Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um chip que pode levar a base tecnológica da TV holográfica a um custo muito acessível ao consumidor. Ignorando os custos relativos à infraestrutura necessária para a sua construção, é possível trazer o chip à luz gastando cerca de US$ 10. A novidade, garante o coordenador do grupo de estudos, pode acelerar a chegada das TVs holográficas, que representam um passo à frente das TVs 3D, para os domicílios, situação prevista para ocorrer em até 10 anos.
A invenção saiu das mãos de Daniel Smalley, aluno do MIT membro do grupo de pesquisas intitulado Object-Based Media há 10 anos, época em que teve contato com a holografia pela primeira vez e a tornou seu objeto de investigação acadêmica. Seu projeto de doutorado, na área de holografia, é a base da recente descoberta. Holografia já era alvo de interesse no Instituto desde a década de 1980, mas ganhou força na última década graças às possibilidades do vídeo digital. Smalley construiu um protótipo que gera projeções holográficas coloridas (até então o mais comum era imagens monocromáticas) em resolução semelhante ao padrão das TVs comuns (30 quadros por segundo).
Tecnicamente, tecnologia capaz de realizar transmissões holográficas em tempo real já existe, o grande salto seria melhorar a resolução e torná-la acessível ao mercado consumidor, explicou o professor e coordenador do grupo, Michael Bove. E é por isso que o chip desenhado por Smalley pode ser comemorado e aguardado com grande ansiedade.
Bove comenta que há muita expectativa em torno da holografia, imaginada pela ficção científica desde cedo. Há exemplos das expectativas do que a tecnologia poderia prover em Star Wars, com a mensagem holográfica enviada pela Princesa Leia; em Star Trek, com a sala de projeções virtuais Holodeck; em Minority Report; e em Homem de Ferro – com direito a manipulação das projeções a partir de gestos.
A invenção saiu das mãos de Daniel Smalley, aluno do MIT membro do grupo de pesquisas intitulado Object-Based Media há 10 anos, época em que teve contato com a holografia pela primeira vez e a tornou seu objeto de investigação acadêmica. Seu projeto de doutorado, na área de holografia, é a base da recente descoberta. Holografia já era alvo de interesse no Instituto desde a década de 1980, mas ganhou força na última década graças às possibilidades do vídeo digital. Smalley construiu um protótipo que gera projeções holográficas coloridas (até então o mais comum era imagens monocromáticas) em resolução semelhante ao padrão das TVs comuns (30 quadros por segundo).
Tecnicamente, tecnologia capaz de realizar transmissões holográficas em tempo real já existe, o grande salto seria melhorar a resolução e torná-la acessível ao mercado consumidor, explicou o professor e coordenador do grupo, Michael Bove. E é por isso que o chip desenhado por Smalley pode ser comemorado e aguardado com grande ansiedade.
Bove comenta que há muita expectativa em torno da holografia, imaginada pela ficção científica desde cedo. Há exemplos das expectativas do que a tecnologia poderia prover em Star Wars, com a mensagem holográfica enviada pela Princesa Leia; em Star Trek, com a sala de projeções virtuais Holodeck; em Minority Report; e em Homem de Ferro – com direito a manipulação das projeções a partir de gestos.
A ansiedade é tanta que muitos já acreditaram ter visto holografia onde na verdade o que havia era um truque óptico maquiado com muito marketing. Exemplos já clássicos desse estilo enganador são a aparição de Al Gore no Live Earth, em 2007; o Príncipe Charles, durante o World Future Energy Summit 2008, ou, mais recentemente, a ressurreição de Tupac, cantando ao lado Snoop Dog e Dr. Dre no palco do Coachella 2012. Nestes casos, a técnica usada data do século 19 e é conhecida como Pepper’s Ghost, na qual o que se vê é resultado do reflexo de um objeto iluminado sob determinado ângulo.
A grande diferença da TV holográfico é proporcionar ao espectator imagens em três dimensões não sobrepostas como acontece hoje com os televisores 3D comuns. Sob ângulos diferentes, a imagem sofre alteração. No caso da holografia, não. Olhar para um holograma é como se olhar para o próprio objeto. E, mais, para isso não seriam necessários óculos e nem se causaria o eventual desconforto atualmente gerado pela imagem tridimensional.
“O problema é que TVs holográficas são muito caras para serem consideradas um produto de consumo, o custo computacional torna a operação impraticável. Nossa pesquisa está tentando trazer o custo das TVs holográficas para o patamar das TVs comuns”, diz Bove. O coordenador do grupo também pesquisa a possibilidade de combinar a tecnologia à técnica ilusionista Pepper’s Ghost e possibilitar o que ele chama de “Cadeira de Telepresença 3D”.
“Alguém poderia gerar o efeito de projetar a imagem de uma pessoa em um local usando apenas um projetor holográfico, mas isso não é necessário. A ideia importante aqui é fazer essa projeção ‘desaparecer’ e termos a presença remota da pessoa na sala em vez de exibida em uma tela.
A equipe do Dr. Bove assina um artigo, publicado na Nature neste último mês, explicando a técnica chamada “acústico-óptica”, já usada anteriormente pelo professor do MIT que originou as pesquisas sobre o tema, Stephen Benton, mas a um custo muito alto, por conta do material utilizado até então (dióxido de telúrio). Smalley o substituiu por niobato de lítio, cristal menor e mais barato e o inseriu em um sistema para direcionar a luz gerada a partir de canais microscópicos encaixados lado a lado nas chamadas “guias de onda”. Dentro de cada uma há um eletrodo de metal que vibra e produz ondas acústicas que modulam a forma e as combinações que feixes de luz vermelha, azul e verde tomarão na projeção após passar pelo cristal.
“Muitas mudanças estão acontecendo à televisão agora e continuarão acontecendo nos próximos anos”, aposta. O Japão, país-sede da Copa do Mundo de 2022, prevê que as transmissões serão feitas para TVs holográficas (e já fez até um vídeo para aperitivo). Será que dá tempo?
A grande diferença da TV holográfico é proporcionar ao espectator imagens em três dimensões não sobrepostas como acontece hoje com os televisores 3D comuns. Sob ângulos diferentes, a imagem sofre alteração. No caso da holografia, não. Olhar para um holograma é como se olhar para o próprio objeto. E, mais, para isso não seriam necessários óculos e nem se causaria o eventual desconforto atualmente gerado pela imagem tridimensional.
“O problema é que TVs holográficas são muito caras para serem consideradas um produto de consumo, o custo computacional torna a operação impraticável. Nossa pesquisa está tentando trazer o custo das TVs holográficas para o patamar das TVs comuns”, diz Bove. O coordenador do grupo também pesquisa a possibilidade de combinar a tecnologia à técnica ilusionista Pepper’s Ghost e possibilitar o que ele chama de “Cadeira de Telepresença 3D”.
“Alguém poderia gerar o efeito de projetar a imagem de uma pessoa em um local usando apenas um projetor holográfico, mas isso não é necessário. A ideia importante aqui é fazer essa projeção ‘desaparecer’ e termos a presença remota da pessoa na sala em vez de exibida em uma tela.
A equipe do Dr. Bove assina um artigo, publicado na Nature neste último mês, explicando a técnica chamada “acústico-óptica”, já usada anteriormente pelo professor do MIT que originou as pesquisas sobre o tema, Stephen Benton, mas a um custo muito alto, por conta do material utilizado até então (dióxido de telúrio). Smalley o substituiu por niobato de lítio, cristal menor e mais barato e o inseriu em um sistema para direcionar a luz gerada a partir de canais microscópicos encaixados lado a lado nas chamadas “guias de onda”. Dentro de cada uma há um eletrodo de metal que vibra e produz ondas acústicas que modulam a forma e as combinações que feixes de luz vermelha, azul e verde tomarão na projeção após passar pelo cristal.
“Muitas mudanças estão acontecendo à televisão agora e continuarão acontecendo nos próximos anos”, aposta. O Japão, país-sede da Copa do Mundo de 2022, prevê que as transmissões serão feitas para TVs holográficas (e já fez até um vídeo para aperitivo). Será que dá tempo?
Galileu
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