A concentração de gases do efeito estufa na atmosfera atingiu níveis recordes em 2013, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Entre 2012 e o ano passado, a taxa de acúmulo de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera teve o crescimento mais rápido em um ano desde 1984.
A OMM afirmou que o relatório ressalta a importância de um acordo mundial para limitar a emissões de gases do efeito estufa.
Entre 2012 e o ano passado, a taxa de acúmulo de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera teve o crescimento mais rápido em um ano desde 1984.
A OMM afirmou que o relatório ressalta a importância de um acordo mundial para limitar a emissões de gases do efeito estufa.
Em 2009, líderes de todo o mundo concordaram em fechar um tratado para manter um aumento na temperatura global de no máximo 2ºC até 2020.
O Boletim anual de Gases do Efeito Estufa não mede a produção de emissões, mas registra a quantidade de gases que permanecem na atmosfera depois das interações com terra, ar e oceanos.
Cerca de metade das emissões acaba absorvida por mares, florestas e seres vivos.
Mesmo assim, a concentração de CO2 na atmosfera bateu 396 partes por milhão (ppm) em 2013, um aumento de quase 3ppm em comparação com o ano anterior.
Crescimento recorde
"O boletim mostra que, bem longe de estar caindo, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera de fato subiu no último ano na taxa mais rápida em quase 30 anos", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
A concentração de CO2 atual é de 142% dos níveis de 1750, ou seja, antes do início da Revolução Industrial.
O acúmulo de outro potente gás de efeito estufa, o metano, foi de 253%.
O estudo também indica que o crescimento recorde do CO2 em 2013 não se deve apenas a mais emissões, mas a uma redução na capacidade de absorção de carbono pela biosfera.
A descoberta intrigou cientistas da OMM. A última vez que se constatou uma redução no nível de absorção da biosfera foi em 1998, quando houve um pico de queima de biomassa, aliado a um intenso El Niño.
A concentração de CO2 atual é de 142% dos níveis de 1750, ou seja, antes do início da Revolução Industrial.
O acúmulo de outro potente gás de efeito estufa, o metano, foi de 253%.
O estudo também indica que o crescimento recorde do CO2 em 2013 não se deve apenas a mais emissões, mas a uma redução na capacidade de absorção de carbono pela biosfera.
A descoberta intrigou cientistas da OMM. A última vez que se constatou uma redução no nível de absorção da biosfera foi em 1998, quando houve um pico de queima de biomassa, aliado a um intenso El Niño.
"Já em 2013 não houve impactos óbvios na biosfera, portanto, é ainda mais preocupante", disse o chefe da divisão de Pesquisa Atmosféria da OMM, Oksana Tarasova.
"Não entendemos se isso é uma coisa temporária ou permanente, e isso é preocupante."
Tarasova afirma que a descoberta pode indicar que a biosfera atingiu o seu limite, mas destaca que é impossível confirmá-lo no momento.
Os dados compilados pela OMM cobrem os anos de 1990 a 2013 e mostram que gases como CO2, metano e óxido nitroso (N20), que sobrevivem na atmosfera por muitos anos, contribuíram para um aumento de 34% no aquecimento global.
No entanto, a temperatura global média não subiu paralelamente à elevação da concentração de CO2, o que levou muitos a afirmarem que o aquecimento global havia parado.
"Não entendemos se isso é uma coisa temporária ou permanente, e isso é preocupante."
Tarasova afirma que a descoberta pode indicar que a biosfera atingiu o seu limite, mas destaca que é impossível confirmá-lo no momento.
Os dados compilados pela OMM cobrem os anos de 1990 a 2013 e mostram que gases como CO2, metano e óxido nitroso (N20), que sobrevivem na atmosfera por muitos anos, contribuíram para um aumento de 34% no aquecimento global.
No entanto, a temperatura global média não subiu paralelamente à elevação da concentração de CO2, o que levou muitos a afirmarem que o aquecimento global havia parado.
"O sistema climático não é linear, não é simples. Não há necessariamente um reflexo da temperatura na atmosfera, mas se analisarmos o perfil de temperatura dos oceanos, vê-se que o calor está indo para os mares", disse Oksana Tarasova.
O relatório também inclui pela primeira vez dados sobre a acidificação do mar provocada pelo dióxido de carbono.
A OMM diz que diariamente os oceanos absorvem cerca de 4kg de CO2 por pessoa. Os pesquisadores acreditam que a atual taxa de acidificação seja a maior dos últimos 300 milhões de anos.
Diante das evidências, a OMM urge líderes mundiais a tomarem decisões contundentes sobre a política climática.
Em 23 de setembro será realizado em Nova York um encontro extraordinário sobre o clima, convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O relatório também inclui pela primeira vez dados sobre a acidificação do mar provocada pelo dióxido de carbono.
A OMM diz que diariamente os oceanos absorvem cerca de 4kg de CO2 por pessoa. Os pesquisadores acreditam que a atual taxa de acidificação seja a maior dos últimos 300 milhões de anos.
Diante das evidências, a OMM urge líderes mundiais a tomarem decisões contundentes sobre a política climática.
Em 23 de setembro será realizado em Nova York um encontro extraordinário sobre o clima, convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
No fim do ano, a ONU promove a sua reunião anual sobre mudanças climáticas, desta vez em Lima, no Peru.
A expectativa é que os dois encontros cheguem ao consenso necessário para um novo acordo climático mundial na reunião anual da ONU de 2015, em Paris.
No entanto, até o momento não se tem qualquer previsão de como transformar o acordo em algo legalmente vinculante, para que seja, de fato, efetivo.
A expectativa é que os dois encontros cheguem ao consenso necessário para um novo acordo climático mundial na reunião anual da ONU de 2015, em Paris.
No entanto, até o momento não se tem qualquer previsão de como transformar o acordo em algo legalmente vinculante, para que seja, de fato, efetivo.
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