quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Cometa do século" se aproxima de Marte

O "cometa do século", Ison, fará uma visita ao planeta Marte em breve.
Antes de seu mergulho em direção ao Sol ser visto da Terra, Ison sobrevoará o planeta vermelho antes de sua aproximação com a Terra, prevista para novembro.
Cometas são corpos rochosos frios de pó e gelo. Alguns deles, como Ison, surgem do exterior do Sistema Solar, a partir de uma zona chamada a Neve de Oort.
Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi apelidado de "cometa do século" após previsões indicarem que ele poderia aparecer tão grande e brilhante como a Lua Cheia quando visto da Terra, em novembro deste ano.
Em 1 de outubro, o cometa deve passar a cerca de 10,5 milhões de quilômetros da superfície do planeta vermelho, cerca de seis vezes mais perto do que sua aproximação com a Terra.
Ison pode ficar brilhante o suficiente ao ponto do jipe-robô Curiosity vê-lo a partir da superfície de Marte.
Mas quem vai ter a melhor visão da passagem de Ison será a Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), segundo Carey Lisse, pesquisadora da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. Isso porque MRO está equipada com um telescópio poderoso destinado a fotografar a superfície de Marte, o HiRISE. Esse instrumento poderá olhar para o espaço e detectar a atmosfera do cometa e sua cauda.
O satélite já está pronto para registrar a passagem do cometa. Essas observações poderão ajudar os pesquisadores a estudar a passagem do cometa por Marte em 2014, que deve ser ainda mais perto.
Depois de passar por Marte em outubro, Ison se aproximará do Sol, em 28 de novembro. Os astrônomos estimam que o cometa estará afastado a apenas 1,16 milhão de quilômetros da estrela.
Alguns pesquisadores afirmam que o cometa deve ter que enfrentar uma temperatura de 2,7 mil °C ao passar perto da estrela, o suficiente para derreter ferro e chumbo. Também entrará no chamado limite de Roche, quando a força gravitacional do Sol poderá partir o núcleo do cometa. Esses fatores indicam que o futuro do cometa não deve ser tão brilhante quanto o previsto.
Exame.com

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