segunda-feira, 21 de maio de 2012

Uma tragédia ecológica a mais de 3 mil km de qualquer continente

O Atol de Midway, um conjunto de três pequenas ilhas no Pacífico Norte, um dos lugares mais remotos do planeta, a 3000 km de qualquer costa, é um caleidoscópio da cultura, geografia, história humana e maravilha natural. Seus pouco mais de 6 quilômetros quadrados sempre foram uma espécie de paraíso perdido na imensidão do mar.
Sob domínio dos Estados Unidos, serviu de base para uma série importante de operações durante a II Guerra Mundial. Não muito distante dali se travou a decisiva Batalha de Midway, em junho de 1942, com as forças aeronavais norte-americanas inflingiram uma derrota ao Japão imperial.
Hoje é também o palco de uma das tragédias ambientais mais simbólicas do nosso tempo: a lenta agonia e a morte atroz de milhares de albatrozes que se alimentam do lixo plástico que flutua, principalmente no que está sendo chamado de Pacific Garbage Patch, uma sopa de milhões de toneladas de lixo formado por plásticos que vaga, como uma ilha de dejetos, pelo Oceano Pacífico. Midway fixa próximo a essa mancha monstruosa de poluição.
As imagens são icônicas e são um horror. Uma equipe formada por cinegrafistas, fotógrafos e equipe de produção, liderados pelo cineasta norte-americano Chris Jordan, está produzindo um documentário.
“Nosso objetivo é olhar para além do sofrimento e da tragédia”, explica Crhis. “É aqui, no meio do Pacífico, que temos a oportunidade de ver o nosso mundo no contexto. No Midway, não podemos negar o impacto que têm sobre o planeta. Mas, ao mesmo tempo, ficamos impressionados com a beleza da terra e da paisagem sonora da vida selvagem que nos rodeia, e é aqui que podemos ver o milagre que é a vida nesta terra. Assim é com o conhecimento do nosso impacto aqui que devemos encontrar um caminho a seguir”, afirma.
Midway traz uma oportunidade de olhar para o mundo em close-up, para de constatar como o estilo de vida da maior parte da população de todos os países está afetando o planeta, e para encontrar novas abordagens para melhorar a situação atual.
Veja.com

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