quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Após 81 anos, garrafa com "cápsula do tempo" é encontrada em Curitiba

Poderia ser roteiro de filme: depois de permanecer 81 anos incógnita, uma garrafa de vidro, com um manuscrito antigo, é encontrada embaixo de uma estátua em Curitiba. O misterioso bilhete aponta a localização de... uma segunda garrafa.
"Desfizemos um mistério com outro", disse Maurício Appel, diretor da Fundição João Turin. "É uma cápsula do tempo."
A história da garrafinha, aberta nesta quinta-feira (1º), virou uma espécie de caça ao tesouro. O manuscrito, de 1932, menciona a existência de uma primeira garrafa, de 1927, feita quando a obra foi concluída e levada à praça.
A garrafa "mais nova" diz que, na mais antiga, há uma página de jornal e moedas de níquel e cobre. Ela estaria mais abaixo, na base do seu pedestal. Ninguém sabe se também contém alguma nova pista sobre a localização de outras garrafinhas.
As autoridades ainda avaliam, porém, como e se farão a busca e abertura da nova garrafa. Na dúvida, guardas municipais foram acionados para vigiar o local até a nova escavação.
A existência da primeira garrafa foi descoberta na semana passada, após a retirada para restauração da estátua de Tiradentes, do escultor paranaense João Turin, da praça homônima em Curitiba. Estava lá, logo abaixo do pé do herói, desde 1932.
A aparência misteriosa do objeto, semelhante a uma mensagem de náufrago, foi motivo de especulações. Uma enxurrada de apostas sobre o que haveria no manuscrito tomou conta da cidade.
"Eu não fiz nada além de atender telefone nesses últimos dias", conta Appel, da Fundição, que administra as obras de Turin e é responsável pela restauração da estátua. "Todo mundo queria saber da garrafinha."
Appel achava que a garrafa continha "uma mensagem futurista, aos jovens". "Ou alguma coisa envolvendo o paranismo", diz, sobre o movimento artístico de que Turin fez parte e que procurava fomentar a construção de uma identidade regional para o Paraná.
A cerimônia de abertura foi marcada para esta quinta-feira, num acordo entre a Fundição e a Prefeitura de Curitiba. Chegou a ser transmitida ao vivo pelas rádios locais. "Neste momento, um saca-rolhas é usado para abrir a garrafa", narrava uma repórter.
A prefeitura fez piada com a história no Facebook. Disse que chamaria Robert Langdon , personagem do livro "Código da Vinci", para encontrar a nova garrafa, e chamou o caso de "Código da 15", em referência à rua 15, cartão-postal de Curitiba.
Folha.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário