O Prêmio Nobel da Paz de 2011 pode ser concedido a ativistas que ajudaram a desencadear a onda revolucionária que varreu o Norte da África e o Oriente Médio nesse ano, e que ficou conhecida como Primavera Árabe.
Segundo especialistas no prêmio, a escolha, a ser anunciada em 7 de outubro, pode recair sobre um ou mais dos seguintes ativistas: o egípcio Wael Ghonin, executivo do Google; o Movimento Juvenil 6 de Abril, também do Egito, e seu cofundador Israa Abdel Fattah; ou a blogueira tunisiana Lina Ben Mhenni.
"Minha forte sensação é de que o comitê (do Nobel) e seu líder querem refletir sobre as maiores questões internacionais, conforme definidas por uma definição ampla de paz", disse o vice-chanceler norueguês Jan Egeland. "Seguindo essa lógica, será a Primavera Árabe nesse ano. Nada chega perto dela como um momento definidor da nossa época."
As rebeliões populares desse ano levaram à derrubada de governos autocráticos na Tunísia, no Egito e na Líbia, e há fortes movimentos oposicionistas atuando também na Síria, no Iêmen e em outros países da região.
A opinião de Egeland foi partilhada por Kristian Berg Harpviken, presidente do Instituto de Pesquisas da Paz, em Oslo. "A Primavera Árabe estará bem no topo da pauta das deliberações internas do comitê", disse ele à Reuters.
"O que tem ficado muito claro com o atual comitê ... é que ele quer realmente falar para os assuntos atuais. Há uma avidez não só por conceder um prêmio que tenha um impacto no presente, mas também para usar o prêmio para impactar o presente."
Também estão na lista o dissidente cubano Oswaldo Payá; a entidade russa de direitos humanos Memorial, e sua fundadora, Svetlana Gannushkina; o ex-soldado norte-americano Bradley Manning, apontado como responsável por entregar documentos sigilosos dos EUA ao WikiLeaks; e o médico congolês Denis Mukwege.
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