Megamostra sobre o Império Romano traz ao Brasil 370 obras de grandes museus italianos e exibe seu luxo e multiculturalismo.
Está nos compêndios escolares: nenhum povo, em época alguma, acumulou tantas conquistas como o romano. Sua glória sobreviveu em narrativas épicas, na arquitetura majestosa e também nas ruínas das cidades por ele construídas - e, sobretudo, em muitos mármores. A pedra nobre e perene, usada na criação de bustos e estátuas - a forma de retratar as celebridades do passado -, dá o tom da megamostra "Roma- A vida e os Imperadores".
O panteão de honra de estadistas, trazido de quatro grandes museus italianos, alinha nomes como os de Augusto, Calígula, Cláudio, Nero, Vespasiano, Adriano, Trajano, Caracala e, obviamente, Júlio César, o inaugurador de toda a linhagem. O maior ditador romano dá nome ao módulo inicial da mostra e vem representado por uma obra de peso, "Cabeça Colossal", que mede 1,2m.
A conhecida sagacidade política de César, que ampliou os seus domínios ao Oriente e à Galia (atual França), fica patente na prática do "pão e circo": ele ia aos jogos do Coliseu, mas passava o tempo cuidando de assuntos do Senado. Os gladiadores, claro, têm seu lugar entre os retratados e, para ilustrar o seu universo de bravura, serão exibidos elmos, joelheiras, proteções peitorais e gládios (punhais).
Ao tratar de Nero, o imperador que ficou conhecido pela opulência e o luxo, a mostra revelará o trabalho em ourivesaria, com adornos e design arrojados. Feita especialmente para o Brasil, a exposição se fecha com o caráter multicultural do Império Romano, que adotou divindades estrangeiras como a egípcia Ísis. "Nesse aspecto, o Brasil é o que mais se parece com Roma", afirmou o historiador italiano Guido Clemente.
A megamostra começa por Belo Horizonte.
Nas imagens: Estátuas de Júpiter e de Vênus - divindades romanas dos raios e trovões e do Amor.
Fonte: Isto É.com
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