sábado, 31 de março de 2012
Resposta para o naufrágio do Titanic foram encontradas, diz especialista
“Hoje sabemos que o Titanic não afundou porque o seu capitão estava bêbado, porque ele estava tentando quebrar um recorde de velocidade ou porque o casco do navio era fraco. Foi tudo obra da natureza” declara Tim Maltin, especialista no naufrágio mais famoso da história.
Maltin, que é autor de livros sobre o assunto como “101 coisas que você achava que sabia sobre o Titanic”, acredita que o acidente aconteceu por causa de uma ilusão de ótica. As condições atmosféricas no momento e no local do acidente eram propícias para um fenômeno chamado “super-refração”, que ocorre quando a luz se dobra de forma a causar uma espécie de miragem, escondendo o famoso iceberg e provocando a colisão.
Basicamente, quando uma corrente de ar fria e uma corrente de ar quente se encontram sobre um lugar do oceano onde também acontece o choque de águas frias com águas mais quentes, causando uma inversão termal. Isso faz com que objetos pareçam mais próximos e mais altos, em um horizonte falso.
Super-refração Como a noite do acidente era escura, sem lua, havia pouco contraste entre o iceberg, o mar e o céu. O falso horizonte, que parecia mais alto, conseguiu camuflar completamente o gelo. O iceberg só pode ser avistado quando o Titanic estava a quase 2km de distância – quando os alarmes soaram já era tarde demais.
Mas como ter certeza disso, sendo que o naufrágio aconteceu 100 anos atrás? Maltin descobriu que outros navios na mesma área registraram o fenômeno. Tanto que foram incapazes, também, de perceber que o Titanic estava avançando sobre um iceberg, por causa da super-refração.
Foi o caso do Californian, que viajava próximo ao Titanic, mas que foi incapaz de notar que o cruzeiro se aproximava da massa de gelo. Quando a colisão ocorreu e sinais de luz foram enviados, as embarcações próximas também não conseguiram recebê-los, devido à condição do ar. Até mesmo fogos de artifício disparados pareciam muito baixos para caracterizar um pedido de socorro.
A tragédia O RMS Titanic afundou no dia 15 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, matando cerca de 1500 pessoas. Desde então, pesquisadores buscam saber o motivo pelo qual o navio, que era considerado o mais avançado e seguro de sua época, colidiu com o iceberg que causou o naufrágio.
“Hoje podemos refutar algumas das hipóteses levantadas. Sabemos que os melhores engenheiros navais garantiram que o casco do Titanic estivesse perfeito”, explica Maltin. De acordo com o pesquisador, a velocidade do navio também era segura. A noite era clara. Em teoria, as condições eram seguras.
“Hoje podemos refutar algumas das hipóteses levantadas. Sabemos que os melhores engenheiros navais garantiram que o casco do Titanic estivesse perfeito”, explica Maltin. De acordo com o pesquisador, a velocidade do navio também era segura. A noite era clara. Em teoria, as condições eram seguras.
“Mas é justamente esse o fascínio do Titanic, o motivo pelo qual a tragédia é estudada até hoje: mostra o quanto o homem e sua tecnologia ainda são pequenos perto do universo. O que causou tudo foi um fenômeno natural”, declara Maltin. “Basta ver o caso recente do Costa Concórdia. A lição é clara: acidentes sempre podem acontecer”.
Galileu.com
Ejeções de plasma causam terremotos na superfície do Sol
A primeira observação de um terremoto solar foi divulgada nos anos 1990. Assim, foi descoberto que explosões na atmosfera do Sol, conhecidas como erupções solares, podem produzir ondas sísmicas, à maneira dos terremotos que atingem o planeta Terra. Agora, um estudo liderado pelo University College London, na Inglaterra, descobriu um tipo específico de erupção solar capaz de causar tais abalos.
Os terremotos solares são formados pelo impacto de poderosos raios de partículas que viajam no interior do Sol. A nova pesquisa – divulgada nesta sexta-feira durante a conferência National Astronomy Meeting 2012, na cidade britânica de Manchester – mostrou pela primeira vez que erupções conhecidas como 'ejeções de massa coronal' são capazes de produzir os tais terremotos no astro.
Os pesquisadores analisaram uma erupção deste tipo ocorrida em 15 de fevereiro de 2011, por meio de imagens captadas pelo satélite SOHO, na órbita do Sol. Eles perceberam que um terremoto mil vezes mais potente do que o que atingiu o Japão há um ano foi desencadeado nas duas extremidades do campo magnético do Sol. Assim, a equipe constatou que ejeções de massa coronal podem desempenhar papel importante na geração dos tremores. A ejeção em questão foi lançada pelo Sistema Solar em direção à Terra a uma velocidade média de 600 quilômetros por segundo.
"Terremotos solares foram previstos pela primeira vez em 1972 e têm sido vistos na superfície do Sol como ondulações muito parecidas com aquelas produzidas quando uma pedra é jogada na água", diz Dr. Sergei Zharkov, coordenador do estudo. "No entanto, eles são causados pela liberação súbita de energia abaixo da superfície do Sol, produzindo ondas que viajam em direção à superfície", explica.
Os terremotos solares são formados pelo impacto de poderosos raios de partículas que viajam no interior do Sol. A nova pesquisa – divulgada nesta sexta-feira durante a conferência National Astronomy Meeting 2012, na cidade britânica de Manchester – mostrou pela primeira vez que erupções conhecidas como 'ejeções de massa coronal' são capazes de produzir os tais terremotos no astro.
Os pesquisadores analisaram uma erupção deste tipo ocorrida em 15 de fevereiro de 2011, por meio de imagens captadas pelo satélite SOHO, na órbita do Sol. Eles perceberam que um terremoto mil vezes mais potente do que o que atingiu o Japão há um ano foi desencadeado nas duas extremidades do campo magnético do Sol. Assim, a equipe constatou que ejeções de massa coronal podem desempenhar papel importante na geração dos tremores. A ejeção em questão foi lançada pelo Sistema Solar em direção à Terra a uma velocidade média de 600 quilômetros por segundo.
"Terremotos solares foram previstos pela primeira vez em 1972 e têm sido vistos na superfície do Sol como ondulações muito parecidas com aquelas produzidas quando uma pedra é jogada na água", diz Dr. Sergei Zharkov, coordenador do estudo. "No entanto, eles são causados pela liberação súbita de energia abaixo da superfície do Sol, produzindo ondas que viajam em direção à superfície", explica.
Eventos espetaculares como os abalos sísmicos solares estão ajudando os cientistas a entender como a energia é transportada da atmosfera do Sol, passando pela sua superfície até o seu interior. Com a atividade solar aumentando continuamente, podendo chegar a seu auge em 2013, mais terremotos poderão ser observados, ajudando a desvendar os mecanismos que os causam.
ERUPÇÃO SOLAR
As tempestades solares, ou erupções solares, são explosões na superfície do Sol. Elas são causadas por mudanças repentinas no campo magnético do astro e têm um ciclo de intensidade de 11 anos. A atividade faz com que radiação eletromagnética atinja o planeta Terra, em forma de uma nuvem de radiação – podendo vir como partículas ou radiação eletromagnética – que viaja pelo espaço em altíssima velocidade. Nos casos em que a energia é mais alta, as tempestades podem afetar sistemas da Terra, como satélites ou redes de energia.
As tempestades solares, ou erupções solares, são explosões na superfície do Sol. Elas são causadas por mudanças repentinas no campo magnético do astro e têm um ciclo de intensidade de 11 anos. A atividade faz com que radiação eletromagnética atinja o planeta Terra, em forma de uma nuvem de radiação – podendo vir como partículas ou radiação eletromagnética – que viaja pelo espaço em altíssima velocidade. Nos casos em que a energia é mais alta, as tempestades podem afetar sistemas da Terra, como satélites ou redes de energia.
EJEÇÃO DE MASSA CORONAL
O fenômeno solar conhecido como 'ejeção de massa coronal' é o responsável por ejetar bolhas de plasma do Sol, mas precisamente da coroa solar (envoltório luminoso do astro, observado apenas durante eclipses), ao longo de várias horas. O plasma ejetado, constituinte dessa coroa solar, é composto primariamente de elétrons e prótons, com pequenas quantidades dos elementos químicos hélio, oxigênio e ferro.
O fenômeno solar conhecido como 'ejeção de massa coronal' é o responsável por ejetar bolhas de plasma do Sol, mas precisamente da coroa solar (envoltório luminoso do astro, observado apenas durante eclipses), ao longo de várias horas. O plasma ejetado, constituinte dessa coroa solar, é composto primariamente de elétrons e prótons, com pequenas quantidades dos elementos químicos hélio, oxigênio e ferro.
Veja.com
sexta-feira, 30 de março de 2012
A Hora do Planeta
Neste sábado, 24 capitais e outras 125 cidades brasileiras vão apagar as luzes de monumentos, prédios públicos e casas por uma hora. A iniciativa integra a Hora do Planeta, orquestrada pela organização não governamental internacional World Wildlife Fund (WWF) para alertar o mundo do perigo do aquecimento global. A Hora do Planeta vai ocorrer em vários países e o astronauta André Kuipers irá registrar imagens da Terra da Estação Espacial Internacional.
No Brasil, das as 20h30 às 21h30 deste sábado, monumentos como o Cristo Redentor (Rio), a ponte Hercílio Luz (Florianópolis), ponte Estaiada (SãoPaulo),elevador Lacerda (Salvador), Torre da Usina do Gasômetro (Porto Alegre) e outros 545 monumentos no País vão ficar com as luzes apagadas. De acordo com a organização do movimento, 59 grupos empresariais brasileiros já acertaram ações e iniciativas relativas à Hora do Planeta.
A primeira edição da Hora do Planeta foi em março de 2007 como um evento isolado em uma única cidade, Sidney, na Austrália. A quarta edição do movimento bate recorde no Brasil e no mundo, de acordo com a organização, serão 147 países e mais de 5 mil cidades participantes. Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo a cidade de Las Vegas já ficaram no escuro durante sessenta minutos.
No Brasil, das as 20h30 às 21h30 deste sábado, monumentos como o Cristo Redentor (Rio), a ponte Hercílio Luz (Florianópolis), ponte Estaiada (SãoPaulo),elevador Lacerda (Salvador), Torre da Usina do Gasômetro (Porto Alegre) e outros 545 monumentos no País vão ficar com as luzes apagadas. De acordo com a organização do movimento, 59 grupos empresariais brasileiros já acertaram ações e iniciativas relativas à Hora do Planeta.
A primeira edição da Hora do Planeta foi em março de 2007 como um evento isolado em uma única cidade, Sidney, na Austrália. A quarta edição do movimento bate recorde no Brasil e no mundo, de acordo com a organização, serão 147 países e mais de 5 mil cidades participantes. Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo a cidade de Las Vegas já ficaram no escuro durante sessenta minutos.
Einstein não estava errado sobre a expansão do Universo
A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é 'incrivelmente precisa', segundo um estudo publicado nesta sexta-feira, que ressalta os acertos dos cálculos do físico alemão na hora de explicar a expansão do Universo.
Esta conclusão surge de uma pesquisa feita por uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (sul da Inglaterra) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre da Alemanha, cujos resultados foram anunciados nesta sexta-feira em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester (Inglaterra).
Assim, a expansão do Universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta 'mais simples' para este fenômeno, segundo os especialistas.
Os pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões de anos, quando o Universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram medições com uma precisão 'extraordinária'.
A Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.
Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, 'a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando'.
Neste processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a aceleração da expansão do Universo.
Exame.com
A ameaça do lixo espacial
Foi por pouco. No máximo, 11 quilômetros. Essa distância, mínima para padrões cósmicos, separou a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) de um pedaço de satélite russo – um choque que poderia inutilizar o conjunto de módulos de US$ 100 bilhões. O quase acidente aconteceu no sábado 24, às 4h38 no horário de Brasília. Para se ter uma ideia, o espaço entre a ISS e o lixo espacial foi tão curto que os seis astronautas a bordo tiveram de se abrigar em duas cápsulas Soyuz, prontos para voltar à Terra em caso de colisão.
O destroço era do satélite russo Cosmos 2251, que em 2009 se chocou com outro instrumento do mesmo tipo, o Iridium 33, dos EUA. Com a colisão, mais de dois mil pedaços maiores do que uma bola de tênis se espalharam pelo espaço, somando-se aos pelo menos 22 mil detritos desse tamanho que orbitam a Terra. No total, a Nasa, agência espacial americana, monitora quase meio milhão de unidades de lixo espacial – a maioria pedaços de satélites inativos. Em junho passado, um deles passou a cerca de 300 metros da estação.
O acontecimento do sábado chama a atenção mais uma vez para o problema do lixo espacial. Em 12 anos de existência da ISS, é a terceira vez que os astronautas se preparam às pressas para fugir, já que não houve tempo suficiente para manobrar a estação. O detrito foi identificado na sexta-feira 23, tarde demais para tirar a ISS do seu percurso. Ele vagava a 30 quilômetros por hora, velocidade suficiente para causar sérios danos.
Funcionários da Nasa em terra não chegaram a acreditar que a ISS estivesse em sério risco, mas acharam melhor tomar as medidas de emergência por precaução. “Tudo correu de acordo com o planejado. A peça passou pela Estação Espacial Internacional sem nenhum incidente”, afirmou um porta-voz da agência. Os astronautas – três russos, dois americanos e um holandês – foram acordados cerca de uma hora antes do normal, no que costuma ser dia de folga da equipe, para embarcar nos dois Soyuz e fechar as escotilhas.
O destroço era do satélite russo Cosmos 2251, que em 2009 se chocou com outro instrumento do mesmo tipo, o Iridium 33, dos EUA. Com a colisão, mais de dois mil pedaços maiores do que uma bola de tênis se espalharam pelo espaço, somando-se aos pelo menos 22 mil detritos desse tamanho que orbitam a Terra. No total, a Nasa, agência espacial americana, monitora quase meio milhão de unidades de lixo espacial – a maioria pedaços de satélites inativos. Em junho passado, um deles passou a cerca de 300 metros da estação.
O acontecimento do sábado chama a atenção mais uma vez para o problema do lixo espacial. Em 12 anos de existência da ISS, é a terceira vez que os astronautas se preparam às pressas para fugir, já que não houve tempo suficiente para manobrar a estação. O detrito foi identificado na sexta-feira 23, tarde demais para tirar a ISS do seu percurso. Ele vagava a 30 quilômetros por hora, velocidade suficiente para causar sérios danos.
Funcionários da Nasa em terra não chegaram a acreditar que a ISS estivesse em sério risco, mas acharam melhor tomar as medidas de emergência por precaução. “Tudo correu de acordo com o planejado. A peça passou pela Estação Espacial Internacional sem nenhum incidente”, afirmou um porta-voz da agência. Os astronautas – três russos, dois americanos e um holandês – foram acordados cerca de uma hora antes do normal, no que costuma ser dia de folga da equipe, para embarcar nos dois Soyuz e fechar as escotilhas.
Eles ainda olharam pelas janelas para tentar avistar algum detrito, mas não perceberam nada. Se a ISS, com suas 450 toneladas, fosse atingida e danificada de forma irreversível, os astronautas estavam preparados para desprender os módulos e voltar para a Terra. No entanto, eles retornaram à estação e “tiveram um fim de semana normal e relaxante”, conforme descrição de Rob Navias, outro porta-voz da Nasa.
O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, afirma que os destroços espaciais são uma grande ameaça à rede de satélites presente na órbita da Terra, vital para comunicações e outras atividades, e mesmo à ISS. Em resposta, nações dotadas de programas espaciais assinaram acordos para adotar melhores práticas para controlar satélites inativos e o inevitável retorno ao planeta. Pelo menos uma grande peça entra na atmosfera terrestre todo ano. Na semana passada, moradores de um vilarejo na Sibéria, na Rússia, relataram que um grande “fragmento de ovni” caiu, apesar de especialistas ainda não terem conseguido confirmar a sua origem.
Pesquisadores ainda trabalham em formas de encurralar o lixo espacial em órbita. Uma proposta consiste numa nave dotada de uma rede, que “pescaria” os detritos. Outras ideias incluem usar laser para destruir essas peças. No mês passado, uma empresa suíça divulgou o desenvolvimento de um “satélite zelador” para fazer uma faxina nos céus. É o que a órbita da Terra precisa.
O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, afirma que os destroços espaciais são uma grande ameaça à rede de satélites presente na órbita da Terra, vital para comunicações e outras atividades, e mesmo à ISS. Em resposta, nações dotadas de programas espaciais assinaram acordos para adotar melhores práticas para controlar satélites inativos e o inevitável retorno ao planeta. Pelo menos uma grande peça entra na atmosfera terrestre todo ano. Na semana passada, moradores de um vilarejo na Sibéria, na Rússia, relataram que um grande “fragmento de ovni” caiu, apesar de especialistas ainda não terem conseguido confirmar a sua origem.
Pesquisadores ainda trabalham em formas de encurralar o lixo espacial em órbita. Uma proposta consiste numa nave dotada de uma rede, que “pescaria” os detritos. Outras ideias incluem usar laser para destruir essas peças. No mês passado, uma empresa suíça divulgou o desenvolvimento de um “satélite zelador” para fazer uma faxina nos céus. É o que a órbita da Terra precisa.
Isto É.com
Cientistas desenvolvem "GPS interestelar"
Cientistas alemães estão desenvolvendo uma técnica de navegação espacial que usa pulsares - estrelas mortas - como uma espécie de guia. O sistema, que usa os sinais de raio X emitidos pelas estrelas para identificar posições extremamente precisas, foi apresentado nesta sexta-feira, 30, durante o Encontro Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, na Universidade de Manchester.
As pulsares são estrelas densas, que têm um movimento de rotação intenso e emitem raios em padrões tão estáveis que se comparam à performance de um relógio atômico. Esta propriedade é perfeita para a navegação interestelar, dizem os pesquisadores.
Se uma nave tiver meios de detectar as emissões, poderia comparar o tempo de sua chegada aos previstos no local de referência. Isso permitira aos astronautas determinar sua posição com uma margem de erro de apenas 5 quilômetros em qualquer lugar da galáxia.
"O princípio é tão simples que definitivamente pode ser colocado em prática", disse Wener Becker, do Instituto Max-Planck de Física Espacial. "Essas pulsares estão em todos os lugares do universo e sua radiação é tão previsível que tal experiência seria bastante direta", disse.
A proposta se assimila à usada no sistemas de GPS (Global Positioning System, ou Sistema Global de Posicionamento, em português) usado por motoristas de todo o mundo. As transmissões das informações obtidas por meio dos raios das pulsares seriam passadas para as naves via satélites.
Os sistemas atuais de navegação espacial não são precisos e requerem uma série de antenas instaladas aqui na Terra. Os satélites Voyager, da Nasa, por exemplo, que são os dispositivos mais distantes do planeta (a aproximadamente 18 bilhões de quilômetros, perto do fim do Sistema Solar), se deslocam e preveem posições com uma margem de erro de várias centenas de quilômetros.
Ainda não se pode saber, porém, se a navegação por meio das emissões das pulsares será usado a curto prazo. Os telescópios usados para a detecção desses raios são pesados e volumosos, o que requer um processo de miniaturização para que eles sejam levados junto das naves. Tais dispositivos, afirma Becker, já estão em desenvolvimento, mas devem ficar pronto em 15 ou 20 anos.
Estadão.com
quinta-feira, 29 de março de 2012
Música tem papel importante no nosso humor, diz estudo
Não se surpreenda se você começar a ouvir música nos corredores de hospitais. Pesquisadores estão descobrindo o poder dos sons sobre o nosso cérebro – para o bem e para o mal – e usando melodias para o tratamento de doenças.
O pesquisador Alex Doman, coautor do livro Healing at the speed of sound (A cura com a velocidade do som, sem edição brasileira) conta como a música, o silêncio e o ruído têm papel importante no nosso humor, no desenvolvimento do cérebro e, por consequência, no nosso sistema imunológico. Na obra, eles ainda sugerem como usar a música em caráter medicinal.
Segundo o pesquisador, é preciso ter a música certa. “As pessoas podem montar listas individuais de acordo com 3 princípios que ensinamos no livro, o que chamamos de “marchas” (gears em inglês). Você pode separar as canções de acordo com o andamento, o alcance da frequência e arranjo”, afirma. Confira a explicação e um exemplo das marchas citadas pelos autores:
Segundo o pesquisador, é preciso ter a música certa. “As pessoas podem montar listas individuais de acordo com 3 princípios que ensinamos no livro, o que chamamos de “marchas” (gears em inglês). Você pode separar as canções de acordo com o andamento, o alcance da frequência e arranjo”, afirma. Confira a explicação e um exemplo de cada uma das marchas citadas pelos autores:
Primeira marcha
“Na primeira, indicamos músicas de até 60 batidas por minuto (bpm), tons graves e arranjos simplificados, geralmente, instrumentais. Música ambiente e new age são exemplos e podem ser usadas para acalmar os ritmos do corpo e reduzir estresse”. O pesquisador Alex Doman, coautor do livro Healing at the speed of sound (A cura com a velocidade do som, sem edição brasileira) conta como a música, o silêncio e o ruído têm papel importante no nosso humor, no desenvolvimento do cérebro e, por consequência, no nosso sistema imunológico. Na obra, eles ainda sugerem como usar a música em caráter medicinal.
Segundo o pesquisador, é preciso ter a música certa. “As pessoas podem montar listas individuais de acordo com 3 princípios que ensinamos no livro, o que chamamos de “marchas” (gears em inglês). Você pode separar as canções de acordo com o andamento, o alcance da frequência e arranjo”, afirma. Confira a explicação e um exemplo das marchas citadas pelos autores:
Segundo o pesquisador, é preciso ter a música certa. “As pessoas podem montar listas individuais de acordo com 3 princípios que ensinamos no livro, o que chamamos de “marchas” (gears em inglês). Você pode separar as canções de acordo com o andamento, o alcance da frequência e arranjo”, afirma. Confira a explicação e um exemplo de cada uma das marchas citadas pelos autores:
Primeira marcha
Segunda marcha
“Na marcha 2, são músicas de 60 a 90 bpm, frequências médias e geralmente instrumentais – violões e música barroca, por exemplo. São boas para a concentração”.
A terceira marcha
É de músicas acima de 90 bpm e ampla frequência sonora, como no pop, rock e jazz, usadas para aumentar a energia. Dependendo do resultado que você deseja (reduzir estresse, melhorar a concentração ou a performance atlética), você pode montar um playlist tentando atingir esse objetivo”.
Galileu.com
Sonda espacial acha condições favoráveis para vida em lua de Saturno
A sonda espacial Cassini registrou jatos de água gelada em vários voos próximos à superfície de uma lua de Saturno, Encélado, que poderiam indicar um habitat propício para a existência de vida, informou a Nasa na quarta-feira (27).
"Mais de 90 gêiser de todos os tamanhos estão emitindo vapor de água, partículas de gelo, e componentes orgânicos na superfície do Polo Sul de Encélado", disse Carolyn Porco, chefe da equipe de Imagens Científicas da missão.
Estes gêiser, que surgem através de fendas na superfície gelada da sexta lua de Saturno, poderiam revelar a existência de um vasto mar subterrâneo.
Estes gêiser, que surgem através de fendas na superfície gelada da sexta lua de Saturno, poderiam revelar a existência de um vasto mar subterrâneo.
"Cassini voou várias vezes através destas partículas e as analisou. Além de água e material orgânico, encontramos sal nas partículas de gelo. A salinidade é a mesma que a existente nos oceanos da Terra", explicou Carolyn.
A cientista afirmou que parece "coisa de louco", mas parece como "se nevasse sobre a superfície deste pequeno mundo", em referência às condições favoráveis à vida microbiana neste satélite.
"No fim, esse é o lugar mais promissor que conhecemos para a pesquisa em astrobiologia. Não precisamos sequer mexer na superfície. Basta voar entre estas colunas de partículas. Ou podemos pousar sobre a superfície e tirar mostras", disse.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão na qual participam a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.
No ano passado a Nasa decidiu prolongar a missão, que transmitiu informações do sistema de Saturno durante quase seis anos, até 2017.
"O tipo de ecossistemas que Encélado pode abrigar poderiam ser como os existentes nas profundezas de nosso planeta. Embora tudo aconteça inteiramente à revelia de luz solar", acrescentou.
Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens da ESA, e chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
IG Ciência
"Teste de paternidade" aponta que a Terra sozinha deu origem à Lua
Uma nova análise química de material lunar coletado durante a missão Apollo, na década de 1970, coloca em contradição a teoria mais aceita de que uma colisão gigantesca entre a Terra e um objeto do tamanho de Marte teria dado origem à Lua há 4,5 bilhões de anos. O estudo foi publicado no periódico britânico Nature Geoscience.
A simulação mais aceita sobre a formação da Lua sugere que ela teve dois "pais", a Terra e um corpo planetário chamado Theia. Contudo, uma análise de amostras da Lua, Terra e outros meteoritos indica que o material lunar veio apenas da Terra.
O estudo foi conduzido por Junjun Zhang, mestranda em ciências geofísicas na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos e pelo professor dela, Nicolas Dauphas. Os autores explicam que se dois corpos tivessem gerado a Lua, o satélite natural teria herdado material de ambos em quantidades equivalentes. Mas os cientistas descobriram que os materiais analisados da Lua e da Terra eram iguais. "É uma criança de apenas um pai, até onde sabemos", disse o professor.
DNA espacial - A análise foi feita a partir de isótopos de titânio. Isótopos são versões de um mesmo elemento químico com igual número de prótons, mas não de nêutrons. "Quando olhamos para diferentes corpos celestes, há uma diferença na assinatura de isótopos, como se cada um tivesse um DNA espacial", explicou Dauphas.
As amostras da Lua e da Terra mostram que o satélite natural tem uma proporção de isótopos de titânio idêntica à da Terra, disse Junjun. "Mesmo após 40 anos da missão Apollo, ainda há muita ciência a ser feita com as amostras que foram trazidas de lá", disse Dauphas.DNA espacial - A análise foi feita a partir de isótopos de titânio. Isótopos são versões de um mesmo elemento químico com igual número de prótons, mas não de nêutrons. "Quando olhamos para diferentes corpos celestes, há uma diferença na assinatura de isótopos, como se cada um tivesse um DNA espacial", explicou Dauphas.
Veja.com
Fluxo das correntes marítimas ao redor do planeta
Não é todo dia que se vê uma coisa tão bonita e peculiar como a animação chamada “Oceano Perpétuo”, divulgado nesta quarta-feira (28) pela Nasa, a agência Norte-Americana.
Criado pelo Estúdio de Visualização Científica do Centro Espacial Goddard, o vídeo mostra o movimento das correntes oceânicas da Terra entre junho de 2005 e dezembro de 2007.
Para coletar as imagens, a equipe usou um equipamento de estudo da circulação e clima dos mares, capaz de medir o movimento e transporte de calor e carbono nos oceanos do planeta.O sistema faz simulações do fluxo das águas oceânicas em seus níveis mais profundos, mas apenas as correntes superficiais foram mostradas neste vídeo.
O resultado é tão belo e impressionante que alguns o estão comparando com o quadro “The Starry Night” (A Noite Estrelada) do célebre pintor Vincent van Gogh.
Para quem ainda não viu, vale a pena ver o vídeo abaixo e deparar-se com esta obra de arte da natureza:
quarta-feira, 28 de março de 2012
Frase
A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce,
sua bondade alcança limites insuspeitados e seu carácter
uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois
da sua morte.
( Millôr Fernandes )(16/08/1923 - 28/03/2012)
15 coisas que acontecem na internet em um minuto
Um minuto é mais do que o suficiente para você acessar o e-mail, ler alguns tweets e curtir as atualizações dos seus amigos no Facebook. Mas muito mais do que isso acontece em 60 seguntos. O gráfico a seguir, divulgado pela Intel, mostra algumas estatísticas curiosas sobre o que é feito durante um único e singelo minuto na Internet. Alguns números surpreendem por serem baixos (apenas 6 novos artigos são incluídos na Wikipédia), enquanto outros são absurdamente grandes (o número de buscas no Google passa de 2 milhões, por exemplo).
O gráfico também apresenta previsões impressionantes: em 2015, uma pessoa vai levar 5 anos para assistir todo o conteúdo de vídeo que circula entre as redes IP a cada segundo. Hoje, o número de aparelhos conectados é igual ao de seres humanos (o que já bastante, se considerarmos que ainda existe muita gente sem acesso à internet), mas daqui três anos o número de dispositivos será o dobro da população humana.
Confira 15 coisas que ocorrem em um minuto da web:
1. 20 pessoas se tornam novas vítimas de roubo de identidade
2. 204 milhões de e-mails são enviados
3. 1300 pessoas se tornam novos usuários de aparelhos mobile
4. 135 pessoas são infectadas por botnets
5. 6 novos artigos são publicados no Wikipédia
6. 47.000 downloads de aplicativos são feitos
7. A Amazon ganha 83 mil dólares em vendas
8. Mais de 100 pessoas criam contas no LinkedIn
9. 61.141 horas de música são ouvidas no Pandora
10. 20 milhões de fotos são vistas e 3000 fotos são postadas no Flickr
11. Mais de 320 novas contas do Twitter são criadas e 100 mil novos tweets são publicados
12. 277 mil pessoas fazem login no Facebook e 6 milhões de visualizações no Facebook são feitas
13. Mais de 2 milhões de buscas são feitas no Google
14. 30 horas de vídeo são postadas no Youtube e 1,3 milhões de vídeos são assistidos
15. 639.800 GB dados de IP são transferidos no mundo
Além da curiosidade, essas informações são importantes para refletir sobre o tráfego de dados na web. Afinal, ele só deve aumentar. Será que as estruturais atuais vão dar conta de tanta informação rolando?
Superinteressante.com
Cidades vão ganhar 15% da área da Europa até 2030
Com cada vez mais pessoas morando em cidades, o espaço ocupado pelos centros urbanos deve ganhar uma área extra de 1,5 milhão de quilômetros quadrados até 2030 – o equivalente a 15% do continente europeu ou aos territórios da Alemanha, Espanha e França somados – afirmou nessa terça-feira um grupo de especialistas durante um evento sobre desenvolvimento sustentável em Londres, na Inglaterra.
A estimativa foi elaborada no ciclo de palestras da Planet Under Pressure, a última grande conferência sobre mudanças climáticas do mundo antes da Rio+20, que será realizada no início de junho no Rio de Janeiro.
Segundo os especialistas, o crescimento no número de pessoas vivendo em cidades deve elevar a pressão sobre o meio-ambiente, o que pode representar um risco à sobrevivência humana.
Eles acreditam, entretanto, que a urbanização é um "processo irreversível" e defendem, por isso, que países e governos concentrem esforços em mitigar os efeitos negativos decorrentes do aumento da população mundial, principalmente da que vive em centros urbanos.
Mais cidades, mais problemasO número de centros urbanos acompanhou o aumento da população mundial. Há um século, a quantidade de cidades com mais de 1 milhão de habitantes não passava de 20; hoje, são mais de 450.
Juntas, as zonas urbanas ocupam menos de 5% da superfície da Terra, mas impõem inúmeros desafios, diz Michail Fragkias, professor de ciências da Universidade do Estado do Arizona.
"A maneira descontrolada como a expansão urbana está ocorrendo representa um sério risco à humanidade pelos problemas ambientais que ela provoca", afirmou.
Fragkias, um dos 2.800 especialistas que participaram do evento, acredita, por outro lado, que cidades com alta densidade populacional, mas estruturadas de forma inteligente, podem pavimentar um caminho promissor rumo ao desenvolvimento sustentável, inclusive, ao conceber novas soluções para os problemas ambientais.
Tal opinião, ainda que defendida por inúmeros especialistas, ainda enfrenta resistência de um grupo de acadêmicos e cientistas, para quem as cidades, por serem mais compactas, causam menos danos ao meio ambiente do que as zonas rurais, se levada em conta apenas a emissão de poluentes por habitante das duas áreas.
Impacto ambiental
As cidades respondem, hoje, por 70% da emissão total de CO2 no mundo -- e essa proporção ainda tende a aumentar nos próximos anos. Em 1990, as áreas urbanas emitiam 15 bilhões de toneladas métricas de gás carbônico; em 2010, essa taxa passou para 25 bilhões podendo chegar a 36,5 bilhões em 2030, segundo estimativas mais recentes.
Para analistas, os governos deveriam buscar meios para aumentar a qualidade da vida urbana, utilizando, por exemplo, tecnologias que reduzam os engarrafamentos. Pesquisas apontam que só os congestionamentos custam, em média, de 1% a 3% do PIB mundial por ano - um problema não só causado pela poluição emitida dos carros, mas também pelo tempo que os motoristas perdem no trânsito.
"Temos, agora, uma oportunidade única para planejar como enfrentaremos uma explosão da urbanização. Não podemos perder essa chance", disse Roberto Sanchéz-Rodríguez, professor de ciências ambientais da Unidade da Califórnia, Riverside.
1 milhão por semana
Dados divulgados pela ONU em 2009 apontam que a população mundial deve saltar dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões nas próximas quatro décadas - um aumento de 1 milhão de pessoas por semana.
Tal crescimento ocorrerá, quase que integralmente, nas cidades, que devem receber outros 1 bilhão de novos moradores com a migração da população do campo para as áreas urbanas.
Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas vivendo em cidades deve crescer de 3,5 bilhões em 2012 para 6,3 bilhões até 2050.
A estimativa foi elaborada no ciclo de palestras da Planet Under Pressure, a última grande conferência sobre mudanças climáticas do mundo antes da Rio+20, que será realizada no início de junho no Rio de Janeiro.
Segundo os especialistas, o crescimento no número de pessoas vivendo em cidades deve elevar a pressão sobre o meio-ambiente, o que pode representar um risco à sobrevivência humana.
Eles acreditam, entretanto, que a urbanização é um "processo irreversível" e defendem, por isso, que países e governos concentrem esforços em mitigar os efeitos negativos decorrentes do aumento da população mundial, principalmente da que vive em centros urbanos.
Mais cidades, mais problemasO número de centros urbanos acompanhou o aumento da população mundial. Há um século, a quantidade de cidades com mais de 1 milhão de habitantes não passava de 20; hoje, são mais de 450.
Juntas, as zonas urbanas ocupam menos de 5% da superfície da Terra, mas impõem inúmeros desafios, diz Michail Fragkias, professor de ciências da Universidade do Estado do Arizona.
"A maneira descontrolada como a expansão urbana está ocorrendo representa um sério risco à humanidade pelos problemas ambientais que ela provoca", afirmou.
Fragkias, um dos 2.800 especialistas que participaram do evento, acredita, por outro lado, que cidades com alta densidade populacional, mas estruturadas de forma inteligente, podem pavimentar um caminho promissor rumo ao desenvolvimento sustentável, inclusive, ao conceber novas soluções para os problemas ambientais.
Tal opinião, ainda que defendida por inúmeros especialistas, ainda enfrenta resistência de um grupo de acadêmicos e cientistas, para quem as cidades, por serem mais compactas, causam menos danos ao meio ambiente do que as zonas rurais, se levada em conta apenas a emissão de poluentes por habitante das duas áreas.
Impacto ambiental
As cidades respondem, hoje, por 70% da emissão total de CO2 no mundo -- e essa proporção ainda tende a aumentar nos próximos anos. Em 1990, as áreas urbanas emitiam 15 bilhões de toneladas métricas de gás carbônico; em 2010, essa taxa passou para 25 bilhões podendo chegar a 36,5 bilhões em 2030, segundo estimativas mais recentes.
Para analistas, os governos deveriam buscar meios para aumentar a qualidade da vida urbana, utilizando, por exemplo, tecnologias que reduzam os engarrafamentos. Pesquisas apontam que só os congestionamentos custam, em média, de 1% a 3% do PIB mundial por ano - um problema não só causado pela poluição emitida dos carros, mas também pelo tempo que os motoristas perdem no trânsito.
"Temos, agora, uma oportunidade única para planejar como enfrentaremos uma explosão da urbanização. Não podemos perder essa chance", disse Roberto Sanchéz-Rodríguez, professor de ciências ambientais da Unidade da Califórnia, Riverside.
1 milhão por semana
Dados divulgados pela ONU em 2009 apontam que a população mundial deve saltar dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões nas próximas quatro décadas - um aumento de 1 milhão de pessoas por semana.
Tal crescimento ocorrerá, quase que integralmente, nas cidades, que devem receber outros 1 bilhão de novos moradores com a migração da população do campo para as áreas urbanas.
Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas vivendo em cidades deve crescer de 3,5 bilhões em 2012 para 6,3 bilhões até 2050.
Estadão.com
Novo relatório do IPCC prevê dias e noites ainda mais quentes
A elevação das temperaturas do planeta, acompanhada de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, parece ser mesmo uma tendência inexorável. E o Brasil é um dos países mais atingidos. Novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado nesta quarta-feira classifica como “muito provável” - o que significa uma probabilidade de 90% a 100% - o aumento de dias e noites quentes e a redução dos dias e noites mais frios em todo o mundo ao longo do próximo século. No Brasil, dias com temperaturas mais elevadas serão de 10% a 15% mais frequentes; enquanto as noites, especialmente no Sul e no Sudeste, ficarão até 25% mais quentes.
- O relatório confirma a tendência de aumento das temperaturas que vemos desde 1950 e mostra que variações climáticas não são tão naturais assim, que a interferência do homem nesses processos é provável - afirmou o especialista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos autores do relatório, que está em Londres participando da conferência Planeta sob Pressão. - A mão do homem começa a aparecer.
Os especialistas ressaltam que a tendência de aquecimento é global. Os dias mais quentes deverão se tornar mais frequentes.
- Um dia muito quente, que costuma acontecer uma vez a cada 20 anos, deve se tornar um evento bienal na maior parte do planeta -- afirmou a especialista em clima Sonia Seneviratne, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, que também participa da conferência e é outra integrante do grupo responsável pela elaboração do relatório sobre eventos extremos.
O documento mostra ainda que as secas devem se tornar mais comuns. O Nordeste brasileiro é um dos locais mais atingidos, ao lado de América Central, México, Europa Mediterrânea, norte da África, África do Sul e Austrália.
- O Nordeste hoje é considerada uma região semiárida, o que quer dizer que chove em metade do ano - explicou Marengo. -- Mas, com o aquecimento, juntamente com a degradação dos solos pela agricultura e a pecuária, há um aumento do risco de desertificação.
Segundo o especialista, a desertificação do Nordeste aparece em mais modelos do que a anteriormente tão propalada savanização da Amazônia. Outra tendência relacionada ao Brasil que aparece com força no novo relatório é o aumento das chuvas no Sul do país, mais precisamente na área da Bacia do Prata. Em todo o planeta, a incidência de chuvas intensas deve ser mais frequente. Eventos que ocorriam a cada 20 anos podem passar a acontecer numa escala de tempo menor, de 5 a 15 anos. A frequência de ciclones tropicais deve se manter a mesma, mas o número de tempestades mais violentas, com velocidade máxima de ventos, tende a aumentar.
Esta é a primeira vez que um relatório feito por um único grupo de cientistas reúne todo o conhecimento disponível em eventos extremos, como elevação de temperaturas, chuvas intensas e secas, e também no que diz respeito a adaptação e prevenção para 26 regiões do planeta. De acordo com o IPCC, o documento, que fará parte do quinto relatório, a ser lançado em abril, oferece “um nível inédito de detalhes sobre eventos climáticos extremos baseado em uma ampla análise de mais de mil estudos científicos”.
Segundo Marengo, o novo documento aprofunda algumas tendências apontadas pelo quarto relatório do IPCC, divulgado em 2007.
- Ele mostra uma piora em algumas áreas que não foram muito destacadas no relatório anterior - afirmou.O relatório sobre eventos extremos destaca ainda que políticas de prevenção e adaptação podem reduzir os impactos de tais eventos e aumentar a proteção das populações mais vulneráveis.
- A adaptação é a única forma, não dá mais para mudarmos o clima - disse Marengo.
terça-feira, 27 de março de 2012
Aquecimento está perto de ser irreversível, dizem cientistas
O aquecimento global está próximo de se tornar irreversível, o que torna esta década crítica nos esforços para preveni-lo, disseram cientistas nesta segunda-feira (26).
As estimativas científicas diferem, mas é provável que a temperatura mundial suba até 6ºC até 2100, caso as emissões de gases do efeito estufa continuem aumentando de forma descontrolada. Mas, antes disso, haveria um ponto em que os estragos decorrentes do aquecimento -como o degelo das camadas polares e a perda das florestas- se tornariam irrecuperáveis.
"Essa é uma década crítica. Se não revertermos as curvas nesta década, vamos ultrapassar esses limites", disse Will Steffen, diretor-executivo do instituto para a mudança climática da Universidade Nacional Australiana, falando em uma conferência em Londres.
Apesar dessa urgência, um novo tratado climático obrigando grandes poluidores como EUA e China a reduzirem suas emissões só deve ser definido até 2015, para entrar em vigor em 2020.
Apesar dessa urgência, um novo tratado climático obrigando grandes poluidores como EUA e China a reduzirem suas emissões só deve ser definido até 2015, para entrar em vigor em 2020.
"Estamos no limiar de algumas grandes mudanças", disse Steffen. "Podemos... limitar o aumento das temperaturas a 2ºC, ou cruzar o limite além do qual o sistema passa para um estado bem mais quente."
No caso das camadas de gelo, cruciais para desacelerar o aquecimento, esse limiar provavelmente já foi ultrapassado, segundo Steffen. A capa de gelo da Antártida ocidental já encolheu na última década, e a região da Groenlândia perde 200 quilômetros cúbicos de cobertura por ano desde a década de 1990.
A maioria dos especialistas prevê também que a Amazônia se tornará mais seca em decorrência do aquecimento. Uma estiagem que tem matado muitas árvores motiva temores de que a floresta também poderia estar perto de um ponto irreversível, a partir do qual deixará de absorver emissões de carbono e passará a contribuir com elas.
Cerca de 1,6 bilhão de toneladas de carbono foram perdidas em 2005 na floresta tropical, e 2,2 bilhões de toneladas em 2010, o que reverte cerca de dez anos de atividade como "ralo" de carbono, disse Steffen.
Um dos limites mais preocupantes e desconhecidos é do "permafrost" (solo congelado) siberiano, que armazena carbono no chão, longe da atmosfera.
"Há cerca de 1,6 trihão de toneladas de carbono por lá -cerca do dobro do que existe hoje na atmosfera-, e as latitudes setentrionais elevadas estão experimentando a mudança de temperatura mais severa em qualquer parte do planeta", disse ele.No pior cenário, 30 a 63 bilhões de toneladas de carbono por ano seriam liberadas até 2040, chegando a 232 a 380 bilhões de toneladas por ano até 2100. Isso é um volume bem mais expressivo do que os cerca de 10 bilhões de toneladas de CO2 liberadas por ano pela queima de combustíveis fósseis.
Agência espacial observa sinais de degelo no solo do Ártico
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira (27) que seus satélites permitiram observar sinais de degelo do permafrost, tipo de solo encontrado no Ártico, em um processo que libera gases do efeito estufa e agrava os efeitos da mudança climática.
A agência detalhou que embora não possa medir diretamente do espaço o permafrost, a camada que por definição permanece congelada na Terra mais de dois anos, independentemente da mudança de estações, pode captar indicadores como a temperatura da superfície ou as remodelações do terreno.
Apesar de não oferecer números concretos sobre as mudanças, especificou que "a combinação de medições de campo com sensores remotos e os modelos climatológicos podem fazer avançar nossa compreensão dos complexos processos na área do permafrost e melhorar as previsões climatológicas".
A ESA explicou, no entanto, que embora os últimos dados proporcionem informação valiosa que pode ser utilizada junto à extraída da observação do clima e dos modelos hidrológicos, é necessário prosseguir a avaliação do permafrost no futuro e aprofundar na do passado.
justificou essa necessidade pelo fato de que "nos estudos da mudança climática é essencial contar com uma série temporária mais longa de dados dos satélites de observação".
A agência lembrou que cerca da metade de carbono orgânico sob terra se encontra no permafrost das regiões setentrionais, o que representa mais que o dobro da quantidade de carbono existente na atmosfera na forma de metano e de dióxido de carbono.
Líderes mundiais decidem reduzir urânio enriquecido até 2013
Os principais dirigentes do mundo se comprometeram nesta terça-feira a executar uma ação enérgica para combater a ameaça do terrorismo nuclear, incluindo minimizar o uso civil de urânio altamente enriquecido até o final de 2013 e tomar medidas para que seu uso seja mais seguro.
Neste sentido, defenderam o uso de urânio de baixo enriquecimento, em lugar dos isótopos de maior nível.
"O terrorismo nuclear continua sendo uma das maiores ameaças para a segurança internacional", afirmam no comunicado final os 53 participantes na reunião de cúpula bienal que teve início na segunda-feira em Seul, na presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
"Acabar com esta ameaça requer medidas enérgicas a nível nacional e uma cooperação internacional, dado o potencial de consequências políticas, econômicas, sociais e psicológicas", completa o texto.
Os representantes dos 53 países insistem na "responsabilidade dos Estados, em acordo com suas obrigações nacionais e internacionais, de manter a segurança de todo o material nuclear", para impedir que entidades que não sejam os países adquiram estes materiais com fins criminosos.
Jornal do BrasilMapa interativo mostra áreas dos EUA que podem desaparecer sob o mar
Desde 1880, o nível do mar já aumentou cerca de oito centímetros em todo o mundo, um avanço que, pelo período secular, não causa grande espanto. A má notícia é que a taxa dessa elevação está se acelerando como resultado do aquecimento global. Segundo o relatório "Surging Seas", realizado pelo grupo Climate Central, a elevação do nível do mar pode chegar a 1,2 metro até 2030 e afetar as cidades costeiras americanas.
Para permitir a visualização das áreas nos Estados Unidos mais propensas a sofrer com enchentes e fortes tempestades, fenômenos decorrentes da elevação dos mares, os pesquisadores criaram um site onde é possível acessar um mapa interativo que demarca as cidades sob risco.
A ferramenta também faz uma previsão do número de pessoas e casas que poderiam vir a ser afetadas. De acordo com a pesquisa, mais da metade da população de 285 cidades americanas vive em territórios situados abaixo do nível do mar, o que as torna vítimas potenciais de uma inundação por alterações climáticas na costa do país. Cento e seis desses lugares concentram-se no estado da Flórida, 65 em Louisiana e 13 em Nova York. Outras 3,7 milhões de pessoas vivem a menos de 1 metro acima da maré, também sob risco de enfrentar enchentes.
"A elevação do nível do mar não é um problema distante que podemos deixar para nossos filhos resolver. Os riscos são iminentes e graves ", disse o principal autor do relatório, Dr. Ben Strauss, do Climate Central. "Apenas um pequeno aumento no mar, como o que poderemos ver nos próximos 20 anos, pode transformar uma inundação gerenciável de ontem em um potencial desastre do amanhã. O aquecimento global já está deixando as inundações costeiras mais comuns e prejudiciais ".
Exame.com
segunda-feira, 26 de março de 2012
James Camerom alcança o ponto mais fundo dos oceanos
A expedição de James Cameron até o fundo do ponto mais baixo dos oceanos, a Fossa das Marianas, foi executado. Hoje, dia 26 de março, ele chegou lá.
A última vez em que alguém fez isso foi em 1960, quando o oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o tenente da marinha Don Walsh passaram vinte minutos a 11km abaixo do nível do mar. Cameron, por sua vez, ficou por seis horas na fenda, filmando cenas para seu novo documentário.
Abaixo o infográfico sobre a viagem ao fundo do mar do diretor de cinema. Galileu.com
EUA disparam laser mais poderoso do mundo
O Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, Estados Unidos, quebrou um recorde de energia na emissão de um raio laser no último dia 15 de março. O raio chegou a 1,875 megajoules (MJ) de energia, acima do previsto que era de 1,8 MJ – isso é o equivalente a 411 trilhões de watts, mais de mil vezes o que um país como os Estados Unidos usa em um segundo.
De acordo com comunicado do laboratório, a experiência teve picos de energia de até 2,03 MJ, outro feito inédito. Foi a primeira vez que um raio laser ultrapassou a barreira dos 2 MJ de energia, e com isso, ele se tornou 100 vezes mais potente que qualquer outro laser atualmente em operação.
O intuito do experimento, no entanto, não é criar uma arma de destruição em massa, e sim verificar as condições para reações de fusão e ignição iniciadas pelo laser. Por isso, por enquanto, as experiências se resumem a apenas emitir o raio, sem um alvo específico. O próximo passo do laboratório é construir alvos e ver como eles se comportam diante de um laser tão poderoso.
O intuito do experimento, no entanto, não é criar uma arma de destruição em massa, e sim verificar as condições para reações de fusão e ignição iniciadas pelo laser. Por isso, por enquanto, as experiências se resumem a apenas emitir o raio, sem um alvo específico. O próximo passo do laboratório é construir alvos e ver como eles se comportam diante de um laser tão poderoso.
Estadão.com
Chile inicia instalação de Telescópio Gigante Magalhães
Com a detonação de uma carga de explosivos no topo da montanha Las Campanas, no norte do Chile, foram iniciados nesta sexta-feira os trabalhos de preparação do terreno onde será instalado o Telescópio Gigante Magalhães, informou a Embaixada dos Estados Unidos em Santiago.
Às 12h59 locais (mesmo horário de Brasília), destacadas personalidades políticas e científicas do Chile e dos Estados Unidos presenciaram a explosão que simboliza o primeiro passo para o início deste instrumento astronômico que, na próxima década, se transformará na terceira maior lente do mundo.
O Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que está sendo construído na Universidade do Arizona (EUA), terá 25 metros de diâmetro, com uma área de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual.
Uma característica única do projeto é o uso de sete segmentos de espelho, cada um deles com 8,4 metros de diâmetro, localizados de modo que criarão uma só superfície ótica e o transformará em um dos telescópios mais potentes do mundo.
Essa potência permitirá que os cientistas obtenham imagens mais claras de planetas que orbitam ao redor de estrelas, da física dos buracos negros e da natureza da matéria escura.
Calcula-se que o GMT começará a operar no Chile em 2020.
O complexo do Observatório Las Campanas, situado cerca de 700 quilômetros ao norte de Santiago, na montanha de mesmo nome, é um dos três centros de pesquisas astronômicas no Chile que recebem financiamento dos Estados Unidos e que operam sob acordos com a Universidade do Chile.
O observatório opera há mais de quatro décadas e hoje conta com quatro grandes telescópios, entre os quais figuram dois telescópios Magalhães de 6,5 metros de diâmetro.
Exame.com
Terra se formou por vários tipos de meteoritos, diz estudo
Uma equipe francesa de cientistas descobriu que a formação da Terra, contrariamente ao pensado até agora, não aconteceu pela colisão de um só tipo de meteorito, segundo informou nesta sexta-feira o Centro Nacional francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
Esse grupo de especialistas, procedente do CNRS e do Laboratório de Geologia de Lyon, partiu da análise de isótopos de silício terrestre e de outros procedentes de diferentes condritas de enstatita, o tipo de meteorito mais frequente dos caídos no planeta.
A suposição inicial de que a Terra surgiu a partir de um só tipo de condritas tinha sido consequência da 'surpreendente semelhança' entre a composição isotópica das mostras terrestres analisadas e a dessas condritas.
Mas em seu estudo viram que se o núcleo terrestre procedesse da soma de um único tipo de condrita a temperatura de formação desse núcleo seria de 1.500 graus Kelvin, muito inferior aos 3.000 graus que indicam os modelos anteriores.
Esta nova descoberta, segundo o CNRS, não resolve de maneira completa a questão sobre a origem da Terra, mas abre uma via interessante de análise.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta sexta-feira também na revista científica 'Science', revela igualmente que os isótopos de silício medidos em rochas terrestres e lunares eram similares.
Isto sugere, segundo suas conclusões, que o material que criou a Lua fez parte do núcleo terrestre antes desse satélite ser criado, o que reforça a teoria que se formou pela colisão de um protoplaneta contra a Terra.
Exame.com
quinta-feira, 22 de março de 2012
Bexigas estão acabando com o hélio do mundo
É o que alerta o cientista inglês Oleg Kirichek. Na semana passada, ele estava a fim de estudar a estrutura da matéria, mas teve que adiar seus experimentos em 3 dias porque o estoque de hélio de seu laboratório tinha acabado — e cada dia de trabalho perdido até que conseguissem encontrar mais do elemento, o que não foi fácil, custou 30 mil libras.
“Nós desperdiçamos 90 mil libras porque não conseguíamos arranjar hélio. Mesmo assim, a gente coloca o negócio em balões de festa, que deixamos escapar para a atmosfera, ou então os usamos para deixar nossas vozes fininhas e dar umas risadas. Isso é muito, muito estúpido. Eu fico realmente bravo“, disse Kirichek para o The Guardian.
Dá para entender a indignação dele.O hélio é essencial para os cientistas — Oleg Kirichek, no caso, precisava dele para resfriar átomos e torná-los mais estáveis, para aí conseguir estudá-los — e, apesar de ser o segundo elemento químico mais abundante no universo, é pouco encontrado na Terra.
O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA estima que os nossos estoques devem se esgotar em menos de 30 anos. Então, pense bem antes de brincar com o negócio.
Superinteressante.com
Cientistas criaram um mecanismo insensível a campos magnéticos
Pesquisadores europeus criaram um mecanismo insensível a campos magnéticos, com aplicações potenciais nos setores militar e médico, revelam estudos publicados nesta quinta-feira (22) no periódico científico Science.
Este avanço consiste na criação de campos magnéticos estáticos gerados por um ímã permanente ou de uma bobina atravessada por uma corrente elétrica. Estes campos já são utilizados nas imagens médicas de MRI (ressonância magnética) e em muitos sistemas de segurança usados em aeroportos.
O dispositivo desenvolvido por estes pesquisadores, entre eles Alvaro Sanchez, da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, é um cilindro com duas camadas concêntricas: a camada interior, constituída por um material supercondutor, repele os campos magnéticos, enquanto a camada exterior, de material ferromagnético, os atrai.
O dispositivo desenvolvido por estes pesquisadores, entre eles Alvaro Sanchez, da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, é um cilindro com duas camadas concêntricas: a camada interior, constituída por um material supercondutor, repele os campos magnéticos, enquanto a camada exterior, de material ferromagnético, os atrai.
Colocado em um campo magnético, o cilindro não o pertuba, não produz nem "sombra" nem "reflexo". Assim, um objeto colocado em seu interior não será detectado magneticamente ficando, assim, insensível ao campo magnético, explicou Alvaro Sanchez, que usa a palavra "invisibilidade" para se referir ao processo.
Como o dispositivo é feito de materiais comercialmente disponíveis e funciona em campos magnéticos relativamente fortes, ele pode, segundo os autores, ser facilmente implementado.Sanchez explicou que este sistema pode proteger uma pessoa com marcapasso, sensível às ondas eletromagnéticas, quando precisar passar por um exame de ressonância magnética, por exemplo.
Também pode atuar como um escudo magnético ao redor de um submarino e de alguns equipamentos sensíveis ao campo eletromagnético, acrescentou.
Os trabalhos realizados por estes pesquisadores diferem daqueles feitos nos últimos anos com metamateriais - materiais compósitos artificiais - projetados para não refletir os raios de luz.
A luz flui sobre eles como água sobre a rocha, fazendo com que se torne invisível. Até agora, os metamateriais criados apenas obtinham uma invisibilidade parcial, ressaltam os autores dos trabalhos publicados.
Galileu.com
Galileu.com
Nasa encontra indícios de gelo no planeta mais próximo ao Sol
Um satélite da Nasa encontrou fortes evidências de gelo em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, cuja a temperatura na superfície pode ultrapassar os 400 graus Celsius. O trabalho, publicado na revista “Science”, indica que os polos, nos quais crateras ficam permanentemente na sombra, chegando a ser chamadas de armadilhas geladas, podem ter água congelada.
A partir de informações enviadas à Terra pela Messenger, especialistas viram que as manchas próximas aos polos do planeta que aparecem intensamente em imagens do radar - uma característica do gelo – estão precisamente alinhadas com as crateras polares. Isto indica a presença de água congelada no local.
A Messenger é apenas o segundo satélite, após o Mariner 10 em 1970, a visitar o planeta. Até então, parte representativa da superfície de Mercúrio nunca fora mapeada.
Os brilhos nos polos já haviam sido detectados nos anos 1990 por um telescópio de rádio. Mas os cientistas não sabiam como era a superfície do planeta nestes locais, como explica Nancy Chabot, pesquisadora da Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory
- As imagens mostram que as áreas de brilho no radar coincidem com as áreas de sombra permanente no polo Sul de Mercúrio - disse Chabot. - Perto do polo Norte, também vemos brilhos, somente em regiões de sombra. Os resultados indicam que a hipótese de gelo nos polos é consistente.
As evidências de gelo em Mercúrio ainda não podem ser consideradas provas. Em algumas crateras, o gelo teria que ser recoberto por uma fina camada de detritos, com 10 a 20 centímetros de espessura, que atuaria como isolante térmico, mantendo o gelo estável.
Lançado em 2004, o satélite Messenger entrou em órbita em torno de Mercúrio em março do ano passado. A Nasa anunciou recentemente que sua missão seria prorrogada até 2013.
Dia Mundial da Água
A água é essencial para a atividade humana em qualquer aspecto. Não vivemos sem. Só para se ter uma ideia do quanto necessitamos dela, o corpo humano é constituído de 70 a 75% de água. Um adulto precisa beber pelo menos de 1,5 a 2 litros por dia e não pode suportar por mais de três dias a ausência. Mas por que a água está envolvida em todos os processos humanos?
A resposta pode ser exemplificada. Um carro, para ser produzido, necessita de 5.600 litros por unidade. Já o computador que você usa em casa ou no trabalho precisou de 1.500 litros de água para ser feito. Ou seja, precisamos dela para tudo. Por isso, evitar o desperdício é importante para que nunca falte água. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa necessita de 3,3m3/pessoa/mês (cerca de 110 litros de água por dia) para atender às suas necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa consegue chegar a mais de 200 litros/dia. Há diversas razões para esse desperdício. O banho demorado, a lavagem do carro com mangueira, a torneira derramando água enquanto escovamos os dentes, entre outras, contribuem para esse desperdícios.
Trocando em miúdos: gastar mais do que a ONU recomenda é jogar dinheiro fora e desperdiçar nossos ricos recursos naturais. Dados também da ONU indicam que 4 bilhões de pessoas devem sofrer com a falta de água até 2050. Então, que tal diminuir a conta de água da sua casa e ainda ser um agente da natureza?
quarta-feira, 21 de março de 2012
Como a Nasa usa satélites para monitorar as mudanças climáticas
Quais áreas florestais e de geleiras estão diminuindo na Terra? Qual é a dinâmica das massas de calor na atmosfera? Para analisar as mudanças climáticas no planeta, a Nasa, agência espacial americana, utiliza satélites com sensores de micro-ondas.
A tecnologia permite observar variações de volume de áreas alagadas, mudanças na umidade do solo e degelo em regiões mais frias. Para conseguir chegar a conclusões, porém, é preciso transformar essa imensidão de dados em mapas dinâmicos, tarefa conduzida por Erika Podest, cientista do JPL – Jet Propulsion Laboratory, da Nasa.
A pesquisadora apresentou-se no sábado no seminário Novas Ideias para o Futuro da Amazônia, do movimento Planeta Sustentável. O evento foi realizado a bordo do navio Iberostar Grand Amazon, que navegou pelo Rio Negro, no Amazonas, de 15 a 19 de março.
Segundo a cientista da Nasa, a grande vantagem do sistema que utiliza sensores micro-ondas é que as nuvens não prejudicam a captação de dados. O sistema de monitoramento via satélite adotado pelo Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no Brasil, por exemplo, utiliza sensores ópticos, que fotografam a Terra e não conseguem obter dados de áreas que estão nubladas.
No caso dos sensores deste sistema da Nasa, eles emitem uma onda que reflete na Terra (na água, em vegetações ou em construções, por exemplo) e retornam aos sensores. Dependendo do padrão da onda que foi recebida pelo sensor, é possível identificar se a área está alagada, congelada, se tem vegetação ou construções. “A Nasa tem condições de analisar diferentes componentes do ciclo da água por meio do estudo de informações de satélites. É possível monitorar a neve, a chuva, os rios, os lagos e os mares que afetam as relações de clima”, diz Erika.
Dados da Amazônia peruana estão sendo analisados por Erika para acompanhar a variação de volume de água nas áreas alagadas da região. “A bacia amazônica concentra 20% da água doce do mundo, e sua floresta contém carbono equivalente a 10 anos de emissões mundiais, por isso é essencial acompanhar este ciclo”, afirma Erika. Ela pretende estender a pesquisa também para a Amazônia brasileira.
Erika estudou as regiões de alta latitude ao norte do globo terrestre. Com as informações obtidas pelos sensores de micro-ondas, foi possível detectar as áreas congeladas nessas áreas. Com a análise dos dados, representados em um mapa dinâmico, a pesquisadora verificou o derretimento de geleiras permanentes e um período de crescimento das árvores mais longo. “São duas mudanças que alteram o ciclo de carbono”, afirma a cientista.
Para substituir satélites que serão desativados, Erika desenvolve um novo satélite de monitoramento, também com sensores de micro-ondas, que deve entrar em órbita em 2014. Com isso, será possível
coletar dados para o projeto SMAP (Soil Moisture Active Passive), que irá acompanhar a variação de umidade do solo. “É um importante parâmetro para a agricultura e para prever alagamentos.”
Além das pesquisas de Erika Podest, a Nasa conduz uma série de outros estudos relacionados ao meio ambiente que utilizam informações de satélites. Há mapas dinâmicos que revelam as áreas onde há queimadas, crescimento da urbanização, regiões mais iluminadas, buracos na camada de ozônio, entre outros assuntos. Segundo a cientista, “há 16 satélites da Nasa em órbita que dão várias voltas na Terra por dia e podem nos ajudar a acompanhar o que acontece no planeta”.
National Geographic
Veneza contiua a afundar lentamente, mostram imagens de satélite
Medições mais recentes feitas por meio de imagens de satélite mostram que Veneza continua a afundar, embora a uma lenta velocidade de 2 milímetros por ano.
A famosa cidade dos canais, localizada no nordeste da Itália, registrou um afundamento significativo no último século devido à constante extração de água subterrânea.
A prática foi interrompida e estudos realizados na década passada mostraram que a tendência havia sido revertida.
No entanto, pesquisas recentes conduzidas por uma equipe dos Estados Unidos e da Itália revelaram que a cidade ainda está afundando, e até mesmo se inclinando levemente para o leste.
Outro fator levado em consideração foi o aumento do nível das águas da Lagoa Veneziana em cerca de 2 milímetros por ano, o que faz com que, no total, o aumento do nível do mar em relação à cidade seja de 4 milímetros por ano.
PLANEJAMENTO
Veneza já é regularmente atingida por inundações. Tais enchentes, no entanto, devem passar a ser controladas com maior eficiência após a instalação de um novo sistema de barreiras cuja construção deve ser finalizada em 2014.
De acordo com Yehuda Bock, da equipe de cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps, da Califórnia, o grande benefício trazido pelas novas informações será o impacto na maneira com a qual o governo poderá se planejar para defender a cidade.
"Trata-se de dados cruciais que eles precisam lever em consideração", avalia.O cientista atuou na pesquisa em Veneza ao lado de colegas da Universidade de Miami e da empresa italiana Tele-Rilevamento Europa, especializada em medições de movimento sísmico por meio de sensores espaciais.
Como ferramentas, a equipe utilizou uma combinação de GPS e radares de satélite para mapear como Veneza e a lagoa vêm se movendo ao longo do tempo.
Receptores de GPS científicos podem mostrar movimento com bastante precisão de detalhes. Tais dados são então usados para "localizar" as mudanças relativas de altura em diferentes pontos da região descritos por meio de imagens de radar.
"O GPS fornece o movimento absoluto em relação à Terra, o que é importante para medir o afundamento. Já o radar basicamente nos mostra como pontos em uma região de movem com relação uns aos outros. Colocando os dois lado a lado, obtemos milhares de pontos no solo que estão ligados a um ponto de referência absoluto", explica Bock.
TENDÊNCIAA análise indicou que durante a primeira década do século 21 a cidade estava afundando a uma taxa média de 1 a 2 milímetros por ano, e na Lagoa Veneziana alguns pontos chegaram a afundar entre 3 e 4 milímetros por ano.
Ninguém pode realmente afirmar como esta tendência deve se comportar no futuro, mas se as taxas atuais de afundamento da cidade e de elevação do nível do mar se mantiverem, Veneza poderá afundar até 80 milímetros em relação à altura média da água na lagoa nos próximos 20 anos.
No entanto, o novo sistema de barreiras deverá conseguir enfrentar esse problema.No longo prazo, Veneza sempre estará vulnerável a problemas, segundo a equipe de Bock. Processos geológicos em grande escala estão pressionando o terreno sobre o qual está a cidade.
"Veneza está sempre se movendo", diz Bock.BBC.com
Campanha mundial "Hora do Planeta" 2012
As prefeituras de Natal, Rio de Janeiro, Campo Grande e Curitiba já confirmaram sua participação na edição 2012 da campanha mundial Hora do Planeta, promovida pela ONG internacional WWF.
Marcada para o dia 31/03, a mobilização convida pessoas de todos os cantos do planeta a ficar no escuro durante sessenta minutos, entre às 20h30 e 21h30, para mostrar que estão preocupadas e dispostas a fazer sua parte para combater o aquecimento global. (Saiba mais em Hora do Planeta 2012: apague as luzes em 31/03)
Por enquanto, apenas essas quatro capitais brasileiras prometeram apoiar, oficialmente, a campanha. No Rio de Janeiro, por exemplo, ícones da cidade - como o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, a Igreja da Penha, a orla de Copacabana e o Arpoador - serão apagados a partir das 20h30.
Esta é a quarta vez que o Brasil participa, oficialmente, da Hora do Planeta. Neste ano, a WWF pretende conseguir ainda mais adeptos para a iniciativa e mobilizar cerca de 1,8 bilhão de cidadãos, de mais de 5250 cidades de 135 países de todos os cantos do planeta.
Exame.com
terça-feira, 20 de março de 2012
Aquecimento global está mudando a gravidade da Terra
Nasa declarou que registros atualizados das temperaturas globais confirmaram que o planeta se aqueceu quase um grau Celsius desde 1900. O relatório, chamado Met Office, também apresentou evidências de que o constante derretimento das geleiras estaria modificando a gravidade da Terra.
Para chegar a essas conclusões, a Nasa valeu-se de bancos de dados abrangentes sobre o planeta, observações de temperatura marinha e informações de estações meteorológicas da África, Rússia e do Canadá. O satélite GRACE também foi recentemente lançado para a medição do impacto do derretimento de gelo sob a gravidade.
Utilizando tecnologia 3D e imagens captadas pelo GRACE, a Nasa divulgou imagens que comprovam visualmente as alterações gravitacionais.
Para chegar a essas conclusões, a Nasa valeu-se de bancos de dados abrangentes sobre o planeta, observações de temperatura marinha e informações de estações meteorológicas da África, Rússia e do Canadá. O satélite GRACE também foi recentemente lançado para a medição do impacto do derretimento de gelo sob a gravidade.
Utilizando tecnologia 3D e imagens captadas pelo GRACE, a Nasa divulgou imagens que comprovam visualmente as alterações gravitacionais.
O GRACE, que na verdade são dois satélites gêmeos, foram capazes de medir do espaço o derretimento das geleiras na Groenlândia com alta precisão. Como eles monitoram a própria trajetória de vôo e tempo em órbita são capazes de capturar pequenas mudanças na gravidade.
Com o derretimento das geleiras, o planeta Terra perde massa e fica mais leve. Estima-se que o gelo derretido na Groenlândia ocasionou uma perda de 240 toneladas entre os anos de 2002 e 2011. Com isso, o campo gravitacional sofre mudanças, que, mesmo ligeiras, poderão ter consequências a longo prazo.
Além de “emagrecer”, o planeta está ficando mais quente. Os dados apontaram também que as temperaturas se elevaram 0,75 ºC ao longo de cem anos. Pode parecer pouco, porém a maior parte desse aumento aconteceu nos últimos dez anos. De 2005 a 2010 foram os anos mais quentes já registrados, mas, segundo a Nasa, tudo indica que esse ano baterá o recorde de elevação de temperatura.
Com o derretimento das geleiras, o planeta Terra perde massa e fica mais leve. Estima-se que o gelo derretido na Groenlândia ocasionou uma perda de 240 toneladas entre os anos de 2002 e 2011. Com isso, o campo gravitacional sofre mudanças, que, mesmo ligeiras, poderão ter consequências a longo prazo.
Além de “emagrecer”, o planeta está ficando mais quente. Os dados apontaram também que as temperaturas se elevaram 0,75 ºC ao longo de cem anos. Pode parecer pouco, porém a maior parte desse aumento aconteceu nos últimos dez anos. De 2005 a 2010 foram os anos mais quentes já registrados, mas, segundo a Nasa, tudo indica que esse ano baterá o recorde de elevação de temperatura.
Galileu.com
Gnomo viaja pelo mundo para testar a gravidade
Kern, um anão de jardim da The Gnome Experiment, viaja pelo mundo com o objetivo de medir a velocidade em todos os cantos do planeta.
Para isso, em cada lugar que Kern chega, o colocam na balança e tiram fotos. O objetivo da experiência é demonstrar que a gravidade terrestre não é exercida com a mesma intensidade em todo o globo terrestre.
Até agora, Kern já visitou Lima, Mumbai, Cidade do México, Durban, São Francisco, Nova Caledônia (no sudoeste do Oceano Pacífico), Sydney e o Pólo Sul. O anão pesava 307,56 gramas quando passou por Mumbai, na Índia. Quando passou pela Antártica, a balança acusou 309,82 gramas. Portanto, qualquer pessoa pesaria mais no Polo Sul do que em qualquer outro lugar do planeta.
Essa diferença de peso acontece porque a terra é achatada nos polos. Por isso, os corpos pesam até 0,5% a mais ou a menos de acordo com o local da superfície terrestre onde a pessoa está.
The Gnome Experiment é um projeto financiado pela Kern & Sohn, um fabricante alemão de pesos de precisão, que queria fazer publicidade de seus produtos. Para isso, a empresa teve a ideia de viajar com o anão e ainda faz experimentos importantes para a física.
Em breve, Kern chegará a Snolab, um centro canadense consagrado no estudo de partículas. O centro está a dois quilômetros abaixo da superfície da Terra, o que faz dele o laboratório mais profundo do mundo. Depois, ele visitará o LHC (Grande Colisor de Hádrons), o maior acelerador de partículas do planeta, no CERN (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), em Genebra, na Suíça.
Exame.com
Avanços em neurociências representam dilemas éticos para militares
Os avanços na investigação do cérebro e a neurociência na última década atraíram o interesse dos militares e representam dilemas éticos sobre o futuro da guerra, diz um artigo publicado pela Public Library of Sciences.
"Temos em mãos uma história futurista que ocorre no presente, diz Jonathan D. Moreno, do Centro de Biotética, do departamento de História, Sociologia da Ciência da Universidade da Pensilvania, coautor do artigo com Michael Tennison, da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte.
"Tudo o que aprendemos na última década e continuamos aprendendo a um ritmo acelerado sobre o cérebro é de interesse para quem planeja guerras", acrescentou Moreno. "As agências de inteligência e de defesa financiam e apoiam muitos dos estudos nessa área".
Segundo o artigo, tanto os relatórios do Conselho Nacional de Investigação como a destinação de fundos do Pentágono "revelam o interesse da segurança nacional na neurociência e indicam que os militares estão ansiosos para ver o que podem aproveitar dessa ciência emergente".
Na área da investigação da neurociência cognitiva, a Agência de Projetos de Investigação Avançada do Pentágono (DARPA, na sigla em inglês) recebeu cerca de 240 milhões de dólares no período fiscal 2011, o Exército recebeu 55 milhões, a Marinha 34 milhões e a Força Aérea, 24 milhões.
"O interesse das Forças Armadas no conhecimento, desenvolvimento e aproveitamento da neurociência gera uma tensão na sua relação com a ciência", acrescenta o artigo. "Pode haver um conflito entre as metas de segurança nacional e as metas da ciência", dizem.
Uma das áreas de pesquisa que interessam aos militares, segundo Moreno, é o estímulo das funções cerebrais, tanto para a aprendizagem acelerada dos sistemas e equipamentos, como para a resistência a operações prolongadas sem repouso.
Moreno, autor do livro "Mind Works" (A mente trabalha, em tradução livre), colocou como exemplo "as experiências sobre a interface entre cérebro e máquinas.
"Do ponto de vista da ciência, a investigação e as experiências nos dizem muito sobre o cérebro, mas não têm mostrado muito sobre a comunicação eficaz com os aparelhos", acrescenta.
"A verdade ´q eu dedos, mãos e voz continuam sendo mais eficazes para nos comunicar com os aparelhos dos que o cérebro", diz Moreno. Os operadores dos aviões não tripulados ou robóticos ('drones', em inglês) "continuam usando dedos, mãos, manivelas e botões de controles remotos", disse.
"Talvez algum dia seja possível controlar aparelhos com o pensamento. Mas quando isso for possível, muda a natureza do combate.
Moreno assinalou que tanto "aqueles que trabalham em neurociência como militares são agora mais conscientes do que há cinco anos sobre o rápido avanço da área".
"Para os cientistas esse é um debate ético que remonta ao desenvolvimento de armas nucleares", disse. "é o debate sobre a responsabilidade dos cientistas, mas eles nem sempre podem antecipar qual será o uso da ciência",
"Entre os militares há um debate similar. Alguns consideram uma desonra uso dos 'drones'", conclui.
Estadão.com
Cientistas projetam relógio atômico 100 vezes mais preciso que o atual
Uma equipe internacional de cientistas trabalha na construção de um relógio com margem de imprecisão de um décimo de segundo em 14 bilhões de anos, informou o Instituto Tecnológico da Geórgia (EUA).
A precisão extrema deste relógio, 100 vezes superior à dos atuais relógios atômicos, provém do núcleo de um só íon de tório, acrescenta um artigo da revista "Physical Review Letters".
Além dos cientistas da Geórgia, no Alabama, participam do projeto físicos da Universidade de Nova Gales (Austrália) e do Departamento de Física da Universidade de Nevada (EUA), em um trabalho parcialmente financiado pelo Escritório Naval de Pesquisas e pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA.
O relógio atômico poderia ser útil para algumas comunicações confidenciais e para o estudo de teorias fundamentais da física. Além disso, poderia aumentar a precisão do sistema GPS.
Os relógios mecânicos usam um pêndulo, cujas oscilações medem o tempo. Já nos relógios modernos, são cristais de quartzo que fornecem as oscilações de alta frequência.
A precisão dos relógios atômicos provém das oscilações dos elétrons nos átomos induzidas por raio laser. Entretanto, estes elétrons podem afetar os campos magnéticos e elétricos e, por isso, estes relógios às vezes sofrem um desvio de aproximadamente quatro segundos ao longo da existência do universo.
Os nêutrons são muito mais pesados que os elétrons e estão agrupados com mais densidade no núcleo atômico, de modo que são menos suscetíveis a tais transtornos.
Segundo o artigo do Instituto Tecnológico da Geórgia, para criar as oscilações, os pesquisadores planejam o uso de um laser que opera em uma frequência de 1 quatrilhão de oscilações por segundo para fazer com que o núcleo de um íon de tório passe a um estado de energia mais elevado.
A "sintonização" de um laser que crie esses estados de energia mais altos permitiria que os cientistas fixassem sua frequência com muita precisão, e essa frequência seria usada para marcar o tempo, ao invés do tique-taque de um relógio ou do balanço de um pêndulo.
Os projetistas encaram outro problema: para que o relógio atômico seja estável, é preciso mantê-lo a temperaturas muito baixas, próximas ao zero absoluto (-273°C).
Para produzir e manter tais temperaturas, habitualmente os físicos usam um arrefecimento a laser. Contudo, neste sistema, isso é um problema, porque a luz do laser também é usada para criar as oscilações que marcam a passagem do tempo.
Segundo o artigo, os pesquisadores incluem um único íon de tório 232 com o íon de tório 229, que serão usados na marcação do tempo. Cada um destes íons recebe uma frequência de onda diferente.
Os cientistas esfriaram o íon mais pesado, e isso reduziu a temperatura do "íon relógio" sem afetar suas oscilações.Estadão.com
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