Um dos diretores executivos da Shell, Ben van Beurden, anunciou nesta
quinta-feira, em Amsterdã, que a companhia vai suspender os planos de explorar
petróleo no Ártico em 2014, na região do Alasca. A decisão veio após grupos de
indígenas e ambientalistas terem entrado com ação na Justiça americana, que
decidiu exigir mais informações sobre os projetos.
Somente no último mês de dezembro, mais de 150 mil pessoas enviaram mensagens
a Ben van Beurden pedindo que ele cancelasse os planos de perfuração da Shell no
Ártico, e admitisse que não há tecnologia segura o suficiente para se explorar
aquela região.
“A escolha da Shell de se aproximar do Ártico foi um erro de grandes
proporções. A empresa gastou uma montanha de dinheiro e tempo em um projeto que
não lhes trouxe nada além da má reputação e fama de incompetência”, afirmou o
coordenador da campanha do Ártico no Greenpeace Internacional, Charlie Kronick.
“A única decisão sensata neste momento é dar um ponto final nos planos de
explorar a região no futuro”.
“A desistência da Shell de explorar o Ártico está sendo acompanhada por
outras petrolíferas, que devem concluir que a região é muito remota, hostil e
icônica para ser explorada economicamente”, disse Kronick. “Milhões de pessoas
ao redor do mundo ajudaram a jogar luz sobre a exploração do Ártico, e isso
começou a arranhar a imagem da Shell. Vamos continuar fazendo pressão enquanto a
empresa não desistir definitivamente dos seus planos para aquela área”.
Desde 2003, a Shell já desembolsou mais de US$ 5 bilhões em seu programa no
Alasca, e falhou nas tentativas de exploração após uma série de erros que
poderiam ter resultado em grandes desastres nos últimos anos.
Por mais de 800 mil anos, o gelo do Ártico é um elemento permanente do oceano. Ele está derretendo por causa do uso de combustíveis fósseis e, em um futuro próximo, o Ártico pode ficar sem gelo pela primeira vez desde que os humanos pisaram na Terra. Isso seria devastador não só para o ecossistema local, como ursos polares, narvais, morsas e outras espécies que vivem lá, mas também para o resto do mundo. O gelo no topo do mundo reflete muito do calor do Sol de volta para o espaço e, assim, mantém todo o nosso planeta resfriado, estabilizando os sistemas climáticos dos quais dependemos para cultivar alimentos. Proteger o Ártico significa proteger a todos nós.
Por mais de 800 mil anos, o gelo do Ártico é um elemento permanente do oceano. Ele está derretendo por causa do uso de combustíveis fósseis e, em um futuro próximo, o Ártico pode ficar sem gelo pela primeira vez desde que os humanos pisaram na Terra. Isso seria devastador não só para o ecossistema local, como ursos polares, narvais, morsas e outras espécies que vivem lá, mas também para o resto do mundo. O gelo no topo do mundo reflete muito do calor do Sol de volta para o espaço e, assim, mantém todo o nosso planeta resfriado, estabilizando os sistemas climáticos dos quais dependemos para cultivar alimentos. Proteger o Ártico significa proteger a todos nós.
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