As consequências do derretimento do Ártico para a economia local já foram estimados por cientistas. O degelo vai facilitar rotas comerciais ao norte da Europa e abrirá novas áreas de exploração de petróleo e gás, gerando milhões em recursos para a região do Ártico. Mas o que acontece em outras regiões do mundo? Segundo um artigo publicado na revista científica Nature, o derretimento no polo norte é uma "bomba-relógio econômica" que pode causar prejuízos de até US$ 60 trilhões.
O artigo, assinado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, estima os problemas econômicos que podem ocorrer no caso do descongelamento do permafrost da Sibéria. O permafrost é uma camada de solo permanentemente congelado no Ártico. Os pesquisadores estimam que, debaixo dessa camada, há uma reserva de mais de 50 gigatoneladas de metano, um gás de efeito estufa mais forte do que o CO2.
Os pesquisadores usaram modelos de computador para estimar o impacto da emissão de todo esse metano. Segundo o estudo, essa quantidade de metano tem o potencial de acelerar o aquecimento global e aumentar a média de temperatura em 2 graus em pouco mais de 15 anos.
Depois, os pesquisadores avaliaram o impacto econômico que esse aquecimento acelerado pode causar na economia global. "Se não houver medidas para mitigar as mudanças climáticas, nosso modelo calcula que o descongelamento iria aumentar o impacto global em US$ 60 trihões", disse Chris Hope, um dos autores do estudo, segundo a Nature. A maior parte desse prejuízo cairia nas costas dos mais pobres: Hope estima que 80% dos danos ocorreriam em países em desenvolvimento.
No ano passado, o Ártico quebrou um recorde no derretimento do mar congelado. Em setembro, o polo norte registrou a menor extensão de gelo desde o início do monitoramento. O derretimento do mar congelado contribui diretamente para o descongelamento do permafrost da Sibéria.
Perigo à espreita
Sob a camada de gelo do Ártico, existem reservas gigantes de metano (CH4), um gás efeito estufa 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2). O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, por sua vez contribuiria para o aquecimento adicional do planeta, destaca o estudo.
" Fenômenos como inundação de áreas baixas, extremos de calor, secas e tempestades serão ampliados pelas emissões de metano", escrevem os pesquisadores.
No nível mais superficial, o próprio degelo da cobertura da região contribuiria para intensificar o fenômeno. Uma vez que a camada de gelo aumenta a refletividade dos raios solares, na sua ausência, mais calor passará a ser absorvido pela terra.
Nos últimos anos, durante o verão, a redução do gelo no Ártico tem se intensificado de tal maneira que atingiu um mínimo de 3,4 milhões de quilômetros quadrados, em 2012, 18% a menos do que o recuo em 2007 e 50% abaixo da média dos anos oitenta e noventa.
Perigo à espreita
Sob a camada de gelo do Ártico, existem reservas gigantes de metano (CH4), um gás efeito estufa 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2). O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, por sua vez contribuiria para o aquecimento adicional do planeta, destaca o estudo.
" Fenômenos como inundação de áreas baixas, extremos de calor, secas e tempestades serão ampliados pelas emissões de metano", escrevem os pesquisadores.
No nível mais superficial, o próprio degelo da cobertura da região contribuiria para intensificar o fenômeno. Uma vez que a camada de gelo aumenta a refletividade dos raios solares, na sua ausência, mais calor passará a ser absorvido pela terra.
Nos últimos anos, durante o verão, a redução do gelo no Ártico tem se intensificado de tal maneira que atingiu um mínimo de 3,4 milhões de quilômetros quadrados, em 2012, 18% a menos do que o recuo em 2007 e 50% abaixo da média dos anos oitenta e noventa.
Época.com
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