E se ao invés de alugar um carro, você tivesse que pagar por um barco para visitar cidades turísticas como Nova York, Boston e Miami? Seus bisnetos correm risco de passar por isso. Um novo estudo indica que os Estados Unidos possuem 1700 lugares vulneráveis à elevação do nível do mar.
De acordo com a pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, em 2100, a vida nesses lugares não será a mesma por conta do aquecimento global.
Os cientistas dizem que o futuro dessas regiões está selado, porque ainda que o mundo reduza as emissões de gases efeito estufa, vai demorar um bom tempo até que a concentração atual desses gases na atmosfera diminua. Já que nem uma coisa nem outra acontecem, os riscos se acumulam.
Um estudo recente, também publicado na PNAS pelo cientista do clima Anders Levermann estima que o aumento de 1º C no aquecimento da atmosfera levaria, eventualmente, a um aumento de 2 a 3 metros no nível do mar.
Cerca de metade da população de Cambridge e Massachusetts poderia ser presa a um futuro abaixo do nível do mar no início de 2060, segundo o estudo, divulgado pelo britânico Guardian. Várias cidades costeiras no Texas também são vulneráveis.
Mas o estado americano mais exposto, segundo o estudo, é a Flórida. Até o final do século, os efeitos da elevação do nível do mar e das ressacas e enchentes cada vez mais fortes provocadas por furacões e tempestades tropicais poderão fazer a segunda maior cidade do estado, Miami, submergir.
Outro estudo, feito pelo grupo Climate Central, prevê que se a elevação do nível do mar chegar a 1,2 metros até 2030, a maior parte das praias de Miami serão varridas do mapa.
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