A Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) coordenará a vertente brasileira do projeto Coroado, financiado pela União Europeia para estimular a descoberta e disseminação de novos métodos e ferramentas que estimulem a aplicação de tecnologias de reúso de água no mundo.
O projeto deverá utilizar como laboratórios para seus experimentos a região metropolitana de São Paulo, a Bacia do Rio Copiapó (Chile), a Bacia do Rio Bravo e Rio Grande (México) e a Bacia do Rio Suquía (Argentina).
As regiões escolhidas são estratégicas do ponto de vista do consumo – um aspecto importante sob o prisma da condição atual de preservação dos recursos hídricos, vulneráveis a secas, infraestrutura precária, desperdício, aumento de demanda e mananciais degradados ou inacessíveis. De acordo com os especialistas, caso o consumo continue no ritmo atual, até 2025 mais da metade das nações do planeta sofrerá com a escassez de água.
A Poli-USP divulgou que o projeto tem um custo superior a 4,5 milhões de euros e terá quatro anos de duração. Os estudos deverão avaliar as diversas tecnologias de reúso e reciclagem da água, em contraste com tecnologias e capacidade locais; custos e benefícios relativos à prática do reúso; soluções eficientes e economicamente viáveis para o fornecimento de água e para o combate da degradação de ecossistemas e reservas de água.
O primeiro evento internacional do projeto será realizado entre os dias 7 e 10 de maio, em São Paulo. Trata-se de um encontro de trabalho com representantes das 13 universidades participantes do projeto, nove europeias e quatro sul-americanas. Haverá, ainda, um dia aberto para empresários e outros convidados participarem das discussões.
O objetivo é que o relatório final, com os resultados do projeto, possa servir como base para que a União Europeia canalize investimentos em locais com grande potencial de aplicação de tecnologias de reúso.
National Geographic
Nenhum comentário:
Postar um comentário