segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Estudo analisa quase 18 mil ilhas no mundo com mais de 1 km² de área

 
Pesquisadores alemães e americanos analisaram os dados climáticos e ecológicos de 17.883 ilhas marinhas em todo o mundo, que juntas representam pouco mais de 5% de toda a área terrestre e são o lar de muitas espécies endêmicas (restritas a essas regiões).
Os resultados do estudo foram publicados na edição desta segunda-feira (2) da revista "Proceedings of the Natural Academy of Sciences" (PNAS).
Segundo os autores, o objetivo é que sejam feitos esforços de conservação e pesquisas de distribuição de espécies e ecossistemas, na tentativa de reduzir o impacto das mudanças climáticas, das perdas de habitat e das invasões de animais e plantas exóticos.
O pesquisador Holger Kreft e colegas da Universidade de Göttingen, na Alemanha – em parceria com a Universidade Yale, nos EUA – padronizaram um conjunto de dados (como temperatura, chuva, sazonalidade, altitude, interações ambientais, isolamento e histórico local) em porções de terra com área superior a 1 km².
Ao todo, 65% das ilhas analisadas são tropicais, mas a maioria apresenta clima úmido e ameno – climas desérticos se mostraram raros. Muitas também concentram florestas temperadas, um dos ecossistemas mais raros da Terra, segundo os pesquisadores.
Ao reunir as informações e compará-las, os cientistas viram que a riqueza de espécies nativas era maior no Sudeste Asiático, no Caribe e no Mediterrâneo. As ilhas Galápagos, Canárias e do Havaí são outros grandes exemplos de biodiversidade. Já as ilhas oceânicas reúnem a menor variedade encontrada na pesquisa.
De acordo com os autores, as ilhas são lugares únicos para estudar teorias de ecologia e evolução, o que reforça ainda mais a necessidade de protegê-las.

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