Um novo estudo publicado na segunda-feira, 11, revelou que existe uma probabilidade de, pelo menos, 76% de um fenômeno El Niño no final de 2014. Ele remodelaria os padrões climáticos globais por um ano ou mais, aumentando as chances de que 2015 seja o mais quente desde o início dos registros de clima, no século XIX.
A pesquisa foi divulgada pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e fala sobre um evento que poderia afetar todo o mundo por meio da mudança nas correntes atmosféricas. O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e pela redução de ventos na região equatorial.
O resultado são precipitações e secas anormais em diversas partes do globo, além de aumento ou queda de temperatura. A pesquisa se baseia em um estudo apresentado em 2013, que propôs pela primeira vez um novo método de previsão do El Niño.
Hoje, os cientistas podem prever de forma confiável o início e a gravidade do evento somente seis meses antes de ele acontecer. E, para piorar, esse tempo pode diminuir: cortes recentes de orçamento para boias que monitoram o oceano devem piorar a previsão.
Contudo, o novo estudo teve uma abordagem diferente em relação às técnicas convencionais. Enquanto os modelos de previsão de hoje observam as condições oceânicas e ventos alísios, que geralmente sopram de leste a oeste, o novo método confia em um índice que compara as temperaturas do ar na área onde o fenômeno acontece normalmente com as temperaturas em todo o resto do Pacífico.
Na última quinta-feira, 7, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, já havia defendido em Genebra que o oceano poderá viver novamente o fenômeno climático no terceiro trimestre. De acordo com a entidade, se as condições não continuarem neutras, episódios do El Niño de baixa intensidade devem ocorrer.
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