Quando você visita um país, já se perguntou o quão prejudicial à sua saúde pode ser o ar da região? Como o perigo nem sempre é visível, um mapa publicado nesta quinta (19) pela Agência Espacial Americana (Nasa) mostra o número de mortes prematuras no mundo ligadas à poluição do ar.
As áreas de cor marrom mais escuro possuem a maior quantidade de óbitos associados, principalmente, às malfadadas micropartículas poluentes PM2,5.
Medindo apenas 0,0025mm, elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores ou em termelétricas, e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis.
Imperceptível a olho nu, o material particulado não encontra barreiras físicas: afeta o pulmão e pode causar asmas, bronquite, alergias e outras graves doenças cardiorrespiratórias.
China e Índia estão na zona de perigo. Elas são as duas nações do mundo mais dependentes de carvão para geração de energia elétrica, fonte fóssil extremamente poluente.
A projeção da Nasa é baseada num estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Publicada no começo do ano, a pesquisa indica a ocorrência de 2,1 milhões de mortes prematuras por ano, no mundo, associadas à poluição do ar.
Toneladas de areia invadem as cidades chinesas, todos os anos, cobrindo as ruas e os carros com um pó alaranjado. O fenômeno praticamente paralisa o comércio, fecha escolas e, por vezes, deixa vítimas fatais. A população faz o possível para se proteger, quem está na rua, cobre o rosto, e que está em casa de lá não sai.
Vindas do deserto de Gobi, as tempestades de areia chegam sempre que o tempo está árido, com baixa precipitação. Mas as condições naturais não são o único culpado desse A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do país, o que agrava ainda mais com a ventania.
Poluição do solo por nitrogênio
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos, também poluem e deterioram o solo quando usados de forma indiscriminada Um estudo publicado pela revista Nature, a poluição por nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a saúde humana. Além do uso de fertilizantes, os pesquisadores atribuem o aumento da poluição por nitrogênio à crescente emissão de gases da indústria, baseada na energia a carvão.
Declínio de 80% dos corais
O rápido crescimento econômico do país também teve um efeito verdadeiramente danoso nos recifes de corais. Um estudo realizado em conjunto pela China e a Austrália indica que o desenvolvimento do litoral, a poluição e a sobrepesca levaram, ao longos dos últimos 30 anos, ao declínio de 80% dos corais no mar da China meridional.
Estes são só "alguns" dos problemas enfrentados pela China devido a poluição do ar.
Exame.com
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