sábado, 26 de maio de 2012

Cientistas afirmam que Marte tem os elementos básicos da vida

Novas evidências encontradas em meteoritos sugerem que elementos básicos para o surgimento de vida estão presentes em Marte.
O estudo descobriu que carbono encontrado em 10 meteoritos, que abrangem mais de quatro bilhões de anos da história marciana, se originou no planeta e não foi o resultado de contaminação na Terra.
Detalhes do estudo foram publicados na revista Science.
Mas a pesquisa também mostra que o carbono de Marte não veio de formas de vida.
Uma equipe de cientistas baseada na Carnegie Institution for Science, com sede em Washington, encontrou "carbono reduzido" nos meteoritos e diz que o elemento foi criado por atividade vulcânica no Planeta Vermelho.
O carbono reduzido é o carbono que está ligado quimicamente ao hidrogênio ou entre si.

'Química orgânica'
Eles argumentam que isso é uma evidência "de que Marte realizou química orgânica durante a maior parte de sua história."
Líder do estudo, o Dr. Andrew Steele disse: "Nos últimos 40 anos, procuramos uma piscina do chamado 'carbono reduzido' em Marte, tentando descobrir onde e se está lá, perguntando se, de fato, existia".
"Sem o carbono, os elementos de construção da vida não podem existir (...) Então, é o carbono reduzido que, com hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, compõe as moléculas orgânicas da vida."
Ele diz que a nova análise respondeu à primeira pergunta.
"Esta pesquisa mostra que, sim, o carbono reduzido existe em Marte. E agora estamos nos movendo para o próximo conjunto de perguntas.
"O que aconteceu com ele (o carbono reduzido), qual foi seu destino, será que deu o próximo passo de criar vida em Marte?"
O cientista espera que a próxima missão a pousar no Planeta Vermelho - a Mars Science Laboratory, também conhecida como missão "curiosidade" - lance mais luz sobre a grande pergunta.
"A questão se estamos sós tem sido um grande condutor da ciência, mas ela se relaciona com a nossa própria origem. Se não há vida em Marte, qual a razão? Isso nos permite traçar uma hipótese mais clara sobre por que há vida aqui."
BBC.com

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