A elevação do nível das águas, por conta do aquecimento global, é a principal ameaça às cidades litorâneas, certo? Nem tanto: segundo alerta de cientistas recentemente reunidos na assembleia geral da União Europeia de Geociências, em várias partes do mundo a terra afunda em ritmo dez vezes maior do que a elevação das águas, sobretudo por causa de atividade humana, como construções e urbanização. Em Tóquio, por exemplo, décadas de exploração de veios subterrâneos de água provocaram afundamentos de até 2 metros em certas regiões. E cidades como Jacarta, Ho Chi Minh e Bangcoc podem ter setores inteiros submersos se nenhuma ação for tomada, alerta a entidade.
Esse duplo fenômeno – águas se elevando e solo se afundando – tem contribuído para aumentar os alagamentos e sua letalidade. Para combater esse problema, cientistas da Agência Espacial Europeia criaram o Interferometric Synthetic Aperture Radar, que, ao superpor diversas imagens obtidas seguidamente por satélites, é capaz de detectar deformações milimétricas do solo e prevenir que os afundamentos avancem. Seu banco de imagens obtidas por satélite remonta aos anos 90, o que permite traçar um quadro retrospectivo bastante preciso dos eventuais afundamentos de solo. E a AEE acaba de lançar o novo satélite Sentinel-1A, de tecnologia mais avançada, para aprimorar esse trabalho.
Época.com
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