Ainda este ano, haverá algo um pouco diferente a bordo da ISS. Ratos de laboratório já viajaram inúmeras vezes ao espaço nas mesmas caixas modulares desde 1983… mas 31 anos é muito tempo para um hotel manter sua decoração. Agora, a NASA revela um novo casulo para ratos, para entendermos como manter a saúde de passageiros humanos à medida que viajamos mais longe no espaço.
A NASA e outros programas espaciais querem enviar astronautas humanos a Marte e além, mas como o corpo humano vai responder a condições de microgravidade por mais de seis meses, limite máximo dos astronautas a bordo da ISS? Para descobrir como isso vai mudar a fisiologia humana, estamos usando ratos, cientificamente úteis por terem sistemas semelhantes o bastante aos nossos.
O que nos leva ao casulo de ratos. Estas novas caixas não apenas passaram por um redesign para melhorar a eficiência: elas contam com sensores e câmeras que acompanham de perto a fisiologia dos roedores, incluindo os sistemas cardiovascular, endócrino, imunológico, musculoesquelético, nervoso, reprodutivo e sensório-motor. Os cientistas na Terra poderão assistir as colônias de ratos (cada módulo pode armazenar até seis) em tempo real, graças às câmeras embutidas.
E como os roedores se movem? Cada pod é incorporado com camadas finas ao longo das paredes interiores, nas quais os ratos podem se agarrar com as patas, para se impulsionarem no ambiente sem gravidade da ISS.
Os primeiros “hotéis” de rato vão voar este ano em uma missão a bordo da SpaceX-4, onde eles vão ajudar a NASA a estudar perda de tecido e ossos em microgravidade.
É incrível pensar que o futuro das viagens espaciais humanas poderia depender de ratos, mas eles estão ajudando cientistas a estudar o progresso humano aqui na Terra também. [NASA]
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