sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Os "ETs podem estar bem debaixo do nosso nariz"- diz cientista

Cientistas de diversas áreas do conhecimento estão reunidos na Grã-Bretanha, desde segunda-feira para uma séria discussão em torno da existência de vida em outros planetas. O encontro organizado pela Royal Society - a conceituada Academia de Ciências britânica e realizado em Londres, tem como tema "A descoberta de vida extraterrestre e suas consequências para a ciência e a sociedade".
A conferência conta com representantes da Nasa - Agência Espacial Americana e do escritório da ONU dedicado aos assuntos extraterrestres. Ela marca os 50 anos do programa "Busca por inteligência Extraterrestre", conhecido pela sigla "Seti". Durante o encontro, serão debatidos várias perspectivas e formas de procurar os extraterrestres, diante dos avanços tecnológicos que facilitam hoje, essa busca.
Porém, para o físico Paul Davies, da Universidade Estadual do Arizona, a procura por alienígenas deve se focar bem debaixo do nosso nariz:  Demonstrar que alienígenas estiveram na Terra seria a melhor evidência de se provar sua existência no Universo. "Precisamos desistir dessa ideia de que os ETs deveriam nos enviar algum tipo de mensagem ou ter alguma iniciativa nesse sentido", disse ele ao jornal britânico The Times.
No entanto, para o renomado astrônomo Frank Drake, a Era Digital pode estar escondendo a Terra dos ETs. O avanço da tecnologia pode estar retardando e até inviabilizando o contato entre humanos e extraterrenos.(Pasmei...)
A tese - que parece ironia do destino - é de um dos maiores "caçadores de ETs" do mundo. Segundo Drake, a era digital está reduzindo os sinais de radiação que a Terra emite, tornando nosso planeta cada vez mais invisível aos aliens. Sinais de rádio, TV e radar que antes percorriam milhões de km pelo espaço, hoje têm sido substituídos por transmissões digitais muito mais fracas e, logo, menos detectáveis. Enquanto nosso planeta costumava ser rodeado por uma carapaça de 50 anos luz de radiação, os satélites modernos orientam quase toda sua transmissão para a Terra, fazendo com que pouco se perca no Universo.
As transmissões televisivas, por exemplo, geravam cerca de 1 milhão de watts. Agora, segundo Drake, o máximo de radiação que escapa é de 2 watts. "Se isso continuar no futuro, nosso mundo ficará indetectável muito em breve". Da mesma forma, partindo do pressuposto que os alienígenas devem ser mais avançados que nós, é provável que já tenham superado há muito tempo a era da radiação. E talvez essa seja a razão que faz ser tão difícil encontrá-los. "Teremos que procurar em muito mais estrelas e em bem mais frequências", disse Frank Drake, fundador da Seti. (Época online)

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