Conhecida há mais de meio século, a poluição marinha por lixo plástico é um problema ambiental que não para de crescer. Mas um novo estudo, publicado no periódico Environmental Science & Technology, indica que esses resíduos abrigam uma vida secreta.
Os cientistas descobriram que uma multidão variada de microrganismos colonizam e prosperam nessas ilhas submarinas de plástico, representando uma nova comunidade microbiana batizada de “Plastisphere”.
Habitantes do “plastisphere” incluem bactérias patológicas do grupo vibrião, causadoras de cólera e perturbações gastrointestinais, além de micróbios conhecidos por quebrar as ligações de hidrocarbonetos do plástico, ajudando no processo de biodegradação desse material.
Realizada em colaboração por três instituições americanas – o Sea Education Association (SEA), o Marine Biological Laboratory e Woods Hole Oceanographic Institution – a pesquisa analisou pequenos detritos plásticos (alguns de milímetros) encontrados em redes de pesca em vários locais ao norte do Oceano Atlântico nas navegações científicas.
Realizada em colaboração por três instituições americanas – o Sea Education Association (SEA), o Marine Biological Laboratory e Woods Hole Oceanographic Institution – a pesquisa analisou pequenos detritos plásticos (alguns de milímetros) encontrados em redes de pesca em vários locais ao norte do Oceano Atlântico nas navegações científicas.
Utilizando técnicas de microscopia eletrônica e de sequenciação de gene, os pesquisadores encontraram pelo menos 1000 diferentes tipos de células de bactérias em amostras do plástico, incluindo muitas espécies individuais não identificadas, que incluíam plantas, algas e bactérias que produzem seu próprio alimento.
Segundo os cientistas, os organismos que habitam a “plastisphere” são diferentes daqueles encontrados na água do mar em outros materiais flutuantes, como madeiras e microalgas. Os plásticos oferecem condições diferentes, incluindo a capacidade de durar muito mais tempo sem degradar, o que indica que eles atuam como recifes artificiais microbianos, selecionando micróbios distintos, dizem os pesquisadores.
Como um novo habitat ecológico, o “platisphere” levanta uma série de perguntas, que deverão nortear as pesquisas daqui pra frente, de acordo com os cientistas. Como ele vai mudar as condições ambientais para outros microorganismos marinhos? Será que no ecossistema global do oceano, essa nova comunidade pode afetar organismos maiores? Como eles estão alterando esse ecossistema, e qual é o destino final dessas partículas no oceano? A conferir!!!
Exame.com
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