quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

EUA vão implantar pólos agrícolas para combater mudança climática

Imagem feita em 4 de fevereiro mostra área seca do Lago Mendocino, na Califórnia. O reservatório está com apenas 37% de sua capacidade, de acordo com o governo do estado norte-americano (Foto: Rich Pedroncelli/AP)


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a implantação de polos agrícolas regionais para combater as mudanças climáticas e seus efeitos, em um momento em que o sudoeste do país sofre com uma seca sem precedentes.
O secretário da Agricultura, Tom Vilsack, informou por meio de comunicado que serão instalados sete centros em regiões diferentes e estes reunirão representantes de organizações federais e associações profissionais envolvidas com o tema.
Estes centros "tratarão os riscos crescentes" resultantes das mudanças climáticas, como "os incêndios, as espécies invasivas, as cheias devastadoras e a seca".
A ideia é "traduzir a ciência e a pesquisa em informações para os agricultores, os pecuaristas e os produtores florestais, sobre a forma de adaptar e ajustar" suas atividades às alterações do clima, segundo a fonte.
Em meados de janeiro, o governador da Califórnia (oeste) decretou estado de emergência devido à seca que afeta o estado e que poderia ser mais a mais grave do do último século, o que ameaça com a perda de colheitas e incêndios florestais devastadores.
O nível de muitos reservatórios d'água no sudoeste, como o Lago Mead, que abastece Las Vegas (Nevada), também se encontra no nível mais baixo.
A luta contra o aquecimento global estava entre as grandes promessas de Barack Obama durante sua campanha presidencial de 2008, mas o tema ficou em segundo plano após o fracasso de um projeto de lei no Congresso, no começo de seu primeiro mandato.
As medidas anunciadas por Vilsack se inscrevem na continuidade do discurso sobre o estado da União, proferido por Obama em 28 de janeiro. Na ocasião, o presidente repetiu que "as mudanças climáticas são um fato demonstrado" e prometeu tomar medidas unilaterais, sem esperar o Congresso, para promover seu programa.
G1

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