Já ouviu o ditado “Se você não consegue combater o inimigo, junte-se a ele”? É, mais ou menos, o que o artista norte-americano John Sabraw está fazendo: ele utiliza a poluição gerada por minas de carvão desativadas nos EUA para fazer arte – que, por sua vez, ajuda a conscientizar as pessoas para o problema ambiental.
A técnica foi inventada com a ajuda do engenheiro Guy Riefler, da Universidade de Ohio. Juntos, os dois pesquisadores descobriram que os metais pesados, resultantes da queima do carvão, formam uma lama colorida e brilhante, quando entram em contato com a água, que pode render belas tintas. Basta retirar os poluentes da lama e extrair os pigmentos de cor.
As tintas rendem belos quadros, que integram a coleção Chroma. Além de conscientizar os admiradores das obras, algumas telas são vendidas e toda a verba é aplicada na limpeza de espaços degradados pela poluição.
Curtiu? No Brasil, também há artistas que fazem arte com a poluição, mas de um jeito diferente. Um bom exemplo é Alexandre Orion, artista plástico que, entre outros trabalhos, ficou conhecido por conta das caveiras do túnel Max Feffer, sob a Avenida Faria Lima, em São Paulo. Os desenhos foram feitos por Orion a partir da camada de poluição que estava grudada nas paredes do túnel.
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