos das plantas."
Répteis e anfíbios talvez sejam os mais ameaçados nesse cenário.BBC.com
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