Cientistas britânicos acreditam ter solucionado o mistério que durante milênios cercou a morte do faraó egípcio mais famoso, Tutancâmon. Segundo estudo da Egypt Exploration Society, restos mortais de Tutancâmon, morto aos 19 anos, apresentam indícios de ferimentos semelhantes aos que poderia produzir um atropelamento por carruagem. O conteúdo completo do estudo só será divulgado no próximo domingo em um documentário transmitido pela rede de televisão britânica "Channel 4".
Segundo o diretor da Egypt Exploration Society, Chris Naunton, os cientistas realizaram, em parceria com o Instituto Médico Legal Cranfield, uma "autópsia virtual" para analisar os traumatismos da múmia. Por meio de um simulador eletrônico, as feridas de Tutancâmon foram comparadas com as que provocariam o real impacto de uma carruagem. O resultado do estudo sugere que o veículo se chocou contra o faraó enquanto ele estava de joelhos, o que esmagou sua pélvis e pressionou suas costelas contra os órgãos vitais.
O estudo revela ainda outro mistério envolvendo a morte de Tutancâmon: por que ele foi o único faraó encontrado sem coração? Segundo os cientistas britânicos, a mumificação do faraó não foi perfeita, deixando resquícios de carne presos ao cadáver. Óleos de embalsamar entraram em combustão pelo contato com o oxigênio e as telas. As reações químicas provocaram temperaturas superiores a 200°C, o que levou à carbonização do órgão dentro do sarcófago.
Tutancâmon, da dinastia XVIII, reinou no Egito durante um curto período da primeira metade do século 1.300 a.C e o fato mais relevante de seu mandato foi a devolução da influência e do poder aos sacerdotes de Amón, após a experiência monoteísta de Akenatón. O líder sempre será lembrado, no entanto, por sua suposta maldição, que dizem ter levado à morte repentina do Lorde Carnarvon, no Cairo.
Época.com
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